-Bucky comentou comigo.

-Pois é... Eu tenho trabalhado demais, quero entrar para a minha especialização e preciso que meu chefe me recomende.

-Você precisa descansar!

-Eu sei!

-Tem comido direito?

-Não - suspirei

-Precisa comer!

-Eu sei disse, Steve! - falei bufando

-Eu tô preocupado com você, não sei porque está brava.

-Eu não estou brava, é só que, Bucky já fala isso para mim e eu sou médica, eu sei que preciso dormir e comer. Mas também preciso me especializar. E também, não precisa se preocupar, não comigo.

-Parece incomodada!

-Não estou incomodada - suspirei - Só estou... Entenda que a minha vida mudou completamente, estou só me adaptando.

-Por que você não namora?

-Por que eu não quero namorar

-Com ninguém? - ele perguntou

-Com ninguém daqui - falei e olhei para minhas mãos apoiadas na mesa.

-Magni? - ele perguntou

-Não quero falar sobre isso com você - falei me recompondo

-Por que a nossa relação é tão difícil?

-Porque é para ser assim!

Ele ficou um tempo em silêncio e então falou.

-Quero que vá me visitar!

-Eu vou... Não sei quando, mas vou.

-Quero que você conheça algumas pessoas - ele disse sorrindo, um pouco nervoso.

-É? Eu poderia perguntar quem são?

-Seus irmãos! - ele disse sério.

-Você teve filhos?-Eu tive, dois, e quero que você os conheça!-Você foi

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

-Você teve filhos?
-Eu tive, dois, e quero que você os conheça!
-Você foi... - pensei bem nas palavras - bom pra eles?

-Eu fui, fui presente na vida deles, tentei não cometer o mesmo erro que fiz com você.
Eu ri de leve, um pouco de ciúme, um pouco de indignação e um pouco de inveja dos meus irmãos
-Entendo... - limpei a garganta - fico feliz por isso, mesmo!

-Então, quando pode ir? - ele perguntou

-Eu não sei, vou ver com o meu pai quando ele pode.

-Seu pai? - ele perguntou quase que ofendido.

-É, o Bucky Barnes! - falei séria - Algum problema se ele for conhecer meus irmãos comigo?

-Não, problema nenhum!

-Que bom! - sorri - Deixe seu telefone e eu aviso o dia que irei.

-Certo! - Steve deu um mini sorriso e escreveu seu telefone em um post It que eu ofereci.

Levei ele até a porta como se nada me afetasse, mas assim que fechei a porta e me encontrei sozinha no consultório, eu sabia que estava afetada até demais.
Me sentei em minha cadeira e fiquei processando toda a informação.
As 08:00, bati meu ponto e resolvi ir para casa.
Quando cheguei, não encontrei Bucky,  fui até a cozinha para ver o que tinha e vi um prato coberto com um bilhete em cima.

"Coma isso, precisa se alimentar"

Ao descobrir o prato, vi que se tratava de pãezinhos.
Sorri ao ver aquele gesto, achei de extrema atenção dele, justo ele que nem parecia ser carinhoso.
Peguei aquele pão com um pouco de leite puro e fui comer.
Depois de terminar fui estudar, Bucky chegou era 15:00.

-Você comeu? - foi a primeira coisa que ele disse ao me ver.

-Sim, obrigada pelo cuidado! - falei sorrindo - Como você está?

-Bem! - ele sorriu - Não te vejo há quatro dias.

-Eu estava trabalhando, desculpe!

-Você precisa descansar um pouco.

-Eu sei que está bravo, mas olha, eu tô aqui! - dei um sorriso amarelo.

-Eu não estou bravo, Lexxi! Estou preocupado, desde que seu pai foi embora, você não dorme direito, não come direito e vive enfurnada naquele hospital.

-Eu sei - falei exasperada - Eu sinto muito se te preocupei, vou começar a me cuidar melhor.

-Você almoçou? - ele perguntou

-Não, ainda! - enfatizei o ainda.

-Eu vou fazer algo para nós dois!

-Tá bem!

Ele foi até a cozinha e eu fiquei ali na sala, vi que tinha algo novo em cima da minha estante, era um porta retrato com a foto minha e dele, aquilo aqueceu meu coração de uma forma inexplicável.
Fui até a cozinha e o moreno estava ocupado fazendo comida.

-Deixa eu te ajudar! - falei pegando uns legumes para cortar e ele foi para o lado para me dar espaço.

-Como foi o trabalho? - ele perguntou

-Não quero falar de trabalho - falei

-E quer falar sobre o que?

-Sobre o quanto sou grata!

Ele me olhou surpreso.

-Obrigada por me escolher sempre, por colocar meu bem estar sempre a cima do seu, obrigada por estar comigo quando preciso e quando acho que não preciso, você faz por mim mais que qualquer um faria.
Você é um pai, mais que meu próprio pai. E aí, você se torna a prova viva de que pai é aquele que cria.

Ele sorriu, eu amava vê-lo sorrir.

-E você foi gerada no meu coração - ele disse sorrindo.

-Quem vê o soldado Invernal assim, nem diz que é a mesma pessoa.

Ele riu, finalmente riu mesmo.

-Não conte a ninguém, fica só entre nós! - ele riu de novo e eu também

Lexxi Rogers A filha do Capitão AméricaOnde histórias criam vida. Descubra agora