capítulo um

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Terminei de abotoar a camisa do uniforme e coloquei o blazer cinza com o brasão da escola por cima

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Terminei de abotoar a camisa do uniforme e coloquei o blazer cinza com o brasão da escola por cima. A casa estava em um silêncio absoluto, meu pai já havia ido trabalhar e minha irmã havia chegado há pouco do seu emprego, onde trabalhava no turno da noite. Li calmamente os post-its que meu pai havia colado em meus cadernos, juntamente com o nome de cada matéria, depois de ver a planilha – que meu pai também havia feito – com os horários das aulas que eu teria hoje. Depois de checar mais algumas vezes, coloquei os cadernos em minha mochila e saí de casa.

Eu estudava na mesma escola desde o primeiro ano do ensino médio, atualmente eu estava no segundo. Durante os primeiros seis meses, meu pai mudou seu horário de trabalho para poder me levar à escola e fazer com que eu conseguisse memorizar o caminho.

Eu me sentia um fardo para ele e para Hime, minha irmã. Mas apesar disso, também me sentia extremamente grato por toda a paciência que os dois sempre tiveram comigo.

Ao contrário de minha mãe.

Esvaziei minha mente e me concentrei no que eu estava fazendo, indo para escola. Se eu pensasse demais, provavelmente iria me perder e não era isso o que eu gostaria que acontecesse. Depois de longos dez minutos caminhando, eu cheguei no meu destino final.

Não havia muitas pessoas ainda, tampouco havia algum amigo me esperando...

Talvez porque eu não tenha nenhum.

E não, eu não sou o tipo de pessoa que fala que não tem amigos, mas logo em seguida brota um amigo super sociável que faz com que eu me enturme com outras pessoas. Não, eu de fato não era.

Quando eu dizia que não tinha amigos era porque, de fato, eu não tinha nenhum.

Eu não sofria bullying, ninguém me tratava mal e eu não era antissocial. Mas mesmo assim nunca tive a oportunidade de conseguir fazer um amigo. Na minha turma eu conhecia quase todas as garotas, elas eram da minha antiga escola então todos nós nos conhecíamos superficialmente, elas eram gentis e me ajudavam às vezes, mas eu não era maneiro o suficiente para que alguma delas realmente quisesse ser minha amiga ou me auxiliar não só por pena.

Suspirei assim que cheguei na sala de aula e então bati na porta, sr. Namjoon sempre me deixava entrar antes do sinal tocar. Sorri timidamente quando ele abriu a porta e me desejou bom dia.

Meu pai e ele eram amigos, logo, ele foi o primeiro a saber da minha condição. Provavelmente os outros professores também sabiam, levando em conta a atenciosidade da maioria deles quanto a minha falta de aptidão na escola. Bem, meu pai provavelmente havia falado quando me matriculou aqui. Mas Namjoon era o único professor que eu, de fato, já havia conversado sobre o assunto de maneira aberta. Talvez pelo motivo de que eu fui praticamente criado por ele e meus tios (além de meu pai).

— Está conseguindo acompanhar os conteúdos, Innie? — ele perguntou, sorri timidamente e balancei a cabeça de maneira positiva. Ele me chamava de Innie desde que eu me entendo por gente.

who the fucks is this boy? • hyuninOnde histórias criam vida. Descubra agora