Meu Pequeno Algodão Doce - ABO

amor ou amizade

- Aaah! - ele grita assustado, quando me vê e reviro os olhos impaciente - Quando você chegou aqui?

- Ally, está é a minha casa, caralho! - digo, e ele olha ao redor um pouco confuso - Deixe-me adivinhar, você saiu para comprar pão... - começo a falar e ele concorda com a cabeça perdido, contínuo - Aí viu uma borboleta voando e começou a segui-la porque era linda, se perdeu e veio parar aqui. Mora nessa cidade a vida toda, mas se perde ao sair de casa até a padaria, sendo que nem precisa ir até lá.

- Não foi uma borboleta... - Ally se defende - Foi uma lagarta colorida, juro que era rosa e verde e sabia voar. Já lhe disse que vi uma vaca voando enquanto eu andava pela sala de estar?

Nego com a cabeça respirando fundo, e ando até ele entregando-o Mong, enquanto tento ignorar o que ele sempre dizia. Ally é alguém especial, mas é maluco de pedra.

Vou até a sala pegando o telefone e logo ligo para Mix, pai ômega do Ally, avisando que ele tá aqui. Olho pela sala, vendo que Ally já estava na janela com Mong.

- Sabia que a gente pode voar? - escuto a voz divertida do Ally e ando até a geladeira, demorando um pouco para processar sobre o que ele estava falando - Podemos testar e nos jogar da janela, o que acha?

Escutar isso só me faz correr até eles apressadamente. Seguro Ally com maestria, o tirando do parapeito da janela com Mong, e bufo irritado enquanto ele me olha confuso, fazendo beiço.

- Ally, caralho! Tá doido? Esqueceu que da última vez você quase morreu? - digo irritado e pego Mong dos braços dele.

- Olha, tu fala direito comigo! - Ally rebate, apontando o dedo para mim.

Era sempre assim, enquanto ele estava de boa era doido de pedra, já quando estava com raiva ficava tranquilo, quieto, como caralhos entendê-lo?

- Falar direito com você? Até onde me lembro, estava tentando matar meu irmão mais novo! - digo irritado e ele estreita os olhos para mim - Não sei por que ainda sou amigo de um maluco, doido e psicopata como você.

- Son, sei que é domingo e você odeia acordar cedo, mas não pode falar assim comigo! - Ally resmunga - Somos amigos há anos...

- Ah, cala a maldita boca! Acha que não me lembro que ontem na festa você tava se engolindo com aquele beta lá? - Digo raivoso e ele bate o pé no chão.

- E daí? Você sabe muito bem que não foi porque eu quis, tava te procurando, e você sabe que não tenho noção de espaço. Você me levou lá, papai lhe disse pra cuidar de mim... - ele falava nervoso.

- Foda-se! Sabe Ally, já basta você ser um maluco. Quando vai parar de se perder ao fazer coisas simples? Não sabe se cuidar sozinho, não? - digo irritado.

Ally me olha parecendo estar chateado, mas eu tava com muita raiva; lembrar daquela maldita cena da noite passada me causava calafrios.

- Eu sei me cuidar. Só penso diferente das outr...

- AH, CALADO, ALLY! - grito, puto da vida com ele - Que tal você ir embora, em? - Uso a voz de alfa e ando até ele que se encolhe com as mãos no ouvido e os olhos cheios de lágrimas - Quer saber a verdade? Eu te odeio com todas as minhas forças, Ally! Nunca suportei ficar cuidando de você o tempo todo. Você já tá grande o suficiente pra se cuidar, caralho! Então, que tal fazer um favor e sumir da merda da minha vida?!

Grito a última parte e Mong estava chorando. Os gêmeos já estavam na sala e meus pais desciam as escadas, pareciam estar surpresos por eu estar discutindo com Ally.

- Son, não use sua voz de alfa - meu pai alfa, Mew, é quem fala. Ele olha sério pra mim, tirando Mong dos meus braços que o abraça, não conseguindo tirar os olhos de Ally que chorava – SON! - meu pai grita quando tento avançar em Ally - O seu heat está próximo, acho melhor o Ally ir pra casa e vocês conversam depois.