De Robert para Jhon.

Prólogo

Robert aos 23 anos de idade está em mundo onde só ele se encaixa, não tem amigos, namorada muito menos família. Anda pela cidade de New York, procurando algo que nem ele sabe.

Suas Roupas são sujas e na mente, ele culpa seus pais por ele está nessa situação.
Seu apartamento minúsculo, onde é inabitável até para um rato.
Ele Recebe cartas de cobranças, que são colocadas embaixo da sua porta, cartas essas intactas.
Devido ele ignorar todas elas, se acumularam até não poder passar nenhuma por debaixo da sua porta. Estupidez ou Inteligência da parte dele?! Mas hoje foi diferente, ele sobe suas escadas do seu velho prédio quase abandonado, sobe as escadas ignora seu senhorio e abre a porta da sua casa, já sem chave de tão velha que é a porta. Decide Abrir algumas cartas, folheando elas percebe que tem uma diferente, talvez não fosse apenas mais uma cobrança, era uma carta enviada de onde morava, sua cidade natal.

"- Caro Senhor Robert, infelizmente venho informar por meio de uma carta já que não achamos nenhum contato do senhor e rezo para que esteja nesse endereço ainda.
Seu pai, Jhon Blan Faleceu está tarde de causas naturais. Sinto muito lhe informar deste jeito, e também sinto pela sua perda. Seu pai em um momento de lucidez nos deixou com a missão de entrega-lo um livro antigo, aparentemente um diário. "

Robert não esboçou nenhum sentimento, apenas sentou no chão por falta de moveis em seu apartamento, e olhou para a parede fixamente por horas. Até entrar em si, pegar suas coisas, uma mochila e algum dinheiro e ir até a clínica onde seu pai havia falecido.
Ainda extasiado por tal notícia, Sem pensar duas vezes, Robert pega um trem para a clínica e é submetido a algumas horas de viagem, enquanto olha a paisagem, reflete todos os momentos de infância e não consegue lembrar de momentos bons ou ruins que teve com seu pai.
Seu pai sumiu quando Robert tinha feito 16 anos, por que estava fazendo isso, afinal ele deixou sua mãe cuidando de um adolescente de apenas 16 anos sozinha, sem ajudar com nada.
Por que deveria dar seu adeus, se ele não merecia nem um "Oi"?!
Quando Robert pensou em se levantar, uma senhora resolveu sentar ao seu lado e começou a conversar, coisas que para Robert eram inúteis no momento, as ignorando totalmente então.

"Nem sempre o que achamos é a verdade. " - Disse a senhora.

- Como assim? - Indagou Robert.

A senhora apenas levantou, sorriu para Robert e perguntou...

- Esse não é o seu ponto?!

Robert, assustado por não perceber as horas que passaram ali sentado escutando aquela mulher falar uma besteira atrás da outra. Se levantou, pegou sua mochila e caminhou até a saída. Curioso e tentando entender, não havia motivos daquela senhora falar tal coisa para ele.

"Nem sempre o que achamos é a verdade."
O que ela quis dizer com isso?! - Indagou Robert.

Chegando na clínica, Robert se apresentou e uma enfermeira o abraçou e disse...

- Então você é o famoso Robert?! Ouvimos falar muito de você, seu pai deixou isso para você.

Entregou um livro grande e velho, bastante pesado e colocou embaixo do braço enquanto acompanhava a enfermeira até o quarto onde seu pai passou o resto da sua vida.

- Entre, acho que você vai querer passar um tempo aqui... - Disse a enfermeira com o semblante triste.

Robert sem dizer uma palavra, apenas sentou em uma cadeira que apontava em direção a uma cama de hospital, e decidiu dar uma olhada no livro. Um livro grande, velho e pesado, com capa de couro... parecia de séculos atrás.
Mas talvez, lendo tudo... Robert pudesse entender o real motivo de tudo o que aconteceu na sua vida. Começando com o título...

"De Jhon para Robert".