— Me diz – ela insistiu.

— Estou escrevendo para o Medibruxo da minha família, o Dr. Burke. Ele deve saber como ajudar seus pais.

— Oh Draco, é muita gentileza sua, mas já levei meus pais no St. Mungos, e eles não conseguiram...

— O quem os atendeu? O idiota do Hipocrates Smethwyck? Uma vez ele quis me internar por Scrofungulus, sendo que eu só tive uma reação alérgica a Erva Cinza. Não, o Dr. Burke é o melhor. Ele vai saber o que fazer.

Hermione sorriu para ele.

— Obrigada, Draco. De verdade.

O sonserino lhe deu uma piscadinha, que quase fez Hermione bater o carro, e voltou à sua carta. O fato dele se preocupar com os problemas de outras pessoas era a prova que o menino egocêntrico que ela conheceu na escola não existia mais. Por Godric, ele estava ali para ajudar Oliver para começo de conversa. Hermione se sentiu tão orgulhosa dele que teve que se controlar para não parar no acostamento e começar a beija-lo de novo.

Eram quase quatro da tarde quando chegaram a Campbeltown e Draco procurou na internet um hotel em que pudessem ficar.

Hermione havia descoberto o nome da filha de Oliver no site de uma escola. Ela estava listada como uma das professoras de filosofia do lugar, então depois de fazer o check in no hotel, eles foram diretamente para lá.

A mulher jovem que mascava chiclete, falando ao telefone com um headset pediu que eles esperassem. Aquela não parecia ser uma ligação de trabalho para Hermione, já que a menina ria e ficava constantemente perguntando "o que houve depois?", mas a bruxa apenas se concentrou na mão de Draco na sua. Ele mexia no celular e parecia distraído.

— Posso ajudar? - ela perguntou com má vontade como se eles tivessem interrompido algo muito importante.

— Sim – Hermione respondeu. – Estamos procurando a professora Kimberly Gordon.

— Ela não trabalha mais aqui.

— O quê?! – Draco baixou o celular.

— Como assim? – Hermione perguntou alarmada. – Eu verifiquei o seu site, o nome dela...

— A última atualização daquele site foi há dois anos atrás. Ninguém vê aquilo.

— Bem, eu vi. Precisamos mesmo falar com ela - começou Hermione - Será que pode nos passar algum contato?

— É contra a política da empresa, sinto muito – a mulher respondeu em um tom que dizia que não sentia nada.

­— Escuta aqui... – Draco se intrometeu na conversa. – ... nós viemos de Oxford só pra falar com ela.

— E isso é problema meu porque...?

— Ora, sua...

— Hey, Draco, chega – Hermione interrompeu o puxando para fora enquanto alguns insultos eram trocados.

— Você podia ter usado magia – ele acusou quando alcançaram a calçada.

— Eu ia usar o que? A maldição Imperius? – Draco não respondeu. – Não quero ser mandada para Azkaban, muito obrigada.

— Pensei que tivesse certeza da localização de Kimberley.

— Eu tinha certeza, ela realmente trabalhou aqui. Só não liguei para confirmar porque não quis alertá-la sobre nossa chegada. Ela podia tomar precauções e fugir da gente.

— Acha que ela ainda está assim tão brava com Oliver? Foi há tantos anos...

— Bem, ela não o procurou depois que ele saiu da cadeia, não é?

Wonderland (Dramione)Onde histórias criam vida. Descubra agora