Capítulo 20 - E viveram felizes para sempre...

Começar do início
                                    

- Está muito acolhedor. Não vou sair de seus braços tão cedo. – Benedict divertiu-se com o sussurro da senhorita, mas concordou que nunca a deixaria ir.

- Mexa-se, Benedict. – Eloise Bridgerton empurrou o irmão com uma força admirável logo após. – Pen, você será minha irmã! – Ela poderia ou não estar mais contente que Benedict. – Você já era no meu coração, mas será oficial. Esplêndido! –

- Eu nunca mais terei paz. – murmurou Phillip. Sua esposa ouviu mesmo assim e deu uma cotovelada discreta abaixo da costela dele.

- Ainda não recebi um anel. – declarou Penélope. O artista, que era de sorriso fácil, pediu que ela o acompanhasse até o quarto.

- Você tem certeza que é apro- Benedict rosnou e impediu que Eloise - logo ela que fugiu desacompanhada para encontrar um estranho no campo - terminasse. – Só quis dizer pois você é nosso anfitrião. E certamente todos estão agitados. –

- Não me importo. Adeus. – Ele colocou a mão protetoramente sobre o ombro de Penélope e a guiou, sem realmente se importar com o que deixava para trás.

- Tenho algo para você, Pen. – Levava um tempo para percorrer os cômodos até chegarem nos quartos, então Benedict começou a correr e puxar Penélope pela mão.

- Benedict, se acalme! – Penélope gargalhava e ainda nem sabia o que a esperava. Bene desacelerou, mas ainda tinha o passo apressado. Eles entraram no quarto maior, pertencente ao visconde. Penélope foi obrigada a fechar os olhos, mas respirou fundo e aproveitou o perfume masculino. Era um aroma amadeirado que a deixava com a sensação de aconchego.

- Abra os olhos. – Bene sussurrou em seu ouvido e se posicionou atrás dela, ansioso para sua reação com o presente.

- Isso é lindo, Bene. – Pen se virou para ele, emocionada. Ela se lembrou do dia em que viu Benedict com sua arte pela primeira vez, mas ele parecia frustrado e triste na época, por causa da perda do irmão. Agora ele era um artista realizado e satisfeito. Ele a pintou como uma deusa grega, bela e radiante. O quadro era quase áureo, hipnotizante. Penélope, na tela, estava tecendo fios de lã. Ele se inspirou no significado do nome de sua amada.

- Eu finalmente te desenhei. –

- É surpreendente e eu não sei agradecer. – Penélope não precisou pedir, porque seu olhar ardia de paixão. Benedict também foi dominado por desejo. Penélope quem quis o despir. Tirou o lenço ao redor do pescoço de Bene, desabotoou lentamente cada botão de sua camisa até que estava tocando seu amante nu. Então era a vez de ele a torturar da melhor maneira possível. Deslaçou as tranças do espartilho de Penélope com agilidade, mas passava as pontas dos dedos por toda a extensão das costas nuas de Penélope e depositava beijos suaves no início de seus ombros, levantava as ondas dos cabelos avermelhados de Pen e beijava sua nuca. O vestido de penas negras se acumulou nos pés da moça. Penélope empurrou o vestido com os pés e beijou os lábios do artista. Achou divertido que não estava envergonhada, porque era a verdade quando disse que sempre se sentiria confortável em seus braços.

- Eu te amo também, Benedict. - Penélope sentia-se realizada com a voracidade no olhar de Bene. Ele, por sua vez, deitou a moça nos lençóis de seda da cama. Ela ainda estava com as meias finas, e Benedict tocou na cintura de Penélope para puxar a segunda pele e jogá-la para o lado.

- Nada está no nosso caminho agora... Você quer isso hoje? -

- Eu preciso de você, Ben. - Benedict tinha em seu quarto um enorme espelho decorativo, com a moldura antiga pintada. Penélope não conteve um gemido com a figura dos dois corpos, das duas almas se amando. Benedict estava firme e descansou o rosto na dobra do pescoço de Penélope, por apenas um segundo. Ele tinha que olhar para ela sentindo prazer. Bene não pôde se conter depois disso. Fez amor com Penélope e sentiu-se completo, como se não precisasse de mais nada no universo.

•__•___•___•___•___•___•___•___•__•

- Você está bem? – Benedict e Penélope deviam estar no café da manhã, mas ele percebeu que era tarde demais e haviam perdido o horário. Pen ainda estava sonolenta, com o sorriso hesitante. Mas ela não se apavorou quando viu que estava confortável emaranhada com o corpo majestoso do visconde.

- Ninguém me fez sentir tão bem, Lorde Bridgerton. – Ele sabia que era uma brincadeira provocante, mas mesmo assim estremeceu. Benedict poderia ser o visconde e estar feliz com sua posição, mas não deixaria de sentir falta do irmão por isso.

- Me chame pelo nome. –

- Benedict. – disse Penélope. – Benedict. Benedict. – repetiu várias vezes, rindo enquanto ele fazia cócegas em sua barriga como se ela fosse uma criança. Na noite passada, quando ela estava nervosa no início pela dor momentânea, ele a distraiu e Penélope soube que o artista sempre cuidaria dela com carinho. – Be-ne-dict. – Penélope franziu o cenho. – Seu nome é difícil. Tem uma trava no final. – comentou.

- Ei. O seu nome pode muito bem servir para um felino. – Bene então beijou o início da sobrancelha de Penélope, porque era simplesmente algo que fazia. A menina colocou a palma da mão no peito nu de Benedict, e ele pensou que poderia morrer se ela continuasse olhando com curiosidade.

- Benedict, eu não sei... – Mas Benedict juntou os lábios dos dois. Ele a ensinaria. – Eu te amo.– declarou entre carícias, com o coração inundado de felicidade. – Mas fomos dormir tarde, demoramos a acordar e está quase na hora do almoço! –

- E você tem uma grande revelação para fazer.–

- E eu tenho uma grande revelação para fazer.- No entanto, Penélope caiu nos encantos de Benedict Bridgerton. Ela não ousou começar a pensar no escândalo que seria - já que saíram do baile juntos e não foram mais vistos - porque seria muito pequeno comparado ao que estava por vir. Penélope não perdeu a timidez, mas apreciou como o corpo dele a cobria e a protegia por cima. Mas Benedict estava brincando com a menina e ela começou a ficar necessitada, então revirou os olhos.

- Ande logo! - repreendeu, enquanto ele ria e massageava as panturrilhas de Penélope, subindo até suas coxas. Ela ainda sentia-se um pouco dolorida, mas o que ele fez na segunda vez foi tão bom que esqueceu-se de qualquer coisa...

   Todos já estavam posicionados na mesa do banquete, apenas aguardando o visconde. Benedict entrou de mãos dadas com Penélope e viu Felicity Featherington lançar uma piscadela sacana para a irmã. O visconde não se sentou na ponta da mesa, mas permitiu que Pen o fizesse. Ele também não falaria, mas foi quem fez todos ficarem em silêncio com sua presença. O príncipe poderia estar ali, mas um Bridgerton sempre tinha o destaque.

   Eloise Bridgerton Crane levantou-se, deixando todos de olhares curiosos e sobrancelhas arqueadas. Eloise era determinada, adorava escrever e era uma força da natureza, mas não teria conseguido manter o segredo por tanto tempo em uma família tão esperta. Ela acharia ridículo e contaria a verdade pois gostaria que recebesse os créditos como uma mulher colunista.

- No baile da noite passada, nossa mais famosa jornalista prometeu que se identificaria no dia de hoje. Posso garantir que não sou ela, mas fico orgulhosa por minha amiga. – A família ainda seria responsável por enfartar os mais importantes membros aristocráticos. Penélope não conseguia tirar os olhos de seu homem, mas ele a encorajou com sussurros de "amo-te amo-te amo-te amo-te". Penélope também ficou de pé, segurando a mão de Benedict por cima da mesa. Ele desenhava círculos que a acalmava. Talvez pudessem enlouquecer um ao outro por vezes, mas seria uma vida magnífica.

– Eu sou a colunista. Eu sou Lady Whistledown. –

•__•___•___•___•___•___•___•___•__•

Nota da autora:
Esse foi o último capítulo ;) Preparei ainda um epílogo muito fofo, então só me despedirei dessa história lá rsrsrs
Continuem aqui comigo!

Chame meu nome, Penélope. Onde histórias criam vida. Descubra agora