- Do que está rindo? - sua menina o questionou.
- Apenas lembrei de algo.... - comentou ele - Você está maravilhosa mesmo, olhe, trouxe para você. - estendeu a rosa para ela.
- Oh.
- Quero que divirta-se, quero vê-la feliz, Ella. Muito. - disse diretamente - Quero esquecer o passado, fiz e agi erradamente com você, mas vou compensar, prometo.
O choque no rosto dela ao ouvir as palavras carregadas de promessas era transparente. Não queria assustá-la, mas estava tão linda e tão perto que não pode resistir. Aproximou-se de seu rosto, uma mão hesitante na cintura dela e a outra em seu rosto. Ella não se esquivou, tampouco se afastou ou aproximou-se. Era como se estivesse decidindo mentalmente o que faria. Pablo não a deixaria pensar.
Decidiu acabar com a distância, finalmente. Os lábios se colaram em um selar delicado, um ato inocente. As mãos dele agora estavam firmes sobre ela. Foi devagar, lentamente apreciando cada segundo com os lábios nos dela. Era como estar no paraíso e no inferno ao mesmo tempo, como se ao terem essa aproximação, uma profecia. Era isso, uma promessa do futuro deles. Não tinha dúvidas, o passado era um erro, o futuro estava predestinado e o presente ao lado dela era uma dádiva. Aos poucos, conseguiu que a mesma desse abertura para sua língua. Para não assustá-la, aprofundou lentamente. Seu corpo ansiava por mais, ele estava louco por ela. A última semana sem poder beijar seus lábios fora uma tortura para ele.
Tentou o máximo, mas ao reparar que Ella estava aproximando-se também, o controle que estabeleceu perdeu-se no espaço como ele estava perdido nela. O desespero tomou conta e ele foi com tudo até ela. As mãos dela foram parar em sua nuca e ele a apertou com as suas próprias. Suas línguas estavam em sincronia e o sentimento era o mesmo: morrer sem ar, mas não separarem suas bocas. Era exatamente o que queriam e era o que estavam fazendo.
- A festa é lá dentro! - Charles disse batendo no vidro de Pablo. Ele e Alexandre aparentemente estavam chegando agora. Vou matá-los.
O ódio e a cara carrunda de Pablo se instalou tão rapidamente quanto o pulo de Ella ao ser flagrada. A respiração de ambos estava ofegante e a vermelhidão cobria o rosto de sua menina, deixando-a adorável. Era o primeiro beijo dela, afinal. A sua calça havia ficado apertada de repente e ele entendia bem o motivo.
- Vamos, amor. - ele deixou a raiva de lado, concentrando-se na noite deles. Era uma festa e ele queria exibir sua menina e demarcar que eles estavam juntos, sim.
Ela só não sabia.
[...]
A mansão de Levi era tão grande quanto sua fortuna. A bela casa estava iluminada por luzes coloridas, do roxo até o amarelo. Havia alguns balões que flutuavam sozinhos devido ao hélio. Havia pequenas mesas redondas para que pudessem apoiar os copos. Baldes e baldes cobertos de gelo e entupidos de bebidas, alguns aperitivos que os funcionários passavam oferecendo. A música era alta e contagiante. Havia fumaça também, talvez pelos projetores, mas Ella desconfiava que fosse devido à maconha consumida no local. Já estava cheia e ela reconhecia alguns rostos da escola, outros eram novidades.
Levi estava na escada, observando com satisfação a diversão dos outros. Um copo de plástico em sua mão e um microfone na outra. Estava elegante, uma calça preta e uma camisa social azul de seda. O cabelo estava perfeitamente caído em seu rosto, como uma "franja". Não demorou para avistar seus amigos e acenar.
Anne e James ficaram para trás, pegando seus próprios copos. Ella queria ter ido com eles, depois do constrangimento de ser vista aos beijos com Pablo. Entretanto, o mesmo a seguiu puxando até estarem o F4 e ela mesma no meio da grande escada. A música parou e os rostos de todos se viraram para eles. Pablo era o que mais sorria e tratou de pegar o microfone de Levi, dando leves batidinhas para testar.
- Sei que estou atrapalhando, mas vou fazer um comunicado especial essa noite.
- E dizer que essa é a primeira de muitas festas. - Charles brincou descontraindo o clima.
- Sim, sim. É o último ano para alguns de nós e devemos celebrar e fechar esse ano com as melhores lembranças.
Ella estava alheia, observando os outros timidamente. Tinha um refletor neles, o que incomodava seus olhos. Estava quieta e ansiosa para se juntar aos amigos, talvez pudessem ser normais apenas. Talvez pudessem ser aceitos finalmente, para celar o ciclo de ódio gratuito e para que fosse para a faculdade sem rancor. Até poderia perdoar Pablo, ele era um idiota, obviamente. Mas ela poderia ser capaz.
- Para acabar de vez com os rumores, decidi esclarecer. Ella Summers e eu.... - ele a olhou profundamente, por minutos ou horas, prendendo seus olhos um no outro, como uma batalha intensa - Estamos oficialmente namorando. Esse é um aviso também, ao incomodarem ela, estarão me incomodando. A palavra dela é a minha e o que era meu agora pertence à ela. Tratem de serem respeitosos e não teremos problemas. Aproveitem a festa.
Ou talvez, não fosse um ano normal.
[...]
Oi, oi. Estou atrasada? Sinto muito, semana de provas e tenho trabalhado muito também, espero que não desistam de mim.
Aproveitem o capítulo e estarei atualizando Wild está semana também.
Até ❤
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Ela é minha!
FanfictionElla Summers é apenas uma estudante do colegial. Era seu último ano na escola privada Empire e aparentemente não seria diferente dos outros terríveis anos. Sempre foi alvo de bullying por parte de Pablo D'Angelo, o filho de uma importante família co...
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