- Não fiz o suficiente para conseguir o diploma, mas aprendi o básico. Ficaria feliz em ajudar.
- Seria ótimo!
- Perfeito. Por que não me liga mais tarde? Assim podemos conversar sobre as cores.
- É muito gentil da sua parte, Kara. Aliás, eu me diverti muito ontem.
- Eu também. Ainda não fiz amigos de verdade por aqui, e sinto saudades das minhas amigas. - disse, sincera.
- Ah, posso imaginar. Podia sair comigo e com minhas amigas, que tal? Podemos lhe mostrar como se divertir no melhor estilo texano.
- Verdade? Seria ótimo, obrigada.
Entraram com os livros, e Kara os colocou no degrau antes de começar a rumar de volta para casa.
- Quando Lena tiver um tempo, será que pode pedir a ela que me ajude a carregar algumas coisas pesadas lá na minha casa?
- Claro que sim. - Rose sorriu.
Dez minutos depois, alguém bateu na porta. Kara nem teve que olhar pela janela do quarto para descobrir quem era.
Rapidamente, terminou o e-mail que estava escrevendo para Jordan, garantindo que tinha tudo sobre controle para fazer Debora querer terminar com ele. Não levou em conta o fato de que Daniel ainda não concordara, mas era uma otimista, e tinha motivos para saber que seu poder de persuasão era excelente.
Quando a campainha passou a soar, intermitente, ela se levantou com um suspiro, desceu as escadas e escancarou a porta.
- Estou tentando trabalhar, aqui... - lembrou para a vizinha que, no momento, parecia ter saudade de seus tempos de policial, só para ter uma arma com que pudesse sair atirando.
- Eu também. - Lena resmungou de volta. - Mas soube que quer mudar os móveis. Não há nada em seu contrato sobre eu ter quer carregar móveis.
- E? - Kara levou as mãos à cintura.
Lena soltou o ar pesadamente.
- Rose quer transformar minha casa em um jardim da infância, e você quer mudar os móveis... Vocês não têm sossego?
- Não se pudermos melhorar as coisas. - ela respondeu, olhando-a com determinação.
- O que quer mudar? - Lena perguntou ao entrar.
- A cama do segundo quarto. Contratei uma assistente e preciso colocar uma mesa para ela, lá.
- Uma detetive júnior? - Lena parecia bem menos estressada agora.
- Exatamente. - Os lábios dela se curvaram em um sorriso.
Tentou ajudá-la, no entanto Lena carregou o colchão e o levou até o sótão sozinha. Fez o mesmo com o resto da cama, e Kara aproveitou para apreciar a visão do corpo malhado.
- Onde está a escrivaninha? - Lena quis saber.
Havia se oferecido até para retirar o armário, mas, como a loira não tinha tanto dinheiro assim para gastar no escritório, resolveu usá-lo para colocar materiais.
- Numa caixa, na cozinha. Precisa ser montada.
Lena encheu os pulmões lentamente.
- Quer que eu dê uma olhada?
- Não vou ter que fazer outro jantar?
- Um café está bom.
Kara ligou a cafeteira enquanto a morena carregava a caixa para cima. Quando o café ficou pronto, ela subiu com uma xícara e a encontrou sentada, trabalhando com uma chave Allen.
Lena aceitou a bebida com um resmungo de agradecimento.
- Não deveria estar ajudando Rose com a decoração da sua casa?
Lena lhe lançou um olhar torto e voltou a se concentrar na montagem do móvel.
- Posso falar sinceramente? - Kara decidiu de súbito. - Se você não cuidar do que Rose está fazendo, vai acabar morando em um chalé igualzinho ao da vovó da Chapeuzinho Vermelho.
Lena parou o que fazia para fulminá-la com o olhar.
- Se você não fosse uma gênia em montar móveis, juro como eu ficaria ofendida com esse olhar. - ela declarou, retornando ao escritório para dar conta de mais algumas tarefas.
Lena praguejou baixinho em meio a uma martelada, e Kara sorriu para si mesma. Seria divertido trabalhar com alguém.
Ficava muito tempo sozinha.
- Onde vai querer colocar a mesa? - perguntou ainda mal-humorada.
Kara se levantou e foi até o outro quarto. Então pediu que a morena colocasse a escrivaninha bem no meio, de frente para a porta.
- Obrigada, Lena. - disse com genuína gratidão, apesar de toda a grosseria de que fora vítima.
A morena resmungou qualquer coisa e permaneceu parada no lugar. Parecia não estar com pressa para ir embora. Pegou a embalagem, então, e passou a dobrá-la com cuidado.
- Daniel é um sujeito decente, não acha? - comentou como quem não queria nada.
- Claro, afinal é um grande amigo seu.
Lena hesitou um pouco, parecendo pouco à vontade. Kara sabia onde ela queria chegar, mas não se dispôs a ajudá-la.
- Ele não parece ser o seu tipo.
- Desde quando sabe o meu tipo?
Uma espécie de eletricidade passou por elas quando os olhares se encontraram. Lena a encarou por um momento, então se virou para sair.
- É, acho que não sei mesmo.
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Quem Eu Quero - Karlena - LenaGp
FanfictionDizer adeus talvez seja mais fácil do que encontrar o verdadeiro amor! Já está mais que na hora de Kara Danvers arrumar um emprego, ela já sofreu algumas desilusões amorosas, e agora se sente motivada a recomeçar. Infelizmente, ela não tem grandes...
Eletricidade
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