Capítulo único

759 54 25
                                    


NOTAS:

Sem grandes avisos mores, só o clássico: é uma obra de ficção, não levem isso como traço da realidade. E que está longa e eu sei, mas me animei e queria um cap só hehe

Músicas que PRECISAM ser ouvidas em ordem que são citadas na ff:

- Scream: Avenged Sevenfold

- Do I Wanna Know? : Arctic Monkeys 

- Closer: Nine Inch Nails


______________________


Três anos se passaram do início desse joguinho de sensualidade entre os membros da Bullet. Às vezes, Jimin se lançava para o lado do baixista, Min Yoongi, olhos fixos no mais baixo e movimentos sugestivos no braço da guitarra enquanto ecoava os harmônicos pelos dígitos e o público gritando, em desespero, pelo belo guitarrista.

Longe dos holofotes, Park mostrava sua essência carinhosa e até tímida, incapaz de repetir o que fazia quando tomado pela adrenalina da performance em qualquer outro ambiente que não fosse o palco, sempre dizendo "Não, esse é só Baby G". Entretanto, Jungkook não comprava seu jogo, não só por o conhecer a tempo demais e saber como o anjo facilmente virava um demônio quando queria. Mas porque a naturalidade com que os braços esguios envolviam sua cintura, a intensidade do seu olhar e intenção de suas ações criava sempre uma atmosfera densa que jurava que um dia a cortaria na faca. Era forte demais para ser, apenas, fanservice.

A realidade é que, para o vocalista, fazia um bom tempo que o inocente jogo de fanservice perdera a graça. Não. Na verdade, tinha graça até demais. Não é como se Jeon conseguisse negar os pelos ouriçados sobre a pele tatuada de seus braços toda vez que os microfones se aproximavam e eles dividiam o vocal. Não é como se conseguisse fingir que a boca não aguava quando Jimin brincava com o labret inverso no meio de seu lábio inferior. Não é como se ele pudesse fingir que não vinha sonhando com Park Jimin em seus braços, em mais sentidos do que tinha orgulho de assumir para si mesmo.

Não ajudava como Jimin era todo carinhos para seu lado, como o recebia de braços abertos em seu quarto em todas turnês, para conversar, jogar, ver um filme, só ficarem juntos – o que muitas vezes, era ideia dele e não de Jungkook. Claro, amizade, é óbvio. Muitas explicações eram mais plausíveis do que o guitarrista tendo interesse no vocalista, mas não tinha nada de errado em sonhar, não é mesmo?

Mas era ai que parava: em sua imaginação. Jungkook, por nada nesse mundo, conseguia avançar para tentar algo de verdade. Fora das interações em palco, o vocalista quase fugia das investidas carinhosas de Park. Às vezes cedia, é claro, como poderia negar ser sua cadeira depois de um show intenso de 2 horas e meia? Como podia negar um cavalinho nas costas? Não dava, sempre não dava. Mas tentava manter certa distância pelo seu próprio bem.

Entenda, Jungkook não queria apenas o belo corpo do guitarrista. Já tinha assumido a um bom tempo que o carinho que nutria por ele não era nada igual ao que sentia pelo resto da banda: era muito maior. Grande o suficiente para não tirar os olhos do homem de cabelos roxos, admirado com todos seus trejeitos. Nem todo o tempo de amizade que tinham era capaz de fazer com que o vocalista se acostumasse com quão precioso Park era ou o fazia aceitar que estava perdidamente apaixonado pelo seu melhor amigo e colega de banda.

Essa noite, tinham mais um show em sua cidade natal. A expectativa era de mais de 10 mil pessoas na casa que os receberia e Jungkook tremia de emoção no camarim compartilhado. Vestia sua roupa de palco, uma regata simples bem cavada nas laterais, expondo os braços firmes e decorados com muitos desenhos permanentes, os piercings nos mamilos dando "olá!" toda vez que se mexia demais e nas pernas uma calça de vinil tão justa que lhe marcava a alma. Mas, ele amava, adorava atenção, adorava se sentir atraente e a maquiadora que trabalhava em seu rosto fazia um ótimo serviço em ressaltar a beleza natural do vocalista.

FANSERVICE || PJM + JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora