𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 50 ● 𝔓𝔢𝔯𝔬𝔩𝔞 𝔖𝔠𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯

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— Senhorita Scarter, eu sou o inspetor Nonato Alexander. Tenho um inquérito policial, a ordem de prisão contra você é pelo sequestro de Bella Ivy Scarter. Estou propondo que entregue a menina.

Ouço o que o homem diz e me encontro um tanto pálida e sem reação.

— O que foi? Porque está com este olhar, espantada? — Florence está ao meu lado e demonstra preocupação por ver a minha reação. — Pérola, com quem está falando?

— Suponho que esteja com a sua irmã aí ao lado, acertei? Deu para ouvir. Coloque no viva voz e darei as instruções para vocês. — O homem tinha uma segurança de si que chegava a intimidar.

Minha respiração estava um tanto ofegante. Florence aquiesceu com um leve sim e eu ativei o viva voz.

— Acredito que já tenham feito o que instrui, então, vou começar a falar; Ambas sabem que a decisão de fuga com a criança não é Legal. Estão cada dia se complicando ainda mais com a justiça. Suponho que não seja esta a vida que queiram viver, afinal, são pessoas públicas e essa fuga foi um erro...

— Inspetor Nonato Alexander, não estamos interessadas na sua opinião sobre nossas vidas ou como escolhemos vivê-las. — Florence o cortara antes que terminasse seu discurso.

— Eu sei, eu sei. Imaginei que dissesse isso. Acontece que o juiz está pegando no meu pé. Este caso tem me dado uma dor de cabeça danada, sabe? Dias sem vê a minha família, sem dormir direito ou comer. Um inferno, o chefe sempre ameaçando uma aposentadoria antes da tão sonhada promoção. Podem imaginar...? — A voz do homem estava começando a me dar calafrios pela frieza e segurança com qual seguia fazendo uma suposta ameaça. —Quero uma trégua. Quero fazer uma contra proposta para as duas, vamos reverter esse jogo na base da paz.

— Já disse que não estou interessada. E, se tem família, aposto que faria qualquer coisa por ela, então, entende nossos atos? — Florence soou de uma forma incisiva. O que ouvimos de volta foi um riso calculista e muito tranquilo vinda do outro lado da linha.

— A senhorita Simone Alianov está se esforçando para não entregar a namorada. — O homem faz uma pausa, foi possível ouvir o barulho de fósforo sendo incendiado, tudo indicava que o homem havia ascendido um cigarro, não era possível vê, mas pelo som, era bem provável. — Eu não vou desistir até que ela me dê o que quero. Não me importo se isso levar anos. — Novamente, ele faz uma pausa para soltar a fumaça depois de uma tragada.  — Senhorita Pérola Scarter, sua irmã não tem o mesmo interesse que o seu, o interesse na sua namorada. Vou lhe enviar uma imagem, sugiro que depois de vê, entre em contato comigo por este número. — Ele desligou de imediato.

Olhei para Florence e engoli em seco.
Imediatamente chegou um vídeo, quando o abri, estava claramente uma Simone sendo interrogada em uma sala. Estava aguardando algo ou alguém, parecia reflexiva. Procurei algum marca em seu corpo, seu rosto, mas nada havia, não que desse para vê.  Meu coração acelerou e meus olhos se encheram de lágrimas, eu não conseguia imaginar Simone nesta situação.  Estava sentada na cadeira e tinha as mãos algemadas a mesa.

— Florence, o que está acontecendo? Eles a sequestraram?  — Disse chorosa. Eu não entendia muito bem sobre o que a imagem queria mostrar. Estava perguntando para Florence porque eu não acreditaria se ela não me confirmasse.

Simone não estava sozinha,  tinha um homem sentado a sua frente que fumava e soltava a fumaça um tanto despreocupado, de vez em quando, a encarava inexpressivo. 

Logo, uma mulher entrou no espaço, era uma espécie de jaula. Provavelmente  de que ele seja o homem a qual acabara de me ligar. Já a mulher, deve ser sua parceira de trabalho.

𝕺 𝕱ragmento 𝕻erdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora