Aproveito e lhe dou um beijo, um leve selar de lábios. –Novamente ela atua como uma mulher apaixonada.

Hoje vou ser como ela, frio, sem emoção nos gestos é a melhor decisão para nos proteger. Mesmo vendo-a conversando tão naturalmente, tão linda neste vestido.

—Você quer beber alguma coisa? –pego um copo pra ela e repouso a mão em sua cintura.

Dou uma olhada em volta para reconhecer as pessoas, meu alvo é o pai da noiva, vejo ele conversando com Henrique e Luciana.

"Pensei que eles não estariamnesta festa, o que Henrique está planejando, preciso ficar de olho nele." – Penso enquanto os observo de longe.

— Mulheres lindas já que vocês estão no assunto elogios, vamos circular, fazer a média com os  clientes. –fala Pedro marido da Samantha.

—Nós precisamos fazer isso, garotas. Vamos César. –com a mão em suas costas indico que quero lhe beijar.

Ela vira o rosto pra mim e me entrega seus lábios sem emoção, selo sua boca sem fechar os olhos espero ela abrir os dela e de perto percebo que ela chorou.

Droga eu não vou me preocupar com ela. Me afasto bem rápido lhe dando as costas.

Na festa tem muitos políticos, já que o Medeiros trabalha para o governo, está parecendo mais uma feira comercial do que uma festa de casamento.

— Você pretende casar assim também Marcos? – pergunta o César.

—Não mesmo. A Dilen não aprovaria e acho que a nossa família também não.

Estamos conversando após dar um giro, pegamos uma bebida no bar.

— É até engraçado ouvir você falar em casar Marcos, as mulheres que você pegou devem estar todas tristes. – fala Pedro rindo e o César entra na brincadeira.

— Tem uma que deve estar chorando até agora. –demonstro que não entendi.

— Luciana. –eles falam juntos.

O César e o Pedro são velhos amigos, não como o Victor que considero irmão. Nós quatro sempre estávamos juntos nas baladas, festas, praias, viagens. Agora mais encontros de família com eles.

— Conversei e ela entendeu que a mulher da minha vida é a Dilen.

— Que bom cara, a Débora aceitou vir comigo quando falei que a tua esposa vinha, você sabe que ela não gosta desse tipo de festa.  – fala Pedro.

— Que bom que nossas mulheres se deram bem, olhem elas conversando parece que nem sentem nossa falta.

— Vá se iludindo César, aprenda aqui com o gênio: duas conversam distraída e uma fica de olho na gente, quando voltarmos vou provar pra vocês! 

Fala Pedro e nós rimos por achar a mesma coisa.

Mesmo sem querer meus olhos são direcionados a Dilen, como se tivessem vontade própria, olho a minha mulher que ri e conversa com as minhas amigas.

Sorrio com o pensamento, "minha mulher," como alguém pode ser meu e não posso tocar.

— Boa noite. Oi cunhado. – fala um rapaz com César, acho que já  o vi alguma vez, não lembro.

— Oi Bruno. Se divertindo? – pergunta César, enquanto eu o cumprimento  com a cabeça.

— Não, mas um  de vocês deve  conhecer aquela mulher linda que está conversando com a minha irmã? –ele aponta para minha Pequena.

— Por que você quer saber? –questiona o Pedro.

— Cara eu já rodei toda essa festa e não encontrei mulher mais linda que ela. Faz um tempo que a olho e nem me dá bola.

Olho e vejo que o garçom está oferecendo petisco a ela. Ele continua com os elogios.

— Vejam como é gentil com o garçom, já é a terceira vez que ele passa por ela.

— Bruno, tu nem sabe o que fazer com uma mulher assim. –fala o Pedro que recebe no ar meu punho fechado.

— Com certeza sou melhor que aquele babaca, já é o segundo que se aproxima  dela, e vai levar um fora.

— Como assim é o segundo, não estão vendo a aliança no dedo dela? –pergunto alterado apontando para  Dilen.

Vejo o Pedro e o César rindo de mim. A Dilen e as meninas estão rindo do idiota que falou com ela.

— Marcos, eu sei que tu é o rei das mulheres, o cunhado já contou, olha a minha tática.  Fui lá, falei com as meninas dos manos aqui, então a olhei nos olhos que são de um castanho claro.

Eu respiro. Viro de uma vez a bebida do copo na boca e ele não cala a boca, falando e olhando para minha mulher.

— Antes de me afastar eu me apresento e passo bem do lado dela, que mulher cheirosa...

— É melhor você parar de falar da minha mulher! –Os amigos me seguram  para  não avançar no Bruno.

Caminho onde a Dilen está, mas vejo se afastando das meninas.

" Onde minha mulher está indo? Sim, minha mulher."

"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O CONTRATO DE CASAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora