18 - I need help

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— Sua louca!

Devolvi um tapa em seu rosto e Angel agarrou meus cabelos, e caramba, como doía. Agarrei os seus de volta e ela me empurrou em cima do meu carro, que estava atrás de mim.

— Eu vou acabar com você. — gritou e grunhiu.

— Ah, mas não vai mesmo.

Consegui dar mais um tapa e não sei como, mas rolamos no chão. Eu com certeza estava arranhada, com o rosto bastante vermelho e descabelada, mas se parasse ela acabaria comigo.

Senti o peso do seu corpo sair de cima de mim e fui forçada a soltar os seus cabelos, quando ela soltou os meus levando alguns fios e machucando meu coro cabeludo.

— Me solta! — vi Angel se debater sobre o homem, que a segurava como se fosse uma boneca.

Meu corpo também foi puxado para trás e outro homem me segurou, acho que com medo de que eu pudesse atacá-la novamente, mas eu nunca faria isso vendo que estava ela sendo segurada e em desvantagem.

— Vocês não podem brigar aqui. — o homem chamou nossa atenção.

— Eu não vou fazer nada. — tentei me soltar, passando a mão sobre meus fios.

— Eu não quero saber. Me solta, agora! Ela roubou minha vaga, ela quer tudo que é meu. — Angel esperneou — Eu vou acabar com você, garota. Você vai se arrepender de ter roubado sua vaga.

— Eu não roubei nada! — exclamei irritada.

— Roubou sim, sua bastarda maldita!

— Você vai embora agora. — o homem disse para ela e saiu puxando Angel para fora.

Angel era descontrolada, má, egoísta, todos os adjetivos ruins possíveis que uma pessoa poderia ter. Ainda estava desacreditando com sua cara de pau de me bater por isso, mas no fundo eu sabia que não havia mais o que esperar dela. Ela já me bateu uma vez em um jogo de handebol, então em uma disputa por uma vaga na universidade, ela faria até pior. E fez.

— Angel. — chamei seu nome e ela me olhou sobre o ombro do homem que a carregava dali — Pode me soltar, eu não vou lá. — eu pedi calma e assim ele fez, então voltei meus olhos para Angel e falei alto o suficiente para que ela pudesse escutar: — Eu não vou roubar sua vaga, porque não tenho poder para isso e até então não é de ninguém. Mas seu namorado, ah, ele sim eu vou.

— Eu te odeio tanto, Addison Moore. Isso vai ter volta.

Ela gritou alto e tentou vir até mim, o homem era bem mais forte e não deixou indo embora, me deixando finalmente em paz. Esfreguei meu rosto, sentindo dor nele e no couro cabeludo pela briga e por meu sangue já ter começado a esfriar.

— Você está bem? — o homem perguntou e eu assenti, limpando duas lágrimas que teimaram em cair, forçando um sorriso.

— Estou ótima.

Flashback off

Bom, o final da noite anterior havia sido péssimo, um verdadeiro pesadelo e eu ainda estava um pouco arranhada, fora um leve corte no canto dos lábios. Mas não precisava de muita coisa para que eu ficasse feliz e animada de novo, e quando a secretaria de Decano me ligou eu literalmente surtei. Lembro de ter pedido para ela me confirmar três vezes se era mesmo real. Assim como meu pai e Lauren tiveram que me beliscar. Certo, eu sou tão boba.

Era bom demais para ser realidade.

Aquele ciclo finalmente havia sido fechado e eu estava ansiosa para poder começar meu próximo ano em Yale. Porém, tudo tem seu lado ruim e o seu seria deixar minha família e minhas amigas. Céus, eu vou morrer longe deles. Então penso em Justin e se ele não for para Yale como não quer ir, também ficaria sem vê-lo? Eu não quero ficar longe dele agora que eu o tenho por perto.

HeartbreakerOnde histórias criam vida. Descubra agora