Capítulo 4 | Surprise, Miss Amelia!

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Ah! E não poderia esquecer-se da carta misteriosa. Após o conselho de Elisa após onem tantodesastroso jantar do dia anterior, ela praticamente eliminara o ocorrido de sua mente. Mas uma parte de si ainda insistia que aquilo ali não era uma mera brincadeira... Ninguém a exporia daquela forma sem que sua família fosse informada, ou enfrentaria sérios problemas. Era teatral e clichê demais para que fosse verdadeiro.

Ou ao menos era o que ela pensava.

Foco, Amelia! Não adianta pensar muito sobre isso. Preciso fazer as minhas obrigações e é isso que importa agora. Depois do banho, irei conversar com Eliza... E aí peço a opinião dela. Todavia, por que sinto que esse encontro com Maximillian deveria ser um segredo?, pensava ela, com o olhar fixado no armário aberto.

Empertigando-se, Amelia finalmente começou a organizar as roupas que iria vestir após tomar seu banho. Quase como se fosse inconsciente, ela escolhera roupas mais elegantes que o comume aquelas peças combinavam perfeitamente com um belo sobretudo que ela estava guardando para usar em uma ocasião especial. Ao raciocinar sobre o que estava fazendo, percebeu que realmente queria comparecer àquele encontro.

E ignorando toda aquela discussão interna de poucos minutos atrás, ela tomou uma decisão.

Realmente, nem todos precisariam saber daquilo.

Apenas quem importava.

Enquanto ajeitava o pingente do colar no centro da corrente, Amelia escutou toques firmes na porta

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Enquanto ajeitava o pingente do colar no centro da corrente, Amelia escutou toques firmes na porta. Ela conhecia aquele som como a palma de sua mão, gravado ali haviam muitos anos. Aquilo significava que quem estava atrás da porta era Eliza e que elas conversariam bastante.

Se aquela conversa durasse menos de uma hora, seria perfeito, pois era o tempo que a jovem mulher tinha antes de comparecer a certo local marcado.

Eliza, entre!disse no tom mais gentil que dispunha. Ela sabia que a mais velha provavelmente ainda estava ofendida por causa dos ocorridos de mais cedo.

O clique da fechadura se abrindo foi mais do que suficiente para anunciar sua presença. Com passos firmes, Eliza adentrou o quarto, os olhos bem firmes na face de sua senhora.

—Aqui estou, senhorita.

Sua voz reverberou pelo quarto silencioso, profunda e desgostosa como Amelia jamais havia visto. As duas se encaravam, um jogo para descobrir quem cederia primeiro. Os sentimentos se misturavam em uma só emoção, confusa demais para que ela pudesse compreender.

Havia sido ela quem começara com tudo aquilo, e seria ela quem deveria dar um fim.

—Primeiramente, eu gostaria de desculpar-me. Menti esta manhã e não posso negar o quão isso me magoou. Nos magoou. —começou, tentando manter a voz firme—Eu não sei como eu deveria começar isso. Há tanto que eu queria dizer-lhe, mas...

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