— Ele apareceu onde trabalho pouco se fudendo pra exposição que ele carrega nas costas. — Dei de ombros.

— Olha só, o pelo o que eu o conheço sei que quando ele quer uma coisa ele taca o foda-se mesmo. — Arqueio a sobrancelha tentando entender.

— Ih, nem vem meter papo de apaixonadinho, não. Ainda mais agora que ele se diz solteiro. — Faço careta.

— Quem tá falando em apaixonado, amiga? — Sorrio negando com a cabeça. — Tô falando que ele tá te querendo mesmo. Meteu a cara pra me pedir ajuda, ainda mais ele sendo quem ele é, tendo quem quer na hora quando bem entender.

— Sabe o nome disso? Tesão ferido. — Escuto sua gargalhada alta enquanto coloco mais cerveja no meu copo. — Ah, amiga. Ele é foda, sabe? Tá sendo muito bom a oportunidade de conhecer o Filipe fora dos palcos, mas a intenção é zero expectativas.

— Por isso eu tô sentando bastante no Dallas — Jogou o cabelo me fazendo se engasgar.

— Oi? — Falei alto recebendo um tapa em resposta.

— Ele que quis investir, agora segure o b.o — Fico chocada com a informação enquanto a mesma rir da minha cara de boba.

— Não, depois dessa informação de milhões isso aqui merece um brinde. — Pego meu copo enquanto a observo encher o seu e levantar trazendo até o meu.

— Um brinde ao trap brasileiro, porra. — Brindamos igual duas tapadas dando altas risadas.

Sinto meu celular vibrar em cima da mesa enquanto a tela acende e a foto do Filipe surge em uma chamada de vídeo fazendo automaticamente um frio percorrer pela minha espinha.

— Um, F R E T — Soletra me fazendo rir assim que aceito a ligação vendo seu rosto surgir logo em seguida, revelando um Filipe encostado na cabeceira da cama sem camisa.

Sua testa se enruga e uma expressão de confusão surge no seu rosto.

— Tá aonde, minha gata? — Sua voz grossa surge enquanto o peço pra me esperar por os fones pelo barulho do lugar.

— Tô pelas redondezas do rio, muito bem acompanhada por sinal. — Sorrio vendo sua sobrancelha arqueada.

— Qual foi desse papo ae, Manuella? — Gargalho virando a câmera mostrando a Steff alheia a nossa conversa enquanto grava stories. — Ih, caralho. Tão soltinha, né?

Volto a câmera pra mim balançando os ombros vendo pela primeira vez um sorriso surgir em seu rosto.

— Já chegou? — Pergunto o observando ajeitar o travesseiro atrás da cabeça sabendo que o mesmo passou o dia em reuniões da gravadora nova.

— Cheguei faz um tempinho, ae. — Fala passando a mão no rosto ganhando minha atenção. — Tá afim de colar aqui, não? Dormir agarradinho e pá.

Mordo o lábio inferior sorrindo fraco olhando as horas no relógio que já marcava quase dez da noite.

— Depende ... — Encosto o copo na boca tomando de uma vez o resto da cerveja. — Tem o que ae de bom, pra mim? — Pergunto sugestiva já sentindo o efeito do álcool na mente.

Lentamente vejo um sorriso se formar em seu rosto enquanto sua língua passa pelos lábios.

— O que você quiser, minha preta. Uma sexo gostosinho, tapa na cara, soco na costela, uma chupada embaixo do chuveiro enquanto cê tiver peladinha pra mim. — Sinto minhas bochechas corar me fazendo cortar nosso contato visual enquanto um calor sobe por todo meu corpo. — E ae, princesa? Cê que manda, é só falar a localização que te pego em dois tempo.

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