A vingança e o Perdão

Capítulo 1

Aquela manhã de domingo estava bonita. O sol brilhava forte lá em cima deixando o céu ainda mais azul. Depois do culto, Gabrielle dirigia feliz pela estrada que levava até a colina. Cantarolava a música que o pastor havia cantado no começo da manhã. Sem pensar em nada especifico ela dirigia com tranquilidade, sentindo o vento, entrar pela janela aberta, tentando bagunçar os seus cabelos presos em um coque. A paisagem desértica e empoeirada de Topanga passava ao seu lado a medica que o carro avançava estrada acima.

Tudo parecia exatamente normal naquela manhã, mas derrepente ela ouviu um barulho. No outro minuto o carro deslizou e ela se viu tentando pará-lo antes que ele saísse da estrada. Gabrielle segurou firme a direção e freiou com máximo de força que conseguia . O barulho dos pneus soaram alto na estrada acompanhado de um cheiro forte de borracha queimada. Por fim, o carro parou bruscamente. Gabrielle sentiu o corpo ser lançado para frente sendo segurado pelo cinto de segurança.

- Meu Deus! – ela exclamou assustada.

Ela tentou respirar fundo enquanto sentia o coração bater acelerado contra o peito. Fechou os olhos e se deixou acalmar por alguns instantes. Deixou o tempo passar até que sentiu as batidas no peito se acalmarem.

- Preciso ver o que aconteceu. – disse para si mesma.

Mesmo com as pernas ainda tremulas ela saiu do carro devagar. Sentiu o calor do chão debaixo dos seus pés, mesmo com saltos. Fechou a porta e deu a volta no carro.

- ah! graças a Deus! - o pneu não estava furado. O que era uma sorte porque ela tinha certeza de ter passado em cima de algo na estrada, talvez uma pedra grande.

Ela abriu a porta do carona e pegou sua bolsa. Precisava do celular par avisar a Nana o que havia acontecido e que ia demorar um pouco mais para chegar pro almoço. Foi então que ela ouviu uma voz estranha e asquerosa vinda por tras.

- Mãos pra cima!

Gabrielle assustou-se, afinal estava ano meio do nada e há a poucos segundos atrás estava sozinha, então como derrepente alguém estava falando com ela? Virou-se devagar em direção a voz e viu um homem apontando uma arma em sua direção. Ele era alto e magro. Tinha aquele típico estereótipo de bandido. Rosto maquiavélico e aparência asquerosa.

" O que?" O que esta acontecendo?" Se perguntou. Por um breve instante não consegui entender que se tratava de assalto. Mas como? Há tanto tempo morando no alto da colina e nunca, nada parecido havia acontecido por alí.

- Eu disse mãos pra cima! – o homem com a arma ordenou outra vez. Sua voz era de longe a mais assustadora que ela já tinha ouvido na vida, então era melhor obedecer. Ela estendeu o braço entregando a bolsa ao bandido e em seguida levantou rapidamente as mãos para o alto.

- Veja quanto ela tem na bolsa. – um outro homem também de aspecto asqueroso apareceu de traz do carro. Esse era mais baixo e mais gordo, mas não menos assustador.

Gabrielle ficou ainda mais apavorada. Como aquilo poderia estar acontecendo? Dois homens a estavam assaltando na estrada que dava para a sua casa? Ninguém que fosse de Topanga teria coragem de assalta-la ali. Seu pai tinha a fama de ser um homem frio e cruel. Ninguém na cidade falava ou fazia nada de mal contra ele ou a sua família, porque sabiam que o sr. Reinoulds usava sua fama e sua fortuna para conseguir tudo o que queria; assim ninguém se metia no caminho da sua familia. Então, como aqueles homens a estavam assaltando a poucos metros da sua casa? Será que eles eram de Topanga? Ou eram criminosos da vizinhança que vinheram para a cidade em busca de "novos negócios"? Gabrielle não sabia mas tinha certeza de que eles não conheciam ou não temiam a reputação do seu pai.