Capítulo 21 - Just leave me alone, Malfoy

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Disse que ficaria bem sozinha, mas pedi a ele que fizesse o nosso encantamento antes de ir. Esse feitiço nada mais era que uma magia boba, ensinada a crianças, que costumávamos fazer quando pequenos e pegamos a mania de continuar depois de grandes. Basicamente pressionávamos nossos indicadores, bem no estilo E.T. mesmo, e sussurrávamos " juntos nós estamos e juntos nos manteremos, protegidos e unidos por todo o tempo " e uma luz percorria nossas mãos, selando o encantamento e confirmando a sua realização. Depois de feito, ambas as partes estariam em sintonia ( no nosso caso deixava nossa ligação mais forte) e enquanto um estivesse bem o outros estaria também. Era fofo e trazia segurança, eu sabia que qualquer coisa que precisasse meu melhor amigo estaria ali o mais rápido possível. Harry se despediu de mim com um beijo na testa e desejando bons sonhos, esperei ele fechar a porta para começar a me livrar do uniforme que ainda estava usando. Peguei minha varinha e aqueci o quarto magicamente, como estava cansada, precisava dela para performar de forma mais rápida. Busquei em meu armário uma camiseta antiga e bem larga que eu tinha, queria dormir confortável, pois tudo o que eu precisava agora era de uma boa noite de sono. Antes que pudesse deitar, ouvi meu estomago reclamar e agradeci aos elfos e Harry pelo maravilhoso sanduíche que me esperava em minha mesa. 

Finalizei o lanche e rapidamente escovei meus dentes, ansiando pelo momento em que me enfiaria embaixo das minhas cobertas quentinhas e confortáveis. Quando esse momento finalmente chegou, sorri alegremente e me ajeitei para encontrar a melhor posição, logo cai em um sono profundo e, felizmente, sem sonhos. Depois da guerra, as noites eram muito difíceis para mim, eu não gostava muito de dormir sozinha, além dos pesadelos constantes que eu tinha, muito mais frequentes agora que estava no castelo, um lugar que, infelizmente, estava rodeado de morte e dores.  Quando recebemos a oportunidade de cursar o ultimo ano, minha paixão pelos estudo e conhecimento falou mais alto, claro, mas em nenhum momento se passou pela minha cabeça o que o castelo havia se tornado para mim, uma banshee.

Não, eu não vejo a alma das pessoas que morreram ou o espirito deles, o que, eu preciso confessar, não seria tão estranho, levando em consideração que aqui vivem fantasmas seculares. É muito mais sobre a sensação de tê-los a minha volta do que algo visual, quase como se eu tivesse a sensação de que tem alguém me observando, mas quando olho em volta, não tem ninguém. Eu sei que isso deve soar completamente horrível, acredite, no inicio eu me sentia muito mal, mas com o tempo eu fui me acostumando e aprendendo a não absorver aquela energia. 

Na manhã seguinte, acordei completamente descansada, como se um peso tivesse saído das minhas costas

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Na manhã seguinte, acordei completamente descansada, como se um peso tivesse saído das minhas costas. Meu humor estava radiante, abri as cortinas e respirando profundamente saí da cama em direção ao banho e como ainda estava cedo, me permiti aproveitar a agua quentinha e relaxante. Coloquei o uniforme e ajeitei meus cabelos com magia, decidi por não colocar nenhuma maquiagem, apenas um hidratante nos lábios e segui para o meu tão aguardado café da manhã.

Minha alegria só durou até chegar a porta do quarto, quando a abri, dei de cara com Malfoy saindo para o café. No mesmo instante fechei a cara e rapidamente saindo em direção as escadas, pude ouvi-lo me chamar, mas decidi que iria ignorar sua presença e eu poderia ser muito boa nesse jogo. Draco me seguiu pela sala comunal e quando estava a um passo de passar pelo quadro, ele me segurou pelo braço, fazendo com que eu me virasse em sua direção. Essa ação fez com que eu reagisse imediatamente na defensiva, e sem falar uma palavra, o afastei magicamente de mim. O loiro ficou surpreso, dando um passo para trás, imediatamente se desculpou pelo ato, falando que não teve a intenção de me assustar.

A aposta: o que poderia dar errado?Onde histórias criam vida. Descubra agora