Pudesses ver como eu estou agora
na madrugada triste deste instante!...
Talvez seria, ou não, mais que o bastante
pra compreender um coração que chora!
Lá fora, a noite em pranto seu, constante,
também a lamentar, me rememora
o amor que ainda reluta em ir-se embora
querendo aqui ficar por visitante.
Ouço o murmúrio dessa chuva fria
que, a imensidão do tempo, contagia
me sussurrando fatos do passado…
Minh’alma entende o pranto que demora
a percorrer as horas, noite a fora…
Lá, como cá, o amor se faz lembrado!...
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Paulo Braga Silveira Junior – Fevereiro/2023
