Andou cada vez mais a fundo dos corredores, aparentemente, abandonados da instituição. A única coisa que preenchia o silêncio ensurdecedor do local, eram seus passos, os pingos de água que escapavam dos canos no teto e paredes, e o barulho das luminárias falhando. Pensou em voltar diversas vezes, chegando a parar e olhar ao redor, apenas para constatar de que estava perdido, além da perda de sinal.
Sua única escolha era seguir em frente e sumir na escuridão do próximo corredor, ficando receoso em que encontraria no destino.
Não subiu uma única escada para chegar ali, não podendo se localizar por marcações, apenas algarismos grandes que indicavam as salas que já passou, dos quais nem se lembra mais.
O ar ali ficava cada vez mais frio, sendo possível ver o ar evaporar de seus lábios após expulsá-lo. Um cheiro estranho pairava por ali, sentiu-o muitas vezes e o conhecia bem, mas ignorou e seguiu em frente. O cheiro de morte estava forte, ao ponto de alucinar aparições atravessando as paredes ou simplesmente paradas, olhando para algum canto ou para si , junto de mãos fantasmas, por todo o seu corpo.
Balançou a cabeça e seguiu em frente, tendo a certeza de que eram apenas alucinações.
Se a Senju lhe chamou ali, foi por algum motivo.
Arrepios constantes e brisas geladas atingiam seu corpo, algo estranho, pois em toda corrida até ali não vira uma janela ou porta aberta, todas as entradas fechadas, lhe obrigando a seguir em frente naquele labirinto.
Parou em frente a uma porta entreaberta, a única daquele corredor escuro, onde em boa parte do percurso usou a lanterna de seu celular. Era ali, confirmou alternando o olhar entre a mensagem e o local, respirando fundo e abrindo a porta, trazendo um rangido agoniante para seus ouvidos.
Iluminou o local do jeito que pode antes de entrar, vendo a semelhança entre o cômodo e as grandes salas de consultas, onde já viu por entregar o almoço de Kakashi; uma ampla parede de vidro com material forte o suficiente para conter os mais perigosos internos, a porta logo a esquerda, e uma cabine contendo um telefone e gaveteiros. Tudo bem enferrujado e sujo.
Adentrou o lugar abafado e empoeirado em passos curtos, olhando com curiosidade e apreensão, logo dando meia volta para sair rapidamente dali e avisar Tsunade que a consulta poderia esperar longos dias, só precisava descobrir a saída. Desespero o tomou ao ver a porta se fechar lentamente, o trancando ali dentro.
Sua respiração falhou, mas obrigou-se a acalmar-se e tentar manter a mente limpa para encontrar uma saída, o pânico não lhe levaria a nada. Tentou tocar na maçaneta e ver se ela tinha trancando, apenas para descobrir que não existia uma, e com esforço, espreitando a visão pela brecha, constatou que sim, estava trancando ali dentro.
Suspirou cansado e desligou a lanterna, junto de outras opções para economizar bateria. Encostou a testa no ferro da porta e pensou no que aconteceria.
Alguém daria falta de si? Provavelmente não, Kakashi estava no trabalho, assim como Iruka, no orfanato, os funcionários se acostumaram e agradeciam por sua ausência e apenas passavam os alimentos por debaixo da porta, quando não ia buscar ou se alimentar.
Foi Tsunade mesmo que lhe mandou mensagem? Muito provável que não, percebeu isso quando pisou nos corredores escuros, e sem saber como voltar, só pode seguir em frente por curiosidade e para encontrar uma saída.
O maior mal da humanidade.
Caíra em alguma armadilha, como um coelho na de um urso, qualquer passo pode ser fatal, ou lhe prender mais nas afiadas pontas.
— Perdido? — Prendeu a respiração e virou-se rápido para trás, espalmando as costas contra o ferro sujo da porta e olhando amedrontado para frente. — Você está com sorte, — E a pessoa coma voz estranhamente familiar continuou a falar, enquanto tomava coragem e se aproximava do vidro, limpando com uma parte de sua manga e vendo uma pessoa ali dentro. O que uma pessoa fazia nos confins de Konoha? — somente preso ai, já eu, — Riu soprado se remexendo entre as amarras. — estou em alguns apuros.
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Sōbyō
RomanceFoi apenas um olhar. Foi breve, rápido demais para si, e nem havia sido percebido por ele. Foi de longe, à uma distância talvez segura para ele, mas para si foi tão incômoda. Foi único, rápido, longe, e insuficiente para si. Mas foi o suficiente par...
Seu nome é Naruto,
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