Meu

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O medo tomava conta de todos. Já havia se passado muitas horas desde a primeira explosão e nem sinal do dois homens que ficaram presos .

- Devemos começar a pensar no que fazer quando acharamos os corpos- disse um dos homens que estavam ajudando no regaste. 

-É impossível terem sobrevivido- disse o outro vendo ao longe Elisabeta andar de uma lado ao outro.

-Ainda temos que ouvir asneiras de uma mulher, ela nem devia estar aqui.- disse outro funcionário, mas Elisabeta não ligava mais, sabia o que pensavam e seu coração dizia que ela estava certa, devia ter outra saída. Apos uma conversa tensa com sua amiga as duas conseguiram sair atrás da possibilidade de outra saída com Luccino dirigindo o carro de Ema. Eles oravam para que desce certo, não sabiam mais o que fazer e todos pareciam ter a certeza da morte dos dois. Depois de rodar o morro todo, foram ate uma fonte onde haviam lenda sobre crianças desaparecidas, mas parecia impossível alguém estar ali. O desespero se abateu, Elisabeta sentia como se seu coração tivesse sido arrancado a fogo, quando ouviu um grito.

-Socorro!

-Vocês ouviram isso- disse ela se voltando em direção ao som.

-Chega Elisabeta é impossível ter uma saída- disse Luccino em panico com a tragedia que se abatia em sua família.

-Socorro- se ouviu novamente  e os três se puseram a correr em direção ao som, encontrando Ernesto em um lago que tinha quase escondido na rocha.

-Ernesto- Luccino sentiu o alivio tomar conta dele, tinha achado seu irmão, mas Elisabeta rapidamente procurou Darcy e o panico a tomou novamente.

-Ernesto- gritou . puxando para fora da água com o rapaz.

-Cade Darcy- ela perguntou desesperada, não tendo a resposta imediatamente- Cade meu Darcy?- ela chorou.

-Esta preso eu não consegui tirar, esta no túnel debaixo d'agua-  Ernesto disse quase sem folego. Não deu tempo nem de Ema gritar, não, e Elisabeta já tinha se jogando na água, nadando rápido viu a uma distancia seu amado tentando se soltar, parecia que suas forças já se esvaiam quando ela o alcançou. Em sua mente ela  pedia, "por favor aguente, por favor" rapidamente achou onde o pé de Darcy estava preso e conseguiu o soltar, mesmo pesando e sentindo as forças se acabarem ela conseguiu o puxar para superfície. O três que estavam na margem os puxaram para fora. 

-Darcy- Elisabeta chorava com o homem em seus braços que parecia desacordado- por favor, por favor meu amor- ela pedia baixinho enquanto Luccino tentava reanimar o homem. Logo ele voltou a si, cuspindo água.

-Graças a Deus- Elisabeta chorou abraçada em Darcy que estava confuso, mas sabia que tinha escapado, sua amada o salvou.

Alguns minutos se passaram, e Darcy e Ernesto eram ajudado a andar ate o carro. Elisabeta o tempo todo abraçada a Darcy o ajudando andar. Ernesto sentia uma dor em seu peio que sabia não ser nada haver com o sufoco que tinha passado, ele via o amor de Elisabeta pelo homem que o ajudou e salvou sua vida.

Entram no carro em silêncio em pouco tempo voltaram a mina, onde todos ainda se empenhavam em abrir caminho.

Dona Nicoletta , foi a primeira a os ver.

-Ernesto- gritou fazendo assim que os homens que estavam la olhassem em direção ao carro que vinha se aproximando chocados ao perceber Sr Darcy e o jovem Ernesto.

Logo todos correm para ajudar e descer os homem que pareciam exaustos e machucados.

-Sr Darcy- o técnico em bombas se aproximou, junto do gerente da mina.

-Vocês estão bem- perguntaram assim que os colocaram em uma das barracas de descanso.

-Acho que sim- Darcy falou, sentindo um carinho suave em sua mão, olhou para o lado, sua amada o olhava com muita preocupação- Elisabeta me salvou- sorriu para ela acariciando seu rosto.

-Como vocês, conseguiram escapar- perguntou o técnico em bombas, ele tinha certeza que era impossível.

- Nos acham um lugar- disse Darcy lentamente- que parecia perto de uma passagem, usamos um pouco da dinamite que estava intacta, um explosão controlada, assim achamos um túnel que dava em uma cachoeira , quase no outro lado do morro.

O homem estava pasmo, sentiu seu rosto esquentar quando a mulher que ele tinha esnobado por falar daquela possibilidade o olhou,  sabia que estava errado, então inventou uma desculpa e saiu imediatamente se sentindo o mais tolo dos homens.

Logo depois chegou Susana e os medico, levando Darcy de perto de Elisabeta, que agora pelo menos se sentia aliviada. Seu amado estava bem, e salvo. E agora mais do que nunca ela iria lutar por seu amor...

MeuWhere stories live. Discover now