Ayla : Eric - ela pede,geme. 

Sorrio ao ouvir meu nome e deslizo meus lábios pelo seu pescoço,brinco usando a língua na trilha que tracei até sua orelha e deposito um beijo bem suave atrás,numa parte sensível que Ayla nem sabia que existia. 

Ela segura minha mão com um pouco de força e se encolhe contra meu peito,busca por conforto em mim,no meu corpo. Isso me leva ao céu,me faz sentir privilegiado e sortudo. 

Eric : seu perfume é uma delícia,sereia - sussurro em voz baixa,com rouquidão,no seu ouvido. Ela estremece. 

Deposito outro beijo,esse um pouco mais intenso,bem embaixo da sua orelha,e não dou tempo nem pra ela se arrepiar antes de colocar o lóbulo entre meus dentes e puxar com o mínimo de força,só provoco para fazer a ruiva se render. 

Ayla : ah,Eric - a sereia geme com mais clareza e sorri quando sente o meu sorriso contra sua pele. 

É delicioso perceber que o sorriso da Ayla sempre acompanha o meu como se minha felicidade,minha alegria,a fizesse se sentir da mesma forma. Será que a sereia está mesmo apaixonada por mim? Eu brinquei quando disse isso mas agora,aqui,depois de tudo o que ela falou,parece que existe realmente um sentimento. 

Ayla é uma filha do mar,é uma inimiga natural da minha família,é uma mulher proibida e eu não devia nem ter olhado pra ela. Mas agora que já olhei,que beijei e que já toquei,não consigo pensar em nada além de continuar fazendo isso para sempre. Será que isso significa que tenho sentimentos por ela? 

Espanto esses pensamentos loucos e foco no que está aqui,na espetacular mulher que tenho em meus braços. Ayla é um mundo inteiro em uma única pessoa,tem muitas histórias para contar e mistérios para eu desvendar. Preciso conhecê-la melhor. 

Beijo novamente o pescoço da Ayla,faço minha sereia estremecer e pressiono o corpo dela no meu,faço a ruiva virar de frente pra mim. Os olhos dela focam nos meus e fecham por um segundo quando acaricio seu rosto. 

Essa mulher é tão linda. Cada traço do seu rosto é tão marcante,tão espetacular,que nem o melhor dos poetas poderia colocar em palavras. Na verdade,duvido que exista alguma palavra,algum elogio,que possa ser usado para definir tanta beleza. 

Carinhosamente e bem devagar,uso o dedo indicador para percorrer o mesmo percurso que sua correntinha de ouro faz por seu decote ousado. Toco suavemente a pele entre seus seios,vejo ela arrepiar e sorrio ao segurar o pingente de turmalina. 

Eric : me conta a história desse colar - peço. 

Minha voz desperta Ayla de um transe e até a faz se assustar um pouco. A sereia estava tão concentrada em mim,nos meus movimentos,que leva algum tempo para voltar à realidade. 

Ayla : não conheço a história dele - ela responde e me surpreende. 

Eric : você mentiu pra mim? Tem ideia do quanto isso é perigoso? - questiono em tom de provocação e dou risada da careta dela. 

Ayla : a história é que não tem história. Bom,tem uma história,eu só não sei qual é - a sereia tenta explicar. 

Eric : não entendi - declaro curioso e ela sorri de lado. 

Ayla : meu pai me deu esse colar quando fiz quinze anos e disse que ele tem uma história,uma lenda bem antiga,mas só vai me contar quando sentir que sou madura o suficiente para entender - ela conta. 

Eric : por que? O que pode ter numa lenda que uma garota de quinze anos não conseguiria entender? - questiono com curiosidade. 

Ayla : eu adoraria saber. Meu pai sempre diz que sou romântica e idealista demais para entender certas coisas e que isso é perigoso pra mim - a ruiva explica. 

A sereia da Sardenha Onde histórias criam vida. Descubra agora