🚨 CAPÍTULO 4 🚨

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Dulce - Talvez... Ou talvez eu esteja sendo mal humorada somente com você

Ucker - Ok, posso perguntar pelo menos se você está bem? Eu fiquei sabendo do que aconteceu e... - o interrompi

Dulce - Não, você não pode perguntar, aliás você não tem o direito de perguntar nada sobre mim.

Ucker - Quer saber? Vai a merda!

Sorri sinicamente e ele estava visivelmente nervoso, então eu me virei para a grande janela que ali havia pois não queria ficar olhando para ele e precisava pensar em um plano de investigação eu também estava visivelmente preocupada e não era pouco. Eu estava de braços cruzados e olhando o movimento dos carros quando senti ele me abraçar por trás e começar a beijar meu pescoço aquilo me levou ao céu e por alguns segundos me deixei levar, mas logo voltei a minha consciência e empurrei ele para que saísse de perto de mim

Dulce - Não ouse a tocar em mim nunca mais, entenda de uma vez por todas que nossa parceria aqui é estritamente profissional.

Eu estava quase gritando com ele de tão nervosa que eu estava

Ucker - Está bem - levantando os braços em sinal de rendimento - Qual plano você tem em mente?

Dulce - A princípio podemos ir conversar com familiares e amigos dessas 3 meninas e amanhã iremos conversar com Marichello

Ucker - Podemos ir agora se quiser, mas porque quer conversar com elas só amanhã? Da tempo de fazermos tudo hoje e quando o assunto é tráfico de humanos o tempo é nosso inimigo.

Dulce - Daria para irmos hoje, mas Marichello não está em casa - mãos na cintura

Ucker - Hum... Então vamos

Dulce - Ok - saindo - Vamos no meu carro

Não ouvi o que ele respondeu e sai andando, provavelmente havia reclamado de algo, passei na sala de Parker, peguei minhas coisas e enfim fui para o carro, Christopher já esperava encostado nele com os braços cruzados.

Ucker - Até que você conseguiu manter o seu carro intacto né?

Revirei os olhos e entrei, Christopher sempre gostou de andar no meu carro, segundo ele o Renault Kwid Outsider era o melhor carro de todos. Esperei ele entrar para partirmos para a primeira casa, que seria da Maria Eduarda, uma das vítimas. A casa era em um bairro de classe média e ficava próximo ao shopping, quase fora da cidade. Assim que chegamos fomos atendidos por uma senhora que se chamava Lourdes, era avó de Maria Eduarda.

Lourdes - Ela estava me acompanhando em minha caminhada matinal quando um cara parou ela e começaram a conversar.

Dulce - Você se recorda do que eles falaram?

Lourdes - Heim?!

Ela colocou a mão na orelha e fez uma expressão de como se não tivesse escutado então percebi que ela tinha problemas com audição. Christopher repetiu a frase falando pausadamente e fazendo sinais

Lourdes - Agora eu entendi. Mas não, não ouvi o que conversavam pois vocês podem ter percebido que tenho problemas de audição.

Ela agora fitava o chão com um semblante de tristeza e eu só imaginava o quanto estava sendo dolorido para ela sem saber notícias da neta.

Ucker - E depois aconteceu mais alguma coisa? Vocês voltaram para casa?

Lourdes - Não, nós fomos no shopping aqui perto, aquele homem falou para irmos lá.

Ucker - E vocês foram? - ela assentiu - o que foram fazer lá com ele?

Lourdes - Eu não sei direito, mas quando chegamos lá ele cumprimentou um outro rapaz que conversava com uma loira bem bonita dos olhos azuis

Olhei para Christopher que também olhou para mim imediatamente, e só pelo olhar ainda podemos nos entender, a loira do olho Azul ao que tudo indica era Anahi e a máfia estava agindo por ali.

Ucker - Você lembra como esses homens eram?

Lourdes - Um pouco... - se ajeitando no sofá - um deles era baixinho e parecia ter uma barba, o outro tinha o olho Azul ou castanho, não lembro direito, era um pouco alto e cabelo enrolado

PUTA QUE PARIU! Algumas lembranças me vieram a mente. Eu não posso acreditar, eu não quero acreditar em tudo acontecendo novamente.

Fiquei um pouco desnorteada mas continuamos a conversar mais um pouco. Saímos dali e fomos para casas de parentes e amigos que estiveram com as vítimas antes das mesmas sumirem, e pasmem: todas eram abordadas em locais públicos por homens oferecendo trabalho de modelo fora do país!

Aproveitamos e pedimos para levar o celular, computador e algumas fotos além das que já tínhamos lá.

Estávamos na última visita quando olhei para o meu celular e vi que já eram 20h da noite e eu estava tão preocupada em ir atrás de provas que não vi a hora passar.

Eu queria me matar por isso, sim, eu queria!

Dulce - Preciso ir embora

Ucker - Ok, acho que já terminamos por aqui, vamos

Nos despedimos e fomos em direção ao carro. Em um silêncio absoluto e sem trânsito nenhum chegamos na delegacia rapidamente para deixarmos tudo o que colhemos lá.

Ucker - Até amanhã, agente Dulce

Nada respondi, ele entrou no carro dele eu somente entrei no meu carro novamente e corri para a casa de Ana Paula me xingando o caminho inteiro por ter esquecido da minha filha. Minha pequena deve estar com fome com saudades de mim.

Assim que cheguei, Ana Paula já estava de pijama e Maria dormia no sofá. Pedi milhões de desculpas pela demora e por não ter avisado

Ana Paula - Está tudo bem, você também está preocupada com a minha tia...Mas não vou negar que foi um pouco trabalhoso pois ela chamou por você o dia todo

Dulce - Tadinha da minha bebê - bico - e coitada de você também, pois sei que quando ela abre o berreiro é só Jesus né causa, ela não está acostumada a ficar sem mim, estou chateada comigo mesma e peço desc... - ela me interrompe

Ana Paula - Eu já disse que está tudo bem Dul, não se culpe e para de pedir desculpas, era chorou sim mas também nos divertimos bastante.

Eu pude ver ali um sorriso em Ana Paula, acho que ficar com a Maria pode ter feito bem para ela. Com isso me lembrei também de que não teria com quem deixar minha filha.

Dulce - Ana, não quero abusar de você, mas teria como você ficar com ela amanhã também? Não tive tempo de ir atrás de babá hoje.

Ana Paula - Eu fico sim, mas teria que ser na sua casa pois Marichello volta amanhã

Dulce - Tudo bem, vocês podem ficar lá em casa.

Ana Paula - Ok, amanhã eu vou para lá ficar com a princesa.

Caminhei até o sofá em que minha pequena estava deitada, peguei com cuidado no colo para que não acordasse e me despedi de Ana Paula

Ana Paula - Amanhã as 8h estarei na sua casa

Dulce - Obrigada mesmo, vou te pagar por isso

Ana Paula - Não precisa me pagar, você voltou para ajudar a procurar Anahi, então é o mínimo que posso fazer

Nos despedimos, coloquei Maria Paula na cadeirinha, ela ameaçou acordar mas continuou dormindo.

Eu só queria chegar em casa logo, tomar um banho, comer alguma coisa e dormir agarrada com minha menina. Então foi isso que eu fiz, ou melhor, queria fazer já que Anahi, Maria Eduarda, Andreia, Manoela e até mesmo Christopher não saiam da minha cabeça.

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Capítulo 4 postado amores!

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