- Sobre o que seria a reunião de hoje? Para me parabenizar pelos contratos fechados e renegociados não deve ser.

O velho Sheik se endireita em sua cadeira e cruza os braços em frente ao seu peito.

- Não fez nada além do seu trabalho, que é manter essa empresa em ordem. Mas se quiser fazer algo glorioso, vai ter que se dedicar aos outros ramos dessa família.

Eu sabia do que ele falava. O lado escuro dos nossos negócios.

- O que preciso fazer dessa vez? - questiono já indo direto ao assunto. Meu pai não era um homem de muitos rodeios, e essa não era a primeira vez que ele me fazia um pedido desses.

- Preciso que você vá ao Irã fazer um pagamento, precisamos fechar esse acordo ainda hoje.

- Hoje? - questiono já prevendo que meus planos de voltar mais cedo para casa iam por água a baixo.

- Hoje. O vôo sai em uma hora. Você vai se encontrar com o Mullah, faça o pagamento a ele e volte sem fazer perguntas, sem questionamentos, e sem trocar muitas palavras. Aqueles são piores que cobras no deserto, e vão querer usar você e suas palavras para nos atingir.

Franzo meu cenho não entendo direito porque tanta desconfiança, se Mullah era a extensão do seu braço dentro o Irã.

- E não me olhe assim. Você vai e volta em questão de uma hora. Nem um minuto a mais. Estamos em dias de desconforto para a organização.

Desconforto para a organização eram os constantes ataques que um dos Sheiks aliados do meu pai estava sofrendo por abandonar uma antiga aliança com os italianos. Mas o Mullah tratava de assuntos nos países próximos, não teria nenhuma relação com os malditos italianos.

- Tudo bem. Eu faço isso, se for apenas para ir até lá e voltar. Depois disso preciso voltar para a minha casa e a minha família.

- Falando em sua casa. Layla tem reclamado...

- Layla é um assunto meu. Ela não tem direito a reclamar de nada com ninguém que não seja o seu marido. - o interrompo deixando meu pai furioso, mas antes que ele diga algo, me levanto e ajeito meu terno - Vou passar em minha sala pegar as minhas coisas. Deduzo que o dinheiro já esteja dentro do jato junto com os seguranças.

Meu pai apenas me encara e então concorda.

- Você conhece os procedimentos.

Concordo com ele e então me viro para sair logo daquela sala, sem nenhuma outra despedida.

Mas assim que chego na porta ouço a voz do meu pai logo atrás de mim.

- Só tome cuidado Rael. Você é meu primogênito e tem filhos, eles podem usar isso contra você, então não deixe seu impulso te mover.

Eu o ignoro. Meu pai sabia que eu agia com muito mais cautela do que alguns anos atrás. Mas uma coisa ele tinha razão. Agora eu tinha filhos, e não poderia deixar que ninguém fizesse nenhum mal a eles por conta dos poderes da nossa família.

 Agora eu tinha filhos, e não poderia deixar que ninguém fizesse nenhum mal a eles por conta dos poderes da nossa família

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ASCENDÊNCIA - O Jogo de Conquista II (Quebrando Tradições)Onde histórias criam vida. Descubra agora