Capítulo 2 - Calor Insuportável

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Qingqiu não entendeu de início a razão de ele querer isso, mas ao sentir os dedos quentes deslizando para suas costas, a compreensão caiu como um balde de água fria. Imediatamente suas orelhas queimaram e ele não sabia onde enfiar sua cara. Parou seus quadris, com a respiração ainda pesada. Cuidadosamente, firmou os joelhos dentro da tina, ficando levemente mais alto que Binghe, ainda sentado.

Com toda a delicadeza possível, Binghe selou o peito de seu Shizun antes de posicioná-lo quase sobre seu ombro esquerdo; ele sabia o quanto Shen Qingqiu sentia-se envergonhado nesses momentos. Sim, amava ver o rosto dele perdido na névoa de prazer, corado e com os olhos transbordando sentimentos a maior parte do tempo escondidos. Porém, não queria que justo no dia em que seu Shizun tomou a frente na situação ele se sentisse intimidado. 

Entretanto, os planos de Qingqiu eram totalmente contrários naquele dia. Ele não deixou que Binghe o colocasse sobre o ombro. Agarrando a pele de seu discípulo, Qingqiu voltou a ficar com a coluna ereta, segurando o rosto confuso entre as mãos: sem mais, ele selou os lábios juntos quase rindo quando o outro tremeu novamente.

Binghe naquele momento perdeu um pouco de seu autocontrole. Suas mãos automaticamente agarraram as duas bandas fartas, apertando-as com força enquanto trazia Qingqiu para colar em seu próprio corpo. A reação do outro homem foi segurar seu cabelo e ofegar contra seus lábios.

Ele sabia que não duraria muito tempo com consciência em suas ações, por isso sem hesitação, Binghe fez seu Shizun se virar na tina de madeira.

Tonto, Qingqiu segurou nas bordas da tina, para não cair de cara na água — o espaço não era muito grande ou muito menos fundo, mas não seria muito bonito se ele despencasse naquele momento.

Ele ainda tentou soltar um: — O que você está-, mas o restante da frase ficou estagnado quando sua bunda foi propositalmente empinada no ar. Estava preparado para reclamar e brigar com Binghe, contudo não houve muito tempo.

Uma umidade bem peculiar acariciou seu ponto particular e assustado, Qingqiu virou o pescoço para olhar, encontrando o rosto do discípulo enfiado em sua bunda. Ele quase engasgou, arregalando tanto seus olhos claros que pareciam prestes a sair da cabeça. O pior de tudo foi o momento que Binghe levantou o rosto de sua dedicada tarefa: a marca demoníaca estava brilhando escarlate e seus olhos assumiram uma coloração vermelha, realmente preocupante.

Milhares de coisas passaram por sua cabeça naquela hora, mas com certeza a frase que definiria sua situação seria: se fodeu.

Não havia outra mais descritiva possível.

Shen Qingqiu apertou tanto a borda da tina, que poderia parti-la em duas.

— Espere, Binghe espere — um dedo lubrificado escorregou para dentro. — Oh deus.

Um dedo longo fazia estrago. Mas quando o segundo entrou e demoniacamente roçou seu ponto — ele poderia dizer que ascendeu. 

Binghe nunca fez esse tipo de coisa antes. Estava chocado, mas ao mesmo tempo já não conseguia segurar seus próprios gemidos.

Não, não era confortável ser alargado. No entanto, não podia mentir que quando ele atingia o ponto certo estrelas brilhavam em seus olhos e os gemidos saiam sem poder ser contidos.

— Shizun — Binghe o chamou.

 Qingqiu quase chorou de constrangimento. 

— Shizun, está bom assim? — Binghe sorriu com o fogo que queimava ele mesmo, disposto a fazer Qingqiu ferver com ele. Sua língua sugou toda a água que umidecia as costas de Shizun, naquele momento arqueada no ar. — Este discípulo está fazendo certo? — mordendo a pele macia, ele acrescentou o quarto dedo, desta vez sentindo Qingqiu tremer.

Happy Birthday, Shizun!Onde histórias criam vida. Descubra agora