[𝚇𝚅] 𝙽𝚘 𝙰𝚕𝚌̧𝚊𝚙𝚊̃𝚘

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— Enfim, Harry, eu acho que o Rony tem razão.

Harry não respondeu e Hermione recomeçou a falar uns minutos depois, quebrando o silêncio agradável.
 
— Isso são os exames. Acordei a noite passada e já tinha lido metade dos meus apontamentos sobre Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a...

Nessa hora os amigos viram uma coruja pelo céu azul, vinha em direção a escola, com uma carta no bico.

Haley suspirou, ninguém nunca havia te mandado uma carta.

De repente, Harry se levantou.
 
— Harry? — a garota chamou.
 
— Onde é que você está indo? — perguntou Rony sonolento.
 
— Acabei de me lembrar de uma coisa — ele estava pálido. — Temos que ver Rúbeo agora.

E começou a correr em direção a cabana de Hagrid.

— Harry, espera — Haley gritou para o garoto, indo atrás.

— Por quê? — ofegou Hermione,  correndo para alcançá-los.
 
— Vocês não acham um pouco estranho — disse Harry, subindo, às carreiras, a encosta gramada. — O que Rúbeo mais quer na vida é um dragão, e aparece um estranho que por acaso tem ovos de dragão no bolso, quando isso é contra as leis dos bruxos? Que sorte encontrar Rúbeo, não acham? Por que não percebi isto antes.

— Eu não acredito — Haley ofegou pasma, entendendo Harry.
 
— Do que é que vocês estão falando? — perguntou Rony os acompanhando.
 
Hagrid estava sentado em um cadeirão na frente da casa, tinha as pernas das calças e as mangas enroladas e descascava ervilhas em uma grande tigela.
 
— Olá — disse, sorrindo. — Terminaram os exames? Têm tempo para um refresco?
 
— Temos, obrigado — disse Rony, mas Haley falou:
 
— Não temos não.
 
— Não, estamos com pressa, Rúbeo, preciso lhe perguntar uma coisa. Sabe aquela noite que você ganhou o Norberto? Que cara tinha o estranho com quem você jogou cartas? — perguntou Harry.
 
— Não lembro — respondeu Hagrid com displicência. — Mas ele não quis tirar a capa...
 
Viu os quatros fazerem cara de espanto e ergueu as sobrancelhas.
 
— Não é nada de mais, tem muita gente esquisita no Hog's Head, o pub do povoado. Podia ser um vendedor de dragões, não podia? Nunca vi a cara dele, ele não tirou o capuz.

— O que foi que você conversou com ele, Rúbeo? Chegou a mencionar Hogwarts? — Harry perguntou.
 
— Talvez — disse Hagrid, franzindo a testa, tentando se lembrar. — E... Ele me perguntou o que eu fazia e eu respondi que era guarda-caça aqui... Depois perguntou de que tipo de bichos eu cuidava... Então eu disse... E disse também que o que sempre quis ter foi um dragão... Então... Não me lembro muito bem... Porque ele não parava de pagar bebidas para mim... Deixa eu ver.. Ah, sim, então ele disse que tinha um ovo de dragão, e que podíamos disputá-lo num jogo de cartas se eu quisesse... Mas precisava ter certeza de que eu podia cuidar do bicho, não queria que ele fosse parar num asilo de velhos... Então respondi que depois do Fofo, um dragão seria moleza...
 
— Ele pareceu interessado no Fofo? — perguntou Haley, sem paciência.
 
— Bom... Pareceu... Quantos cachorros de três cabeças a pessoa encontra por ai, mesmo em Hogwarts? Então contei a ele que Fofo é uma doçura se a pessoa sabe como acalmá-lo, é só tocar um pouco de música e ele cai no sono...
 
Hagrid, de repente, fez cara de horrorizado.
 
— Eu não devia ter-lhe dito isto! — exclamou. — Esqueçam que eu disse isto! Ei, aonde é que vocês vão?
 
Haley, Harry, Hermione e Rony não se falaram até parar no saguão de entrada, que parecia muito frio e sombrio depois da caminhada pelos jardins.
 
— Temos de procurar Dumbledore — falou Harry. — Rúbeo contou àquele estranho como passar por Fofo e quem estava debaixo daquela capa era ou o Snape ou o Voldemort, deve ter sido fácil, depois que embebedou Rúbeo. Só espero que Dumbledore acredite na gente. Firenze talvez confirme, se Agouro não o impedir. Onde é a sala de Dumbledore?
 
Eles olharam a toda volta, na esperança de ver uma placa apontando a direção certa. Nunca alguém lhes havia dito onde trabalhava Dumbledore, tampouco conheciam alguém que tivesse sido mandado à sala dele.
 
— Acho que teremos de... — começou Harry, mas inesperadamente ouviram uma voz do outro lado do saguão.
 
— Que é que vocês estão fazendo aqui dentro?
 
Era a Professora Minerva McGonagall, carregando uma pilha de livros.
 
— A gente... quer ver o Professor Dumbledore — disse Haley fingindo ter criado coragem.
 
   — Ver o Professor Dumbledore? — a Professora Minerva repetiu, como se isso fosse uma coisa muito suspeita para alguém querer fazer. — Por quê?
 
— Tem que ter um motivo? — Haley resmungou e a Professora Minerva mandou um olhar muito significativo para a garota.
 
— É uma espécie de segredo — disse Harry.

𝚃𝙷𝙴 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁, 𝙷𝙰𝚁𝚁𝚈 𝙿𝙾𝚃𝚃𝙴𝚁 [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora