101. Surpresa

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- Será que eu estou apaixonado? - Agarrei a mão dele.



- Posso ser sincera? - Ele assentiu. - Não está. Isso é só medo da rejeição, mas acho que deve chamar ela para sair. Você só se apaixona se conhece a pessoa, se vocês não se falam, você só se sente atraído fisicamente por ela, mas não quer dizer que essa paixão não possa acontecer mais para frente. O único exemplo pessoal que posso dar a você, é que foras e primeiros encontros ruins podem construir isso aqui. - Apontei para nossas mãos dadas.

- A mama era difícil?

- Muito. Sua mama era uma fera.

- E você nunca pensou em desistir?



- Pensei... Mas você já viu aqueles olhos? - Ele gargalhou. - Na vida não temos muitas certezas, filho. Coisas sempre estão suscetíveis a darem errado... Você só tem que encarar de frente e esperar. - Ele tomou o resto do leite.



- Estou melhor, papa. Você está certa, vou a chamar para sair.



- Me mantenha informada. - Ele me abraçou apertado.



- Obrigada, papa. Você é a melhor.



- Não me agradeça, filho. Sempre que estiver assim, me chame. Vou te ajudar.



Ficamos ali, tomamos mais leite e depois fomos deitar.



×××



Estava com o pelotão. Dinah tinha aquele jeito hiperativo que me deixava com vontade de rir, mas obviamente, não fazia, pois isso tiraria a autoridade dela.

- General... Precisamos limpar a sala de armas. - Quase todos levantaram as mãos e nós rimos.



- Guedes e Raymond. Venham comigo. - Eles saíram.



Coronel, faça aquele curso básico de amarração com eles.



- Claro, Marechal. Vou pegar as cordas.

- Fiquei observando eles, depois fui à sala das armas, conversei um pouco com os que estavam ali. Fiz esse revezamento por um tempo, até meu celular chamar. Um número de celular que eu não conhecia.

- Alô...

- Senhora Cabello... É a Campbell.



- Bom dia, Sra Campbell.



- Precisamos da Sra. aqui na empresa. - Meu coração acelerou.

- Algum problema, Campbell?

- Só venha, Sra Cabello.



- Estou a caminho.

Avisei ao Coronel e a Dinah que sairia.



×××


A porta do prédio de Lauren estava trancada. Fui ao carro pegar minha cópia da chave e entrei. Tranquei-a novamente, estava tudo vazio.



Entrei no elevador e no andar de Lauren, Campbell não estava em sua mesa. Estranhei... Acho que ela se enganou.



Abri a sala de Lauren e estava tudo iluminado a velas, arqueei uma sobrancelha e entrei, deixando a porta fechar atrás de mim. O chão estava coberto por pétalas de rosas e um vinho sobre a mesa dela, com uma taça ao lado, e quando olhei em frente à grande janela de vidro, tinha uma cama. Uma cama?



- Lauren? - Eu chamei, a pouca iluminação não me ajudou a encontrar ela.



- Oi, Camz... - Uma música começou a tocar... Ela era intensa.

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