O encontro

2 DE OUTUBRO, parecia só mais uma data normal, porém era a única coisa que estava correta naquele ali dia...

Estava eu Sophia em meu quarto tentando me livrar do bendito sono que me prendia a minha cama, estava um silêncio tão absurdo que chegava a me ensurdecer, não havia barulho de carros, pássaros, e se quer do vento, apenas eu e minha respiração.

Enfim levantei e percebi que estava sozinha em casa, nem meus pets queriam minha companhia (estranho) fiz toda minha rotina e fui comprar algo para o café, agora já eram três barulhos: MEUS PASSOS, MINHA RESPIRAÇÃO E O RONCO DE MINHA BARRIGA. Estava tudo cinza lá fora, não havia ninguém na rua o que nunca acontece, já que moramos em um dos bairros mais populares da cidade. Estava eu caminhando até a padaria que fica uns 10 minutos de casa e torcendo para que estivesse aberta, quando me deparo com uma luz, uma luz tão forte que não me permitia abrir os olhos, ouvi uma alta voz com um tipo de eco, parecia alguém testando som (1, 2, 3 testando...) e essa voz disse:

- Olhe para mim!

Eu respondi: 

- Não posso!

- Confie em mim, a voz disse.

Então abri meus olhos e vi a face de Deus que de uma maneira perfeita ocupava todo o céu, perdi os sentidos do meu corpo e cai de joelhos, me sentia inundada de lágrimas, e eu só pensava em tudo de errado que havia feito até aquele momento e os milhares de motivos que ele teria para não me perdoar. Mesmo assim eu juntei todas minhas forças e disse alto 

- Perdão.

Ele com toda paciência disse:

- Se acalme, eu sou a sua pergunta e a sua resposta!

a luz se apagou e ele simplesmente sumiu, minha fome passou, eu sem entender nada me levantei e fui a caminho de casa, o dia agora estava colorido e as pessoas surgiam do nada, eu me sentia andando em slow motion  .

Chegando em casa após receber uma deliciosa lambida de minha cadela comecei a pensar em tudo o que havia acontecido e resolvi procurar entender melhor aquilo tudo...