29 - "DE VOLTA AO LAR!"

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- Qual matéria você menos gosta? - Draco perguntou, jogando uma bolinha de gude de uma mão para a outra.

- História da magia, definitivamente história da magia, é totalmente inútil, e a voz monotona do Binns me da um puta sono.

- Verdade. Dizem que um dia o Binns morreu dormindo em uma poltrona, só que não percebeu que estava morto, se levantou e foi dar aula normalmente, já como fantasma.

- Eu acho que ele ainda pensa que está vivo.

- Provavelmente - concordou, rindo.

Quando o trem parou, eu me despedi dele com um abraço apertado, e fui até a cabine que meus grifinórios estão, ignorando os olhos questionadores dos três.

Descemos do trem e pegamos as malas. Demos um abraço em grupo, eu e Mione já estamos chorando.

- Eu vou sentir saudade de vocês!

- Eu também, até setembro - concordei, dando um último aperto antes de solta-los; Harry e Mione atravessaram a barreira, para o mundo trouxa, e eu e Ron estamos procurando nossa família.

- Ali - apontei para seis cabeças ruivas, que olhavam de um lado para o outro, provavelmente nos procurando.

A primeira a nos ver foi Ginny; ela correu até nós com toda a velocidade que suas perninhas permitiam, pulou em cima de mim (que por pouco não caí), grudou nos meus ombros como um macaco, e passou as pernas ao redor da minha cintura.

- Oi Gi! - exclamei rindo e girando ela - Ai - acabou que eu me desequilibrei, e derrubei nós duas no chão; começamos a rir muito, enquanto mamãe me levantou e me abraçou, logo soltando e agarrando Rony; eu nem tive tempo de respirar, pois papai logo me apertou em um abraço carinhoso.

Eu realmente me preocupei atoa, essa é a minha família, que me ama, e eu amo eles também, com todo o meu coração.

Saímos da estação e entramos no carro azul do papai. O caminho pra casa foi cheio de barulho, conversas, e risadas, como sempre é com a família Weasley, com os meus pais, os meus irmãos, e a minha irmã.

Mesmo com tudo isso, eu ainda estou nervosa com uma coisinha.

- Mãe - chamei, do nada o carro ficou em completo silêncio, como se Ron, Fred e George estivessem esperando isso acontecer - a Gina, o Charlie e o Bill já sabem?... Já sabem que eu não...?

- Sabem sim, querida - ela respondeu. Olhei pra minha irmã, ela deu de ombros, me abraçou, e murmurou um "eu não me importo, ainda te amo como sempre amei", isso aqueceu meu coração; toda a minha preocupação sumiu, e eu abracei a ruivinha "também te amo" murmurei pra ela. Senti a garota sorrir e apertar mais o abraço.

Ao invés de voltar para o seu lugar, Ginny se sentou no meu colo, virada pra frente, e deitou a cabeça no meu ombro; percebi que ela pretendia ficar assim o resto da viajem, então passei meus braços ao seu redor, como um cinto de segurança.

Continuamos conversando até chegar em casa; mamãe deu em mim e Rony uma bronca "vocês quase morreram e nem me avisaram, sabem por quem eu fiquei sabendo? Por Dumbledore! Porque nenhum de vocês dois se deu ao trabalho de mandar uma carta", mas cinco segundos depois ela nos parabenizou e disse que está orgulhosa; depois ela brigou comigo, George e Fred pela pegadinha da poção polissuco; a escola não sabe que fomos nós, portanto não mandou uma carta pra casa, mas eu sem querer contei pra Gina, e dona Molly ouviu.

Assim que o carro parou na TOCA, eu peguei minha mala, levei lá pra dentro, e gritei pra quem quisesse ouvir.

- DE VOLTA AO LAR! - todo mundo riu de mim, mas eu não me importei, estou feliz demais por finalmente estar em casa, sem preocupações ou responsabilidades, com a minha enorme família.

Alegremente, Rony e eu levamos nossas malas pro quarto, e guardamos nossas coisas; Gina apareceu quando eu estava na metade da mala, e me ajudou a colocar tudo em seu devido lugar, enquanto Ronald apenas jogou as roupas dele no armário desordenadamente.

Poucos minutos depois, o jantar estava pronto.

- Rony, Maddie, Ginny, venham comer! - apostamos corrida até lá embaixo (Gi ganhou); quando eu ia me sentar, bati o dedo mindinho do pé na quina da mesa.

- Ai QUE INFERNO - exclamei, apertando o dedo amassado.

- Olha a boca! - papai brigou.

- Ela está assim o ano inteiro - George Weasley, seu dedo duro - uma grande boca-suja.

- Não é verdade, pai - fiz minha melhor cara de inocente.

- É verdade, sim - Fred retrucou.

- Quer parar de queimar o meu filme? Mas que coisa! - briguei.

- A culpa não é nossa se você fala mais palavrões que todos os alunos juntos - Rony riu-se.

- Ha ha ha, vamos ver quem vai rir por último - sorri maliciosamente, vendo as expressões de medo no rosto dos meus irmãos.

Depois o jantar seguiu normalmente, todo mundo elogiando a comida, e se entupindo de frango frito.

...Malfeito feito.

Outra Weasley - Harry Potter {pausada}Onde histórias criam vida. Descubra agora