Prólogo

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13 de Outubro, de 1983. 

Cidade de Helltown, Ohio.

 As crianças estavam reunidas no pátio ao ar livre da escola, alguns brincavam, corriam e outros apenas conversavam. 

 Betty Hale estava sentada com suas amigas e falavam sobre o quanto o cabelo de Jannie estava bonito aquela manhã. Mas algo chamou a atenção de Betty que apontou com a cabeça em direção ao homem que saia pela porta dos fundos da escola indo em direção a grande caçamba de livro que ali ficava, perto da floresta que rodeava a enorme construção. 

 As outras meninas voltaram sua atenção para onde Betty indicara e então cochichou: 

- Ele é muito estranho! – e todas, sendo Betty a líder do grupo, concordaram com ela. – Não sei como o diretor Morley permite que alguém assim trabalhe aqui! 

 Cindy, a que menos tinha a afeição de Betty dentre todas do grupo, olhou para o homem mais uma vez enquanto ele colocava todo o lixo dentro da enorme caixa, era bem alto, os braços estranhamente longos e seu rosto, em parte, era deformado enquanto o outro lado tornava difícil saber qual seria sua aparência em uma formação normal da face. 

 Não mentiria, ele era de fato um homem bem esquisito, que se esgueirava pelos cantos da escola, limpava e organizava, sempre em silêncio, nunca levantando a cabeça. Mas pensava que sua aparência não seria justificativa para torná-lo alguém ruim.

- Ouvi dizer que ele mora com a mãe, ela é bem velha… – todas voltaram sua atenção para ela. – Ele trabalha na escola porque precisa ajudá-la com os remédios. – continuou Cindy. 

- Remédios? – perguntou Jannie e ela assentiu. Betty revirou os olhos.

-Também ouvi dizer que ela está bem doente! 

-Pelo visto você gosta muito de ouvir sobre a vida alheia, Cindy. – interrompeu a garota jogando os longos cabelos loiros para trás. Betty a encarou e lá estava o olhar de reprovação que a lembrava do motivo de sempre se sentir excluída pelo grupo. Ela falava demais, discordava da dela sempre que podia e isso a irritava. Mas não fazia por mal, apenas achava que as coisas não eram exatamente como Betty as encarava. – E mesmo que seja verdade, ele não deixa de ser estranho, com essa aparência perturbadora! – ela fez menção de sentir asco pelo homem. 

Um grande barulho foi ouvido, todas olharam para trás e lá estava o zelador, pegando todo o lixo que derrubava no chão, olhou para elas por um breve momento e quando notou que o observavam, virou-se de costas, tentava esconder o rosto. 

 Foi quando Cindy reparou que não estavam muito longe e que Betty raramente falava baixo, talvez ele tivesse escutado. 

- Poderia ao menos trabalhar direito! – o comentário maldoso se seguiu de risadas, menos Cindy. Ela continuou a observar o homem enquanto ele terminava de organizar a bagunça e voltava para dentro da escola. 



Olá leitores!
Aqui está um conto para vocês para curtir o clima de Halloween!!
🎃🎃🎃
Espero que gostem e obrigada pela leitura!
Até breve!
- J.

Slenderman - Um Conto de TerrorOnde histórias criam vida. Descubra agora