— O que você está fazendo?! Você é louco?

Olhando em direção a entrada, seus olhos se arregalaram levemente ao ver Si-eun ali, o olhando com raiva.

Ela caminhou até Jun-woong, o ajudando a levantar.

— Você está bem?

Jun-woong assentiu.

— Okay, vamos embora. Eu disse que isso era uma má ideia.

Ela entrelaçou seu braço com o de Jun-woong.

Joong-Gil engoliu em seco, a observando, esperando que ela o olhasse, que parasse de ignorá-lo. Obviamente, isso não aconteceu.

— Si-eun.

Si-eun parou de andar ao ouvi-lo a chamar, entretanto, isso não durou muito.

— Eu aceito ajudar Koo Ryeon. – ele disse, vendo ambos o olharem surpresos. — Com uma condição.

Jung-woong o olhou curioso.

— Qual?

— Que Si-eun aceite conversar comigo.

Si-eun o olhou boquiaberta, apenas para desviar o olhar para Jun-woong.

— Não precisamos da ajuda dele. – ela sussurrou.

— Você sabe que isso não é verdade. – Jung-woong se aproximou dela, fazendo com que apenas alguns centímetros o separassem. – Nós tentamos e não deu certo.

Joong-Gil tentou ignorar o incômodo que sentiu ao ver aquela cena.

O único culpado de Si-eun odiá-lo e ignorá-lo era ele mesmo. E ele precisava consertar isso.

Si-eun encarou o amigo em dúvida, mas aquilo pareceu convencê-la. Ela suspirou.

— Está bem.

Ele a olhou surpreso. Embora tivesse esperança, tinha quase certeza de que ela recusaria.

Si-eun se virou para encarar Joong-Gil.

— Cinco minutos. Depois disso eu vou embora.

Ele assentiu.

Jun-woong olhou para ela, e então para Joong-Gil.

— Eu vou esperar do lado de fora.
Eles esperaram Jun-woong sair.

Si-eun cruzou os braços.

— Então?

Joong-Gil tinha imaginado diversas vezes como seria se ele recebesse a oportunidade de se desculpar com Si-eun, de pedir que ela o perdoasse e voltasse a falar com ele. No entanto, agora parecia que todas as palavras tinham lhe sumido.

Ele respirou fundo.

— Me perdoe.

Si-eun arqueou uma sobrancelha, rindo incrédula.

— É isso?

Joong-Gil franziu o cenho, a olhando.

— Me perdoe, Si-eun. Eu não deveria ter falado aquelas coisas para você. E eu sei que te magoei, mas...

— É tão fácil, não é? – Ela cumprimiu os lábios. — É muito fácil você dizer coisas horríveis, ter ações horríveis, e então se arrepender e pensar que um pedido de perdão basta.

Ela pausou, esperando uma reação, que ele falasse algo, e quando isso não aconteceu, ela continuou falando.

— Você diz que Koo Ryeon é uma pessoa fraca, mas você quer saber algo? – Ela se aproximou, ficando tão próxima que apenas um passo seria o suficiente para encerrar a distância que havia entre eles. — Você é a única pessoa fraca aqui. – Os olhos dela começaram a lacrimejar. — Você comete erros, e ao invés de enfrentá-los e aprender com eles, você foge. E você faz o mesmo com suas emoções. Você fez isso com Koo Ryeon e fez comigo.

Joong-Gil a olhou confuso.

— Do que você está falando?

— Estou falando sobre você apagar todas suas memórias com Koo Ryeon. Estou falando sobre como você fez a mesma coisa comigo.

Ele desviou o olhar.

— Eu não... entendo.

— Você foi casado com Koo Ryeon em sua vida passada. Antes de mim. Ela era o seu verdadeiro amor.

Si-eun piscou, passando a mão no rosto rapidamente, limpando a única lágrima que havia caído antes que ele pudesse ver.

— Isso não pode ser verdade.

Ela se afastou.

— É verdade. Vocês... se amavam. – Sua voz começou a ficar embargada. — Vocês estavam destinados para sempre ficarem juntos. Você a amava. E talvez ainda a ame.

Joong-Gil a olhou, caminhando em sua direção e envolvendo seu rosto com as duas mãos, a tocando suavemente.

— Não. Isso não é verdade.

— E como você sabe? – Ela deixou as lágrimas escorrerem por seu rosto. — Quando você recuperar suas memórias, talvez perceba que sempre a amou.

— Si-eun. – Ele olhou nos olhos dela. — Isso nunca irá acontecer. Porque eu amo você.

Eles se encararam, em silêncio.

Si-eun sentiu seu coração bater rapidamente.

Eu amo você.

— Eu... Não sei se acredito em você.

Joong-Gil piscou, surpreso.

Ele a soltou, recuando.

— O que você quer dizer?

Si-eun engoliu em seco.

— Você já me machucou diversas vezes, e eu sempre acabo perdoando você. Eu só... não acho que pessoas que se amam deveriam se machucar e se magoar repetidas vezes.

Joong-Gil a olhou por um instante, e então se ajoelhou a sua frente.

Ela arregalou os olhos.

— O que você está fazendo?

Ele não a respondeu. Ao invés disso, ele ergueu a cabeça, a encarando.

— Eu não sou uma boa pessoa, Si-eun. E eu provavelmente não mereço você. A única coisa da qual estou certo é de que te amo. Desde que discutimos, a única coisa que pude pensar foi em você.

Ele pausou, observando-a para ver se ela ainda estava disposta a o ouvir. O olhar que Si-eun o deu foi o suficiente para que ele deixasse a incerteza de lado.

— Não posso me imaginar vivendo sem você. Eu quero acordar e ver seu rosto. Quero até mesmo apenas ficar sentado ao seu lado, ouvindo você me contar sobre seu dia. Você é a única pessoa com a qual eu verdadeiramente me importo. Céus, eu sequer posso ver a cor roxa sem pensar em você. – Ele pegou a mão dela. — Me perdoe, Si-eun. Pela última vez, me perdoe.

Ela se ajoelhou, de modo que ficassem na mesma altura, e envolveu sua outra mão sobre a dele.

— Pela última vez. – ela afirmou. — Eu te perdoo.

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Já estamos na reta final 😭😭 como o tempo passa meu deuss.

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Até semana que vem 💞

Fio InvisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora