Notas iniciais: Desculpem quaisquer erros ortográficos, é a minha primeira estória, espero que vocês gostem <3
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Eu estava caminhando pelo parque, tirando algumas fotos aleatórias, até me deparar com um banco de praça em um tom branco e que me parecia desconfortável, mas era o suficiente para que eu pudesse me sentar e observar cada detalhe, maravilhoso por sinal, daquele lugar. Após me sentar e sentir o quão duro era o banco, eu fiquei observando as pessoas caminhando. Andando de bicicleta, outras de patins. Crianças correndo ao redor do parquinho, brincando umas com as outras e algumas estavam apenas fazendo o mesmo que eu, observando. Inalei o ar puro daquela tarde fresca e me senti feliz por tal ato. Vi algumas árvores balançarem suas folhas, incrivelmente verde, quando a brisa do vento batia. Eu estava ali, esperando o Pôr-do-Sol, para que pudesse tirar mais uma foto aleatória e ir embora.
O céu estava em uma tonalidade exuberante e encantadora de um tom alaranjado. O Sol trazia consigo uma luz diferente, vermelha, que me remetia a uma sensação de dor e beleza ao mesmo tempo, assim posso dizer. Irônico, não é? Mas era o que me transparecia.
Por onde eu andava, carregava no meu pescoço meu xodózinho, minha Polaroid. Uma máquina que tinha um valor sentimental e que trazia lembranças da minha infância, principalmente dos meus avós, aqueles que jazia na terra. Apenas um clique e eu captei aquele momento, através daquela magnífica lente, pude expor meus sentimentos.
Se passaram mais algumas horas e eu já estava caminhando de volta para minha casa. Eu morava a poucos quilômetros do parque, então foi uma caminhada bem curta até me deparar com uma porta de madeira, que dava três de mim. Eu até achava um exagero aquele tamanho, mas ela me remetia um ar de imponência para aquela casa com paredes em tons claros e modernos, localizada em um bairro nobre. Meus pais não poupavam dinheiro quando se referia a essa casa, até porque nas mãos de um arquiteto e uma designer de interiores, não devemos esperar menos que uma sensação de lar e aconchego.
Aliás, os dois ingressaram em um relacionamento durante a faculdade e por mais de 17 anos, eles ainda tinham o mesmo afeto e carinho um pelo o outro. Será que um dia vou ter essa mesma devoção por alguém? Algo tão singelo e real, que parece até conto de fadas, mas claro, com seus problemas do dia-a-dia também, porém eles sabiam resolvê-los e lidar tão bem com isso, que chega até ser assustador o quão cumplice eles eram. Admiração, é isso que tenho pelo o amor de ambos. Adentrei a sala da minha casa e observei meus pais assistindo, animadamente, um filme ao que me parece, de comédia. Alguns segundos depois, eu pude perceber que era o melhor filme de comédia existente. As branquelas passava na tv plasma de 65'', que ficava no raque, de tom marrom, da parede. Eu não me cansava de assistir aquele filme, toda vez eu me matava de dar risada. Após dar alguns passos mais próximos dos meus pais, que estavam sentados no sofá em forma de L, branco e espaçoso da sala, eles finalmente notaram a minha presença.
- Oiiiii Kaki, vem assistir conosco! - Disse minha mãe, de forma eufórica por conta da risada de segundos antes.
- Agora não mãe - Beijo sua testa e do meu pai e eles me retribuíram com um sorriso. - Vou tomar um banho e comer algo, estou morreeendo de fome.
- Ahhh, tudo bem. Deixei a janta pronta, é só arrumar. - Olhei pra minha mãe com os olhos brilhando. Por isso a amo tanto, ela nos trata com muito amor e carinho, pensei.
- Vai tomar seu banho, pegue sua comida e venha assistir conosco. - Dessa vez foi a voz do meu pai.
Acenei com a cabeça e subi os degraus da escada correndo, até chegar na porta do meu quarto e adentrá-lo. Aquele lugar da casa era o meu favorito, meu quarto era suíte, tinha um banheiro mediano e um closet pequeno, mas que cabia todas as minhas roupas e sapatos. As cores dos móveis ornavam um com os outros, era de uma tonalidade clara que combinava com a parede de cor branca, dava um aspecto clear ao ambiente. Havia uma mesa no canto com um notebook e em cima dela, uma estante com livros e algumas fotos que eu havia tirado no decorrer da minha vida. Tinha um sofá de dois lugares, embaixo da janela e uma cama de casal encostada no canto direito da parede. Parei de admirar o meu quarto e fui direto ao banheiro, no caminho fui tirando toda a minha roupa e ao chegar no box de vidro, abri o chuveiro, sentindo a água morna e relaxante deslizar por meu cabelo e minha pele bronzeada, que sensação maravilhosa era tomar um banho depois de um longo dia. Demorei alguns minutos a mais para sair do chuveiro e colocar uma roupa confortável.
Por um breve momento, me dei conta que eu ainda não tinha pego o meu celular em nenhum momento do dia. Liguei o celular e comecei a rolar a barra de notificações, encontrando 10 mensagens dos meus amigos e uma chamada perdida de Shawn. Vocês devem tá se perguntando, quem é Shawn? Então, ele é meu namorado, estamos juntos a quase 1 ano. Ele tem a pele clara, alto, tem um porte físico definido, olhos e cabelo castanho e um sorriso de tirar o fôlego. Shawn é um menino atencioso e romântico, que me trata muito bem, mas as vezes sinto que eu não dou toda a reciprocidade que ele tanto merece, apesar de gostar muito dele. Enfim, respondi as mensagens de todas as pessoas e então finalmente desci para comer a melhor comida do mundo, da Sinuhe, minha mãe.
Desci as escadas e percebi que meus pais não estavam mais assistindo filme, será que demorei tanto assim? Parece que sim, soltei um som nasal para expressar minha risada interna. Fui até a cozinha para arrumar meu prato e finalmente comer. Era meu prato favorito, contendo arroz, bife, batata frita e salada de alface. Gemi em satisfação, após a minha primeira garfada, minha mãe acertou em cheio no tempero. Minutos depois, meu pai apareceu na cozinha com um semblante tenso e também me parecia triste?
- O que foi? - Perguntei aflita.
- Aconteceu um acidente, com uma colega de infância da sua mãe, a qual ela não tinha mais contato à muitos anos. - Ele respondeu com um tom de voz rouco e apreensivo.
Eu não soube o que dizer, apenas a minha primeira reação foi sair atrás da minha mãe e quando à avistei, abracei ela o mais apertado possível, tentando dar todo o meu apoio emocional e físico, apesar de não ter ideia de quem quer que seja essa colega.
- Sinto muito mãe, papa me contou o que houve. - Eu disse, enxugando suas lágrimas, que caíam constantemente.
- Oh cariño, obrigada. - Ela disse com a voz embargada pelo choro. - Amanhã eu e seu pai vamos resolver algumas coisas de manhã, tudo bem? - Ela me direcionou um olhar melancólico e vermelhinho, que partiu meu coração. Um outro dia eu pergunto sobre a mulher pra minha mãe, mas agora não era o momento.
- Tudo bem mama, fique bem!!
Abracei-a uma última vez e me retirei do seu quarto. Estava indo a cozinha novamente, com os pensamentos aflitos, para limpar a bagunça que eu havia feito, acabei esbarrando no meu pai, que estava indo ao encontro da minha mãe. Soltei um sorriso triste ao vê-lo, ele me retribuiu e continuei o meu caminho.
Após organizar tudo, subi novamente ao meu quarto e durante o caminho para minha porta, escutei alguns choros angustiantes da minha mãe, vindo de sua porta. Suspirei frustrada e adentrei o meu quarto. Peguei o meu celular e vi a hora, já eram 22:34. Mandei mensagem para o Shawn e minhas amigas, contando tudo o que havia acontecido, até que meu celular começou a vibrar.
- Alô, amor? Você está bem? - Escutei a voz de Shawn, preocupado.
- Estou sim. Como eu te disse, não conheço a mulher, mas estou triste por ver minha mãe desse jeito. - Suspirei, novamente, frustrada. E pensar que meu dia estava indo tão bem.
- Oh, mande meus sentimentos a sua mãe, espero que minha sogrinha fique bem! Só liguei para ver como você estava, mas vou deixar você dormir, ok?
- Essa notícia me deu um baque, preciso dormir mesmo, mas obrigada por se preocupar e pode deixar que eu mando seus sentimentos a ela. - Eu disse com um tom de voz calmo, mas triste. - Boa noite, Shawn - Ao pronunciar seu nome, acabei bocejando e soltei uma risada preguiçosa e sonolenta.
- Boa noite, amor - Shawn soltou uma risadinha e desligou o celular.
Vi as mensagens dos meus amigos, perguntando como eu e minha família estava. Respondi-os e minutos depois acabei pegando em um sono profundo.
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Espero que vocês tenham gostado do inicio, me deem um feedback, obrigadaaa!!
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De repente amor - Camren
Romance"Não é fácil perder alguém a qual você não imagina uma vida sem, a qual você quer compartilhar todos os seus momentos de lutas e vitórias, a qual você quer que acompanhe todo o seu crescimento de perto, tanto profissional como emocional..." **Em con...