29 - "Eu sinto muito"

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  - CHEGA! - Jordan esbraveja. - Chega vocês dois. Pare com isso, Cole.

  - Não venha querer defender o seu paizinho, Jordan.

  - Eu não estou defendendo ninguém. Eu só quero que parem. - Ele passa as mãos nos cabelos. - Estamos com os testamentos, sabemos o que é nosso por direito. - Ele passa o olhar sobre o papel. - Você merece tudo isso. Eu tenho meu apartamento, meu carro, tudo conquistado com o meu suor e...

  - E agora vai dizer o que? Que ganhei uma fortuna e uma mansão de mão beijada?

  - Não, Cole. Eu ia dizer que não temos mais motivos para brigar. -Ele divide seu olhar entre eu e Matthew. -  Nosso pai não precisa de nada disso, ele tem dinheiro e um lugar para ficar.

  - Ótimo. Porque eu quero a casa desocupada amanhã, antes de voltar para a fraternidade. - Digo indiferente.

  - Você só pode está de brincadeira.

  - Não Matthew, não estou. - Digo me afastando. - amanhã a tarde eu passo para pegar as chaves de cada porta desse lugar.

  - Você...

  - Jeffrey... - o interrompo. - Me acompanha? Preciso falar com você. - Jeffrey assente ficando de pé. - E você, Matthew, não está cem por cento livre de mim. Eu vou derrubar você, nem que essa seja a última coisa que eu faça nessa vida.

encaro Jeffrey e nós saímos da casa.

Na verdade eu não queria falar nada demais com Jeffrey, isso foi apenas uma desculpa para sair de dentro dessa casa, o que eu realmente queria era agradecer por tudo que ele tem feito por mim.

Se não fosse por ele, eu não sei o que teria sido a respeito disso tudo, focando no pior, Matthew teria ficado com tudo que é meu por direito.

Eu me despedi de Jeffrey e procurei por um Uber para voltar até a casa da mãe de Lili. Eu não faço ideia de como ficar cara a cara com a mãe de Lili e com a própria Lili depois de hoje.

Como eu iria imaginar que Matthew foi o homem que tirou a vida da garota que eu estou...

Mas que porra de destino filha da puta.

Quando eu chego na casa, entro e um silêncio ensurdecedor está no primeiro ambiente. Mais a frente, encontro Amy na cozinha, eu não sei ao certo o que dizer ou como agir.

Eu me aproximo dela, coço a nunca e quando abro a boca para falar, ela faz antes de mim.

  - Eu diria facilmente que o destino não está a favor de você e minha filha. - Ela diz enquanto se aproxima.

  - É, é mesmo o que parece. - rio fraco pela ironia. - Eu sinto muito mesmo, Amy. Eu não fazia ideia disso.

  - Você não tem porque sentir, Cole. A culpa disso tudo não é sua, digo isso por perceber que você é completamente diferente do seu pai.

  - Talvez não muito. Eu tenho o mesmo gene que ele.

  - Acho que está errado. - Ela se aproxima mais. - Você perdeu pessoas importantes, você perdeu o carinho que todo mundo necessita receber para lidar com essa vida caótica que vivemos. - Amy leva uma das mães ao meu rosto. - Você se tornou outra pessoa diante disso tudo, mas nós sabemos que o garoto que você costumava ser ainda está aí dentro.

Eu não digo nada, apenas assinto.

  - Vai lá falar com ela e não se culpe por isso, tá bem? Eu sei que vocês não vão deixar nada disso abalar o que vocês sentem um pelo outro.

𝐒𝐇𝐔𝐓 𝐔𝐏, 𝐅𝐔𝐂𝐊 𝐌𝐄.Onde histórias criam vida. Descubra agora