Capítulo XXXIII

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— Sai da frente velhota, tá se achando muito. – Kisaki

— Sai da minha casa!

— OU VAI FAZER O QUE? – o tom de sua voz é assustador

Keisuke tentou sair assim que Kisaki gritou, mas o puxei pelo braço e o segurei num abraço.

Não vai... – sussurrei em seu ouvido

Senti as lágrimas descerem, isso é tudo o que sei fazer?

— EU LIGO PRA POLÍCIA! – Bela ameaçou

— Tô pouco me fudendo! – ouvi o barulho de algo caindo e o gemido de minha tia – Procure tudo!

— Certo. – uma voz desconhecida disse.

— VOCÊ É UM MONSTRO! – Bela gritou

— NÃO TENTE ME BATER! – gritou

— VAI FAZER O QUE? ME MATAR IGUAL VOCÊ MATOU SEUS PAIS? – Bela

Meus olhos se arregaram e senti meu corpo paralisar por completo.

— Não duvide! – Kisaki disse – Fique no meu caminho e eu faço você ver eles!

— O QUE SEUS PAIS FIZERAM PRA VOCÊ? – ela gritou em prantos – POR QUE VOCÊ TINHA QUE SER ESSA ABERRAÇÃO?

— PORQUE ELES MERECERAM!!! – berrou – ELES NUNCA ME AMARAM. NUNCA!

A cada palavra meu coração batia ainda mais forte, minhas mãos começaram a tremer e suar. Me separei de Keisuke, já não consigo ver nada além de um imenso escuro em minha frente. Em minha cabeça eu me perguntava o por quê. Não tinha motivos, meus pais sempre o amou.

— A MINHA IRMÃ NÃO MERECIA ISSO, KISAKI! – continuou com os gritos

— VOCÊ NÃO SABE DE NADA! – novamente ouvi um barulho alto de algo caindo e o gemido de minha tia.

Narrador pov:

Quando perdeu total consciência, você abriu as portas do guarda roupa com um soco e correu para onde Kisaki estava. Keisuke correu atrás de você tentando te parar, mas foi inútil.

Desgraçado! – você berrou avançando em cima dele, o pegando desprevenido. Sua voz mudara, não parecia a [Nome] de minutos atrás.

O homem que te procurava no quintal da casa ouviu o barulho e correu pra ver, em suas mãos possuía um revólver.

Com uma voadora no peito, você derrubou Kisaki no chão. Nem deixou ele levantar e sentou na sua barriga, distribuindo socos pelo seu rosto. Kisaki se perguntava de onde você tirou tanta força, porque aquilo não era normal. Com os antebraços, o Tetta tentava fazer com que seus socos não o acertasse, mas ainda assim não adiantava.

Sua tia tentava te tirar de cima, enquanto Keisuke brigava com o outro homem para pegar o revólver. Se fosse em qualquer outro lugar a polícia já teria chegado, mas sua tia mora praticamente no isolado. Existem outras casas, mas são muito distantes, não tem como ouvir direito.

Eu vou te matar, maldito! – pegou a cabeça do Tetta, a tacando com força no chão.

— PARA COM ISSO, [NOME]! – sua tia implorava

Um tiro fora disparado, mas por sorte ninguém saiu ferido. Com muita dificuldade, Keisuke tomou o revólver do homem moreno e o deu uma coronhada com a mesma, fazendo-o cair desacordado. Depois correu para te separar de Kisaki, quem iria acabar com o maldito é ele e não você.

Me solta! – Keisuke te pegou por baixo dos braços e te puxou.

Sem muito esforço, soltou um dos braços e deu um soco em Keisuke, voltando a bater no Kisaki. O loiro já cuspia sangue e não faz ideia do que fazer, já que, embora não admita, não sabe muito sobre luta corpo-a-corpo.

— BELA. – uma voz feminina gritou ao lado de fora.

Bela reconheceu a voz, mas não foi atender. Uma mulher de cabelos longos escuros trajada por um terno preto, entrou na casa sem nem avisar juntamente com outros cinco caras. O portão estava aberto, por isso conseguiu acesso. Ao ouvir o barulho, pegaram suas armas.

— O QUE TÁ ACONTECENDO AQUI? – a mulher gritou, apontando a arma para todos.

Com aquele grito você voltou ao normal, se assustou ao ver suas mãos sangrando e Kisaki por baixo de ti.

— Quem são vocês? – Keisuke apontou o revólver para a mulher.

— Stefany? – Bela perguntou assustada

Aproveitando sua distração, Kisaki te empurrou e deu um jeito de puxar o revólver da cintura. Ele não disse nada, estava disposto a tirar sua vida alí mesmo. Keisuke percebeu quando Kisaki destravou a arma.

— MORRA! – Kisaki gritou, disparando um tiro em sua direção.

Com o susto você fechou os olhos, apenas aceitando seu destino. Porém, passou minutos depois do disparo e nada acertou em você. Tudo estava em silêncio... Seria o céu? Você se perguntava abrindo os olhos devagar.

— Q-Que? – arregalou os olhos vendo uma figura conhecida em sua frente.

Você tá b-bem?

"O Baji-kun ia morrer no segundo dia de vocês ai no Brasil"

Arranged marriage // Manjiro SanoOnde histórias criam vida. Descubra agora