Dancing in My Room

one day at a time

O sinal tocou pouco menos de meia hora depois e ela se levantou, indo na direção de seu armário para pegar seu material. Com o material pronto, foi para a sala de física. O professor Oliver Hackett era um homem muito bem humorado, mas explicava rápido demais e a maioria dos alunos não entendia nada do que ele falava.

Depois de um tempo, pouco depois da metade da aula, a professora Margaret Taylor bateu na porta e entrou. Ela falou algo com o senhor Hackett, que chamou Rose e disse para ela ir com a professora Taylor.

Fora da sala, a professora começou a falar quase que imediatamente.

P.T – Senhorita Reynolds, você sabe onde está seu amigo, Matthew Hawkins?
R – Não, professora. Por que?
P.T – Ele não é de se atrasar para as aulas, a senhorita sabe disso, não sabe?
R – Verdade, ele geralmente não se atrasa. Mas por que me chamou?
P.T – Já procurei ele por toda a parte, pensei que você saberia onde ele está.
R – Na verdade, não sei não, professora. Mas se quiser, eu procuro por ele.
P.T – Não precisa, querida. Você tem que voltar para sua aula.

Geralmente Rose seguiria as ordens da professora e voltaria para a sala, mas estava preocupada com Matthew e acabou indo procurá-lo.

Ela andou por toda a escola e não achava ele em lugar algum. Mas quando estava passando perto do armário de vassouras ouviu um pequeno gemido, que parecia ser de alguém que já tinha perdido as forças para gritar.

? – Tem alguém aí? Por favor!
R – Tem sim! Quem tá aí?
? – Rose?
R – Sim, sou eu! Mas quem tá aí? – Ela pensou por alguns segundos e teve uma ideia de quem poderia ser – Matt? É você?
M – Sim! Sou eu!
R – Como é que você foi parar aí?
M – O que você acha? É óbvio que foi...
R – Ah! O Mitchel, é claro! Espera um pouco! Vou tentar te tirar daí!
M – Não demora, por favor! Eu tô com sede!
R – Ah! Mas eu mato esse garoto! Ele vai...
M – Deixa isso pra depois, pode ser? Primeiro tenta abrir essa porta.
R – É, eu vou chamar ajuda! Aguenta aí!

Ela correu até a sala de inglês e bateu na porta, que foi aberta pela professora Taylor poucos segundos depois.

P.T – Senhorita Reynolds? O que está fazendo aqui?
R – Eu achei ele! Achei o Matthew! – Ela estava falando ofegante – Ele ficou preso dentro do armário de vassouras! Acho que alguém trancou ele lá!

Quando Rose olhou para dentro da sala, Mitchel estava olhando para ela, ela sabia exatamente o que ele queria dizer com a cara ameaçadora que estava fazendo. Era com certeza algo do tipo: "Se disser que fui eu, eu mato você!"

P.T – Tudo bem, se acalma! Eu...
R – Desculpa, professora. Mas a calma já se foi faz tempo. Ele disse que tá com sede, não dá pra ficar esperando!
P.T – Tudo bem, vamos dar um jeito, tá bom?
R – Tá!
P.T – Tá bom... hmmm... primeiro, vai falar com o zelador, vê se ele está com a chave do armário. Enquanto isso eu vejo se consigo abrir sem a chave.
R – Ok!

Rose foi correndo até o quartinho do zelador e contou para ele toda a situação. O zelador pegou seu chaveiro e começou a procurar pela chave, mas para sua surpresa aquela chave em especial não estava ali. Então ele foi até a gaveta de uma mesinha de cabeceira e começou a procurar por uma cópia da chave. Em alguns minutos, ele encontrou a cópia e a entregou para Rose, que saiu correndo.

Antes de ir até o armário, ela pegou sua própria garrafa de água em seu armário e voltou ao armário de vassouras. Quando chegou lá, a professora estava tentando abrir a porta à força.

R – Consegui, professora!
P.T – Ah! Que bom!

Ela abriu a porta e Matthew saiu de lá com pressa. Rose esticou a garrafa de água para ele, que a pegou com um desespero que Rose nunca tinha visto. Quando ela viu todo esse desespero, uma raiva incrível tomou conta dela. Pensar que Mitchel era capaz de fazer uma coisa dessas fazia ela ter mais vontade de bater nele do que já tinha normalmente.