— Vi que até descobriu como funciona a cesta, Law, quem sabe daqui uns anos aprenda a jogar mesmo. — Provocou o ruivo em um tom sarcástico e ácido, recebendo um fraco bufo do tatuado que decidiu ignorá-lo.

— Bla bla bla, você só está com medo de perder pro Law e está disfarçando sendo chato. — Retrucou Ace descendo suas mãos até segurar as alheias e as balançar suavemente enquanto andavam.

Marco parou de andar ao sentir a mão do moreno envolver a sua, olhando para os dois menores, vendo que nenhum deles parecia se importar com aquilo, como se fosse algo comum, algo corriqueiro.

— E você não tem que ficar do lado deles, ou devo te lembrar que você é do meu time? — Afirmou o ruivo, cruzando os braços.

— Não seja um mau adversário, em uma competição não é nada gentil desmerecer os outros. — Apontou o sardento. — Além do mais, não tem graça vencer sem dificuldade, capetão... Digo, capitão.

— Deveria aprender bons modos com o Ace-ya, capetão Eustass-ya. — Comentou Law dando ênfase em "capetão", vendo o ruivo bufar e revirar os olhos. — Está assim por que está com ciúmes? Pode segurar minha mão se quiser.

— C-calado, não estou com ciúmes, por que estaria com ciúmes de algo tão ridículo quanto andar de mãos dadas com vocês dois? Não somos mais crianças. — Reclamou o ruivo, mas mesmo dizendo isso acabou por segurar a mão tatuada e virar o rosto levemente avermelhado.

Law e Ace deram risada do ruivo e voltaram para o assunto dos treinos, ao qual os outros dois foram envolvidos em seguida, comentando sobre os passes que estavam praticando, suas dificuldades no esporte e de que forma pensavam em melhorar suas habilidades.

O moreno sardento deslizou seus dedos pela palma do loiro, lentamente entrelaçando seus dedos aos dele, olhando pelo canto de olho o maior lhe direcionar um olhar confuso e observar a outra mão do menor que segurava a do tatuado como se seguraria a mão de uma criança para atravessar a rua.

Demorou alguns segundos até aquela diferença fazer algum sentido para o mair, logo sentiu seu rosto esquentar e afastou sua mão do moreno, vendo-o dar uma baixa risada de sua reação.

— Sabe, acho que deveriamos treinar juntos algum dia, como se fosse um jogo pra valer. — Propôs o sardento, dando um pequeno sorriso para o outro ao seu lado.

— Podemos treinar juntos nos últimos dias antes da competição. — Concordou o tatuado. — O que acham, Marco-ya, Eustass-ya?

— Claro, seria uma ótima oportunidade para vermos quem é o melhor capitão. — Afirmou o ruivo.

— Bem, não é uma ideia tão ruim, seria uma boa maneira de descobrir se os passes que treinamos vão funcionar na prática.

[...]

Depois de mais um dia exaustivo de estudos, estágio e treino, Marco se viu novamente ao lado daqueles três, tentando acompanhar de alguma forma a pequena discussão entre Law e Kid sobre algum jogo online que eles descobriram recentemente e que, pelo que entendera, os dois jogavam juntos vez ou outra quando chegavam em casa.

Era difícil tentar acompanhar um monte de nomes e palavras do jogo que ele não conhecia, mas tentava se esforçar ou pelo menos fingir interesse para evitar que o moreno de sardas resolvesse o envolver em qualquer assunto.

Ace não parecia nem um pouco interessado naquela discussão, apenas desviando sua atenção do próprio celular para verificar se o loiro já tinha perdido o interesse também.

O sardento fez um leve bico e se pôs a pensar no que poderia se entreter já que os outros três pareciam imersos naquela conversa chata.

Decidiu por fim tentar conquistar a atenção do loiro para si, já que ele era o que mais parecia perdido no assunto. Com passos lentos e despretenciosos se colocou ao lado do maior, fingindo estar atento a tela de seu celular.

Em seguida olhou pelo canto de olho para verificar se o loiro estava distraído de sua presença.

— Marquinho. — Chamou o moreno em um tom suave, arrastando cada sílaba do apelido que dera ao loiro, vendo-o tensionar os músculos com o isso. — Daqui a pouco a gente vai pegar o ônibus.

— É... O que tem isso? — Questionou o loiro, franzindo o cenho para aquele comentário aleatório e sem motivo aparente do sardento.

— Mas eu queria mesmo é pegar você. — Respondeu o moreno, dando um sorriso de lado ao ver o loiro tossir pela resposta, as bochechas adquirindo um leve tom avermelhado.

— Pode esperar no ponto, de preferência sentado porque vai demorar. — Retrucou o loiro virando o rosto para o lado contrário do sardento.

— Eu te olho e vejo um banco, sabia? — Perguntou o sardento em um tom sugestivo e provocativo, um sorriso presunçoso dançando em seus lábios. — Não consigo te olhar sem querer sentar, posso esperar sentado em você?

— Então pare de me olhar. — Rebateu o maior, tentando não dar tanta atenção para o moreno, mas Ace não parecia nem um pouco disposto a ser ignorado.

— Não dá, Marquinho, tenho uma queda por homens como você. — Ronronou o sardento, ficando nas pontas dos pés para que sua respiração quente se chocasse contra a pele do pescoço do maior, seguindo para a bochecha e enfim até a orelha. — Você não vai se arrepender se eu sentar em você, aposto até que vai pedir por mais, prometo que te pago um boquete do qual você não vai esquecer.

— Homens como eu? — O loiro sentiu seu corpo se arrepiar involuntariamente com o toque da respiração do menor contra sua epiderme, aquela proximidade e palavras causando reações indesejadas em si. — Você fala demais, Ace, na prática não deve ser tudo isso que diz.

O moreno deu um sorriso ladino como se fosse a resposta que esperava do outro, em seguida segurou-lhe pela mão, deixando sua outra deslizar pela nuca do maior, seus dedos se prendendo nos fios dourados, puxando-o para si, sua língua deslizando até os lábios alheios e os invadindo.

Um beijo voraz e dominante foi imposto pelo menor, suas unhas raspando a epiderme, as mãos passeando pelos braços, ombros e pescoço do maior. Sua língua provocava a alheia, rodeando-a e a sugando com gosto, sua coxa se colocou entre as pernas do loiro, roçando contra o membro do outro sob os panos.

Um pequeno sorriso surgiu nos lábios do moreno ao sentir o loiro corresponder seu beijo, as mãos um tanto hesitantes pousando em sua cintura, sem muita pressão, apenas tocando o corpo alheio.

O moreno aprofundou ainda mais o beijo, colando seu corpo ao do maior, suas mãos deslizando pelo peitoral firme, se agarrando a camisa do loiro, puxando-o ainda mais para si.

Antes de afastar seu rosto de Marco, Ace lambeu a boca alheia sensualmente, para em seguida trazer o lábio inferior do loiro por entre seus dentes, puxando suavemente a carne e a sugando.

Com um sorriso presunçoso moveu sua coxa contra o loiro, sentindo o volume que se formava entre as pernas alheias.

— Ainda acha que eu falo demais, Marquinho? — Provocou o moreno dando uma baixa risada carregada de malícia. — Posso te provar que não digo só da boca pra fora.

— Esqueça isso. — Disse o maior, dando um passo para trás um tanto embaraçado olhando em direção a saída mais a frente, onde Law e Kid estavam os esperando. — Vamos logo embora.

— Chato. — Resmungou o sardento, vendo o loiro seguir em direção a saída e o imitou. — Você não gostou? Você até correspondeu.

— Foi um beijo normal, nada demais. — Replicou o loiro, evitando olhar para o menor. — Não vai se repetir.

— Acho que quem fala demais aqui é você, Marquinho.

amor bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora