Olho para a arma na minha mão, conferindo o que eu suspeitava, o porquê da arma não ter soltado uma bala. Roleta russa.

- É sério isso? - ergo o objeto.

- Não estou com a cabeça no lugar...- respira fundo, ainda chorando.

- Nenhum de nós está, todos temos nossos problemas particulares e os problemas em comum para lidar. Mas não vamos acabar com nossas próprias vidas por causa disso, ainda mais você que não é inocente. Se recomponha, toma um banho e vá depois dormir, Stefan. Precisa focar no que realmente importa, a sua mulher e seu filho, recuperar nossa família que está decepcionada com você. Pare de planejar sua morte e comece a planejar vida, uma vida melhor pra Kate, pro seu filho...para você.

Dou tapinhas em suas costas levemente.

- Vai.

olhando para mim, vai tomando uma expressão confusa.

- Posso...te dar um abraço?

Olho para ele inexpressiva.

- Pode...

Ele se aproxima de mim tão relutante o quanto o recebo, o nosso abraço é desajeitado e estranho, até que se torna... diferente. Passo meus braços por sua cintura, afagando suas costas com meu queixo sobre seu ombro.

- Vai ficar tudo bem, você vai fazer ficar bem. - digo abafada pelo abraço e nos afastamos.

- Acha que vou conseguir mudar?

- Você acha que vai?

Ele fica em silêncio, e apenas Assente.

- É sobre sua vontade, se ela for tão grande quanto o amor que diz que tem, você vai mudar.

- Obrigado...

- sobe...- o empurro lentamente para a direção da porta. - Vou ficar com isso. - ergo a arma. - Por garantia.
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Stefan me deixou após o café da manhã quase completamente silencioso que tivemos, foi atrás de mais notícias e evidências.

- Bom dia!

- Ele te mandou aqui? - Jogo a cabeça para trás vendo Morgana caminhar até mim na sala.

- Ah... Na verdade estou aqui porque você marcou comigo... Está esquecida? -

Ah...eu iria almoçar com ela hoje.

- Depois de tudo achei que tivessemos cancelado. Eu não estou muito bem hoje, e nem ontem...e acho que não vou ficar muito bem daqui em diante. Está tudo uma merda, e desmoronando.

- Lana... O que houve com você e com Alexander? Você deveria estar em casa, eu fui lá e você não estava.

- Eu não quero ver a cara dele tão cedo. Preciso de tempo, e sei que parece estranho já que eu deveria estar mais grudada nele do que nunca agora que ele voltou dos mortos. Só...não imaginava que ele mais uma vez ia se superar em ser injusto comigo, e ele foi.

- E o que ele fez? Ele não explicou direto e eu não queria ficar lá muito tempo sem você, afinal, Estevan estava lá e ele com certeza iria surtar se eu ficasse conversando horas com Alexander.

- Quando eu engravidei, eu tinha acabado de fazer dezoito anos. E todos me condenaram, não só por ter engravidado, como por não querer o filho porque eu não estava pronta, eu simplesmente não queria. E não foi um descuido, eu tinha usado camisinha, sempre usei...e mesmo assim me trataram como uma irresponsável, e no final metade da minha gravidez foi um inferno até eu aceitar o meu filho. E no fim, eu descobri que não foi uma falha.... Alexander furou a camisinha de propósito para me engravidar. Deixou todos me condenarem de todas as formas, e era uma armação dele.

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