—Se preferir posso pedir para que uma equipe seja enviada para o último local que conseguiu acompanhá-la. - Cogitei a ideia após ter passado grande parte do tempo calada... não sei, não queria levantar suspeitas.

—Por enquanto isso é inútil. Por outro lado, sabemos que alguém está ameaçando a Matrioska, se chegarmos na pessoa das explosões, também chegaremos na nossa serial killer. - Com isso eu posso ficar tranquila, acho quase impossível o departamento encontrar a Seungwan, não que ela esteja escondida, na verdade está bem exposta, é só que a Seungwan sabe trabalhar sorrateiramente.

—A Matrioska deve ser uma pessoa nova ou de aparência juvenil, não é todo mundo que consegue aparentar ter dez anos. - Argh, eu não estou gostando dessa conversa.—A nossa primeira vítima-testemunha havia dito que ela tinha os olhos puxados, talvez seja asiática e isso justifica a sua aparência juvenil.

—Isso, Minho! Acho que podemos ir muito longe com isso, a Matrioska não é perfeita, só não notamos os seus erros ainda, mas estamos no caminho certo. - Ela virou as costas e saiu contentemente daqui.

—Momo parece ser uma boa profissional.

—É melhor do que eu imaginava. - Comentei por último e me levantei, precisava tomar um ar.—Vou lá fora, volto logo. - Caminhei até a saída notando a rua atipicamente parada, geralmente a movimentação era tremenda por aqui.

Argh... a Momo não descobriu muita coisa, mas ela está se saindo tão bem que eu realmente passei a pensar que ela seria capaz de descobrir a verdadeira identidade da Matrioska e até descobrir que eu faço parte disso.

Eu sei que é antiético e até egoísta desejar que ela não consiga, mas é complicado.

—Mina? - Ergui minha cabeça para encarar o dono da voz, revelando ser o Daehwi.—Como está? Parece pensativa. - Ele deveria estar saindo do trabalho, já que estava vestido socialmente.

—Daehwi... eu estou bem. Terminou agora?

—Há um tempo. Decidi caminhar um pouco e fugir desse mundo tecnológico... ironia?

—Talvez. Como está a Mama? - Ele se aproximou e me abraçou, depositando um beijo em minha bochecha. Era bom vê-lo.

—Está bem, mesmo que o tratamento tome as suas energias. Deveria visitá-la, ela sente a sua falta assim como a da Chaeyoung, vocês de certa forma movimentavam a casa, aliás... como ela está? - Cruzei meus braços suspirando fundo, no final, nunca fugiria desse assunto.

—É complicado, Daehwi, quero visitá-la, porém não posso. A Chae está bem ou o mais próximo disso... de qualquer forma... está como sempre.

—Te vejo mais triste... voltou a ser perseguida? - Acenei positivamente com a cabeça.—Por que você? Há tantos policiais, tantos agentes que são mais alvos e eles sempre escolhem você.

—Talvez seja devido a minha popularidade em Palmdale... não consigo pensar em outra justificativa. - Tentava a todo custo me manter de cabeça erguida, tentava não exteriorizar esse momento ruim que vivia, contudo isso é muito desgastante e as vezes não consigo omitir.

—Crescer é complicado...

—Angustiante. - Geralmente tínhamos uma interação descontraída, mas estava bem desconfortável para ambos, talvez seja por causa de algumas pessoas que olhavam para nós... provavelmente conheciam o Daehwi.

—Mina, eu preciso ir tanto devido a mama quanto por esse pessoal que está nos observando, não quero que essa quantidade cresça e me impeça de sair. - Acenei positivamente e ele me abraçou como despedida.—Nos visite, Mina.

Consequences • Michaeng • 2ª temporadaWhere stories live. Discover now