— Não. Como os antigos xamãs.
— Mas isso pode ser o começo de algo grandioso para a nossa...
— Fale baixo, alguém está se aproximando.
Eles ficaram em silencio por alguns minutos. Alguém pegou na maçaneta da porta, mas acabou desistindo e foi embora.
— Sentiu essa presença?
— Senti... Foi estranha. Pareceu uma das nossas, mas tem algo de diferente. Além disso, tem cheiro de uma Alpha.
— Bobagem, mulheres assim são raras. E foram extintas na última guerra. E só temos conhecimento delas pela histórias que nos contaram quando ainda éramos jovens. Deve ser esses perfumes que tantos elas gostam e que atrapalham demais o nosso olfato.
— Eu até gosto de alguns perfumes. Mas nada substitui o cheiro da pele de uma fêmea. Sorriu de modo engraçado.
— Mas voltando ao assunto, Se o rapaz for um xamã, o que podemos esperar dele?
— Pelo o que me contaram os antigos, quando a alma de um xamã se desprende e viaja ao centro do Universo, até a Árvore do Mundo – eixo que faz a conexão entre as 3 zonas cósmicas: o mundo terrestre, o céu e submundo. No submundo, ele pode resgatar a alma de uma pessoa doente, restituindo, assim, sua saúde. No céu, pode negociar informações sobre o futuro e melhores condições de clima e de caça. Acredita-se, inclusive, que o xamã pode se transformar em animal – onça na Amazônia, tigre na Malásia, lobo ou urso na Sibéria e em todo o Ártico, águia ou corvo na Ásia e na América, entre outras tantas metaformoses.
— E Alec o que seria então?
— Só os deuses sabem na verdade.
— E quando ocorrerá?
— Esse também é um dos problemas. Não sabemos de nada. Apenas das lendas antigas, contadas por povos esquecidos pelo tempo. A mais de 100 mil anos não se vê um verdadeiro xamã. Sabe que minha mestra gostaria de saber mais sobre isso. A minha e a sua família tem um passado, um acordo.
— Avise sua líder que logo ela vai ficar sabendo de tudo. E que nossa família jamais se esquece de suas promessas. Os avôs de Alec nós contaram tudo sobre o encontro com Katryna - A imortal.
— E pelo jeito não veremos por mais 100 mil anos meu amigo.
Nisso o telefone toca informando que tudo está pronta para a transferência do paciente.
— Ora de voltar para a nossa triste realidade. Finalizou Carlos bebendo o último gole de uísque.
— E quanto a garota?
— Que garota?
— A acompanhante do nosso rapaz prodígio. Ela é uma gata, sabia?
— Não me interessa saber nada sobre ela. E não diga nada também! Diz sem paciência alguma.
O outro sorri sem entender nada e dá de ombros se sentando em sua mesa.
— É tão bom fazer justiça quando surgem casos complicados assim. Esses momentos são exatamente a razão pela qual eu amo o meu trabalho. Pensa Baker ao sair do hospital resignada, já imaginando que jamais voltaria a ver Alec novamente.
Seria bem melhor assim, sua vida era complicada e cheia de altos e baixos. Além disso, ela queria distância dos homens por um bom tempo.
Hora de cuidar e aprender a si amar. No momento ela era o suficiente para si mesma.
Todos nós precisamos de um tempo a sós para descobrirmos mais sobre nossos desejos, personalidade e claro, as escolhas que queremos fazer. Por isso, que vou tirar um tempinho só para mim!...
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Lágrimas do Lobo
Werewolf❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ Livro autoral, escrito por mim. Não permito cópia e distribuição em outras plataformas. PLÁGIO É CRIME! ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA MAIORES DE 18 ANOS! "Seus olhos eram escuros como uma noite de tempestade e os cabelos ne...
Capítulo 8
Começar do início