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Aqui em Londres, como pelo mundo fora, grande parte das pessoas já não liga a pequenas coisas... O stress do dia a dia reina, toda a gente vive ansiosa, preocupada com o que devem vestir, comer, fazer no dia seguinte. A imagem que um indivíduo faz passar é o grande dilema.

Nas cabeças reina a frase " o que vão pensar de mim se eu ... ?" e as pessoas vivem nesse ritual de criar uma imagem para ser conveniente aos olhos do mundo.

E logo quando aparece alguém que não se importa com opiniões alheias, ou seja, alguém que não vive nos padrões perfeitos da sociedade é logo tratado de tudo e mais alguma coisa e por vezes posto de parte... E a meu ver, essas são as pessoas que devem ser mais respeitadas! São os seres que não fazem parte do círculo vicioso em que maior parte das pessoas nesta cidade vive... Esses são os seres chamados vivos, os humanos neste caso que VIVEM a vida como ela deve ser vivida, sem padrões, sem limites!

Mas bom, isto sou só eu a pensar, imaginando um dia fazer uma palestra e calar a boca de quem me julga...

Seria fantástico... O meu nome é Katalina, tenho 16 anos. Vivo com a minha mãe e irmã numa casa perto de Londres. Sou portuguesa do norte carago mas desde os 6 anos que moro aqui. Tive uma infância até bem agitada...

A minha mãe é hippie e parece que num festival se apaixonou por um jovem belo príncipe e nessa noite, com um prato de lentilhas conseguiu deixá la louca por ele...

Louca o suficiente para nessa noite, no acampamento, fabricaram essa perfeição chamada eu mesma. O raio do homem ficou com medo de assumir o cargo de pai desta obra de arte e fugiu deixando à minha mãe uma mensagem codificada que até aos nossos mais estimados dias não conseguimos desvendar.

Na verdade, a mãe nunca esqueceu o meu pai... E eu não o culpo de ter ido embora ou algo assim... Ele não sabe da minha existência sequer... A mãe continua a gostar tanto dele que diz que eu fui o melhor presente que esse homem lhe podia ter dado... O mais valioso dos presentes possíveis é claro! E até hoje ela espera poder encontrá lo.

Quanto à minha irmã Viktoria a história já não foi assim tão emocionante, mesmo que eu queira tornar o lado mau da sua história num lado mais divertido é impossível... A Viki foi encontrada numa floresta dentro de uma caixinha de madeira, enrolada num cobertor púrpura onde tinha bordado " Viktoria 13- 12-10 "

Dessa vez a mãe diz que foi um presente de Deus... E foi, foi a coisinha mais fofa que eu já pude alguma vez ver.

E aqui vivemos as três, numa vida razoável! A Viki vai á escola e a mãe fica por casa com as suas plantas, ervas e óleos essenciais. Três vezes por semana vai dar aulas de Yoga no centro de relaxamento natural da cidade.

E eu.. Bom eu faço muitas coisas mais. Digamos que fui feita de um molde que não encaixa no tal padrão da sociedade... E gosto ser assim... A Kata dos caracóis, plus size com orgulho. A Kata que vive a vida de uma maneira diferente do normal e será a boa forma de viver a vida? Não sei não... So sei que cada día sendo bom ou mau me dá mais vontade de viver pela adrenalina que me imponho.

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⏰ Last updated: Oct 22, 2015 ⏰

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