Capítulo vinte e sete

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– Quem? – Eu, sonsa, pergunto.

– Amiga de Drew???

– Ah. – Digo no mesmo tom de insignificância que ela está usando comigo. Me sinto mal por estar fazendo o mesmo que ela, é algo infantil e idiota, e não sou assim. Mas no momento não estou dando a mínima.

– Não sabe quem eu sou? – Ela pergunta, surpresa.

– Deveria? Me desculpe mas moro aqui a pouco tempo.

– Hum, você deve ser a Mia, então.

– Me conhece?

– Sei um pouco sobre você, mas isso não vem ao caso. Onde está Drew? – Ela diz olhando para dentro da casa. Seu olhar para no sofá em que estávamos comendo pipoca e discutindo qual era o melhor filme de Harry Potter.

– Está tomando banho, já deve sair. Pode esperar, se quiser, ou deixar recado, sei lá. – Quando termino de falar Drew desce as escadas. Ainda está terminando de por a camisa.

– Oi Vanessa! – Ele diz abrindo um sorriso vindo em direção a porta. – Entra aí. – E a infeliz entra.

Honestamente? Não tenho ideia do motivo de não ter ido com a cara dela, apenas não fui. O santo não bateu.

– Mia essa é Vanessa, Vanessa essa é a Mia. – Ele apresenta nós duas.

Toda aquela cara fechada e o olhar de ódio que ela estava para mim a dois segundos atrás, se desfez em um falso sorriso. É claro, na frente dele ela vai me tratar como uma princesa. Não sou assim. Não sorrio de volta.

– Estou no meu quarto se precisar de mim. – Digo e subo as escadas o mais rápido possível, quando chego em um degrau que eles não conseguem mais me ver, faço algo por impulso. Me sento ali para ouvir a conversa.

– O que faz por aqui? – Drew pergunta a ela.

– Mare está morando aqui perto, vim vê-la e decidi passar aqui para dar um olá, mas acho que sua irmãzinha não gostou muito de mim. – Filha da mãe. Ela vai fazer Drew se virar mesmo contra mim?

– Claro que não! Mia gosta de todo mundo, foi só uma má impressão sua.

– Não, Drew, não foi. Ela falou extremamente grossa comigo, quando você fala dela imagino uma garota super doce e gentil, mas acho que as aparências enganam.

– Ela é uma garota doce e gentil, e tenho certeza que não te tratou mal, por favor Vanessa, se você quer mesmo voltar a ser minha amiga, não comece atacando meus amigos, principalmente Mia. – Para a minha surpresa, ele me defende.

– Não ataquei ninguém, apenas disse o que aconteceu. Tenho que ir, só vim ver como você está e percebi que está bem, então...

– É, nos falamos depois. – Ele diz e escuto passos pesados em direção a porta, depois a escuto fechando. Desço as escadas.

– Não gosto dela. – Digo de uma vez.

– O que houve?

– Abri a porta super na boa e a cumprimentei. Ela toda arrogantezinha falando comigo, respondi no mesmo tom. Não tenho nada contra seus amigos, mas quando ela vier aqui por favor me avise para que eu não saia do quarto.

– Tudo bem, e prometo que isso não vai mais acontecer, ta legal? Se ela quer ser minha amiga, deve começar te tratando bem, sei o quão falsa ela pode ser.

– O que rolou com ela?

– Resumindo? Éramos amigos no colégio, ela gostava de mim, não deixava ninguém chegar perto de mim mesmo eu tendo falado que não gostava dela do mesmo jeito. Era super arrogante com todo mundo, principalmente qualquer garota que ousava falar comigo. Parei de ser amigo dela, ano passado ela disse que havia mudado, se arrependia da época do colégio e sentia falta da minha amizade. Voltamos a nos falar, mas ela ainda está em período de teste.

Paper Rings | Drew StarkeyOnde histórias criam vida. Descubra agora