O outro lado de um mafioso ♥️ Em Revisão ♥️

Sério, vou ter que mentir?!.♥️

- Por que eu tenho que me deitar, se você disse que não é o que eu estou pensando? - indagou confuso.

- Antoni, por favor só deita, ok? - disse já começando a ficar nervosa - E.. depois eu respondo tudo o que você quiser.

- Tudo bem, você é quem manda, doçura. - respondeu-me enquanto se deitava.

Eu, então, respirei fundo e me deitei ao lado dele.

- Agora eu preciso que você me abrace e finja que acabamos de.. ahm.. você sabe.

- Ok, mas fingir para que?

Eu sei que eu tinha dito a ele que depois eu respondia tudo o que ele quisesse saber, mais eu achei melhor já dizer logo, assim ele não ia ficar me questionando o tempo todo.

- Minha amiga está no telefone, pois está preocupada comigo, acha que eu estou correndo perigo, e o único jeito é mostrar para ela que eu estou bem e que eu não estou com um cara mau caráter como ela está pensando, entendeu? - expliquei.

- Ah sim, agora eu entendi. - olhou- me com compreensão - Mas você está numa ligação normal ou chamada de vídeo?

- Eh, normal, porque?

- Porque se você está numa ligação normal, não é só eu falar com ela sem precisar encenar tudo isso?

- Não, ela não vai acreditar em você. - expliquei roendo minha unha - Ela é do tipo que desconfia até da sombra dela.

- Mas então, como você pensa em fazer?

- Eu vou desligar e ligar novamente para ela, só que desta vez será por chamada de vídeo, para que ela possa ver o seu rosto e conversar com você.

- Ok, beleza. - concordou.

- Ah, antes que eu me esqueça. - olhei atentamente - Faça uma cara de bonzinho, ta bom?

- Cara de bonzinho, como assim? - ri divertidamente do que eu disse.

- Uma cara que diz, ahm.. "Estamos nos curtindo de verdade e não só ensaiando para uma peça, entendeu?.

- Ah.. tá, entendi. - concordou - Não se preocupe, eu darei o meu melhor.

Eu, então, suspirei fundo novamente e voltei para a ligação.

- Elisa, ainda está aí? - indaguei.

- Bem, por incrível que pareça, ainda estou.

- Me desculpe ter feito você esperar tanto, é que eu e o meu gato aqui, estávamos nos ajeitando um pouco. Ainda mais depois de nós.. ah, bem se sabe né?!

- Ah, claro, com certeza. - confirma.

Rimos juntas.

- Bem, mas você terá que esperar só mais um pouquinho, tá? É que eu vou desligar e te ligar por chamada de vídeo. Assim você terá a oportunidade de ver quem é o gato que roubou a outra metade do meu coração.

- Sério, Ale? - indagou um pouco incrédula.

- Sim, sério. - afirmo.

- Ah, então vai logo.

- Tá, tá bom.

Eu, então, desliguei a chamada de voz para ligar novamente por chamada de vídeo, mas antes que eu pudesse apertar o telefoninho verde, o Antoni segurou em minha mão.

- Eh, você quer, você precisa, que ela acredite que você está realmente comigo, não é?

- Uhm.. sim, porque? - olhei um pouco confusa.

- Porque se você quer que saia tudo perfeito e que ela acredite mesmo em você, eu acho.. ou melhor.. eu tenho certeza, que você terá que tirar esse seu roupão. Porque se não ela não irá acreditar que nós acabamos de.. transar.

- E por que você acha que ela não acreditaria?

- É só você pensa um pouco, Alessia. - explicou- me - Porque eu estaria sem roupa e você estaria com, enquanto ainda estamos deitados numa cama, juntos e abraçadinhos, depois de supostamente termos transado loucamente?

Parando para pensar no que ele havia me dito, ele tinha toda razão.

.." Se nós acabamos de transarmos, como eu disse a ela que fizemos, é natural e normal que nós dois estivéssemos sem roupas, não é? - indaguei a mim mesmo enquanto mordia o canto da boca.

- É, você tem toda razão. - concordei - Do jeito que ela é detalhista, com certeza ela irá reparar nesses mínimos detalhes também.

- Eee.. - olhou-me com as sobrancelhas levantadas à espera do que eu faria.

- Ok, eu já entendi, mas é que eu.. - fiquei um pouco receosa e nervosa se eu deveria dizer ou não a ele.

- Eu..? - olhou-me curioso.

.." Vai Alessia, diz logo a ele e acaba logo com esse suspense todo. Tira logo a curiosidade da cara dele.

Eu, então, suspirei fundo e soltei.

- Acontece que eu acabei de tomar banho, então.. eu não tive tempo de me trocar, eu não estou vestindo nada por baixo, entendeu?. - disse cabisbaixa e envergonhada.

- E daí, eu já te vi sem roupa, lembra?

.." Porque ele tem que ficar me lembrando disso? - senti- me um pouco constrangida.

- Sim, mas eu estava desacordada, agora é totalmente diferente.

- Diferente, como?

- Ah, agora eu poderia ver o jeito como você me olha. - suspiro - Então eu não sei se estou preparada para isso. Porque se já estou com vergonha só de te dizer que estou sem nada por baixo desse roupão, imagine como eu ficarei quando você estiver me olhando sem ele.

- Ah, tá.. agora eu entendi. - riu de um modo como se não estivesse acreditando no que estava acontecendo - Bom, então, vamos fazer assim. - explicou- me um jeito menos constrangedor - Eu vou me deitar debaixo do lençol e você faz o mesmo. Depois disso, você tira o roupão por debaixo dele, assim eu não poderei ver você toda.. peladinha. - disse de um jeito intenso e depois sorriu encantadoramente - E você também conseguirá ficar bem mais a vontade e confortável, beleza?

- Beleza. - concordei retribuindo o sorriso - E.. obrigada. - olhei com gratidão.

- Que isso, você não precisa me agradecer. - suspirou - Agora anda, senão ela vai achar estranho você demorar tanto para retornar.

- A tá, claro.

Ele, então, se levantou, puxou o lençol e deitou debaixo dele. Eu, é claro, fiz o mesmo já em seguida.

.." Sei que é um pouco de loucura o que vou fazer, mas.. com um gato desse ao lado, vale a pena.

Já debaixo do lençol, eu desamarrei o roupão e o tirei, deixando atrás de mim.
O Antoni assim que percebeu, aproximou-se de mim e me abraçou, causando um rápido arrepio por todo o meu corpo.

- Você está pronto? - perguntei um pouco nervosa.

- Com certeza. - respondeu sem hesitar.

Sem mais delongas, eu cliquei na chamada de vídeo.

.." Só espero que ela acredite em mim, porque ficar ao lado de um homem como ele, é a mesma coisa de ficar ao lado de um caça níquel com o bolso cheio de moedas. - ri por dentro - Ter a sua mão tocando em meu corpo me faz sentir algo que eu não deveria sentir.