— Mas isso vale? — aponto sem poder acreditar, para a cena de corpos misturados.

— Como eu disse, é vale tudo. Só que aqui, as mulheres também participam. Os lutadores no geral adoram. — a stripper olha para mim com certa pena. — É melhor não ser do tipo ciumenta e esquecer o seu gato por hoje, a morena é a nossa melhor puta, sempre captura seu alvo.

Olho confusa... a mulher sorri com mais pena. — Todos acabam na cama de Lorena, ainda mais se ela os batizou.

Macacos me explodam!

— Batizou?

— Eles sempre se rendem aos encantos da fada vede, mas esquece. — a dançarina desconversa e fico sem entender que diacho de fada verde é esta. — Se eu fosse você iria embora.

E deixá-lo aqui?

De jeito nenhum!

Volto a atenção para o ringue e Hero grita algo que não consigo entender, três seguranças, mais Mike, entram no campo da luta. Os homens penam para desgrudar as mulheres de seu corpo. A ruiva cai de joelhos e quase beija a virilha dele, a morena tentar tascar em beijo em sua boca, mas Hero escapa aturdido rindo.

Deus Santo, que pouca vergonha!

Uma onda possessiva de raiva queima a minha pele.

É deste tipo de mulher que ele gosta?

É isto que faz quando sai para se divertir em São Paulo?

— Josephineeee! — Hero berra indo em direção as cordas. Á dois passos de tocar a proteção, é capturado na cintura pelo gigante que se recuperou do golpe. O homem ensanguentado levanta e chacoalha o corpo de Hero como uma marionete. Mais mulheres invadem o ringue e o caos se instaura.

— Já chega! Como eu trepo neste troço? — pergunto tomada pela ira.

— Vai mesmo fazer isto, fofinha?

— Vou. Ah se vou! — seguro o cano ao meu lado, com tanta convicção, que a mulher até arregala os olhos.

— Tuuuudo bem! — levanta as mãos se rendendo. — Pense no cano como um amante... Faça amor com ele. — aponta para o poste que dançava antes de eu invadir o palco e sorri de um jeito cúmplice. — Venha, vou voltar a dançar... Se vai se vingar do moreno, é bom que faça direito. Basta imitar o que eu fizer, ok? À proposito meu nome de guerra é Andy.

Concordo como uma aluna aplicada e ela sorri satisfeita. — Melhor tirar os tênis e os Jeans.

Opa!

— Os tênis, tudo bem. — esfrego um pé no outro e fico só de meia. — A calça fica.

— Pode atrapalhar.

— Não tem problema.

Andy levanta os ombros como quem diz você-quem-sabe, em seguida, posiciona-se, bate palmas e luzes cintilantes e multicoloridas começam a pipocar pelo palco. Uau!

Estica um braço, segura o poste e começa a girar em torno dele de forma lenta e sensual...

Aplausos e gritos masculinos explodem e como os homens, assisto ao espetáculo

hipnotizada.

Não é para menos, ela é linda, incrível mesmo... Seus movimentos são leves e sexys, ela gira, ondula, esfrega-se, abaixa e levanta, interagindo com o cano como se ele realmente fosse seu amante. Com um gesto sutil de cabeça, me incentiva a segui-la.

Minha consciência dá sinal de vida e fico na dúvida se devo prosseguir com esta loucura, olho para o ringue, nenhuma mulher ou segurança, e parece que Hero está levando a melhor, um esboço de um sorriso surge em seu rosto, ao se esquivar de um golpe. Esquiva-se novamente e o sorriso cresce junto com os gritos de incentivo da torcida feminina.

Um Amor de CEO - HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora