Gizelly adorava ficar com a garotinha, sempre perdia a noção do tempo, as horas passavam tão rápidas e alegres que Gizelly nem se importava de passar todos os seus dias daquela forma. Já era por volta de 18h quando Rafaella voltou até onde Gizelly estava para lhe chamar.

- A Mari chegou - disse apontando para dentro - Preciso levar Sofia até ela senão ela vai fazer um show. - disse revirando os olhos e rindo em seguida, sendo acompanhada pela morena que achava sem sentido aquele ciúmes todo.

- Boa sorte em tirar a cerejinha do meu colo. - disse brincando, pois sempre que tentavam tirar Sofia do colo de Gizelly ela abria o berreiro.

- Vamos lá bolinha, me ajude aqui. - disse colocando os braços nas costas de Sofia que não se dava nem ao trabalho de virar para ver quem era - Gizelly, você precisa me dizer qual o seu segredo com minha bolinha, ela não fica assim com ninguém - vendo que não ia conseguir pegar sua filha do colo da morena, Rafaella apenas desistiu - Gi, você pode leva-la até Mari, por favor?

- Claro que posso, mas fica de olho no meu filho enquanto olho a sua. - brincou se referindo a Apolo.

Gizelly se dirigiu até onde Mariana estava, que por sinal não estava com a cara nada amigável para a morena.

- Que cara é essa Mari?

- Cara nenhuma, oras. - disse tentando pegar Sofia do colo de Gizelly que se agarrava cada vez mais forte no pescoço da morena a cada tentativa da madrinha que já tinha os olhos cheios de lágrimas pela rejeição.

- Vamos lá cerejinha, é a sua dinda - tentou Gizelly, ao perceber a tristeza da mulher e aos poucos a pequena aceitou ir para o colo da madrinha.

- O que essa maluca fez com você bolinha?

Gizelly deu espaço para que Mariana pudesse brincar com sua afilhada e voltou até onde Rafaella estava.

- Vocês já vão embora, Rafa?

- Sim, estou só esperando Mari se despedir de Sofia, estou exausta hoje - disse estralando as costas mais uma vez naquele dia.

- Posso acompanhar vocês até em casa? - Perguntou como quem não quer nada, queria passar mais tempo com a menina e com a mãe da bebê também.

- Claro Gi, bom que você carrega a Sofia para mim - disse rindo.

Rafaella percebendo que Mari nunca soltaria sua bolinha se ela não intervisse, decidiu ir até a mulher para dar tchau e pegar sua filha. As duas mulheres foram o caminho todo conversando sobre Sofia e o trabalho de Rafaella, era mais um monólogo, onde somente Rafa falava e Gizelly apenas escutava com um sorriso no rosto, acarinhando as costas de Sofia que a essa altura já dormia em seu colo e tinha Apolo em seu encalço.

- Estão entregues, mocinhas - disse Gizelly passando Sofia para o colo de Rafaella.

- Obrigada Gi. - vendo a cara de confusa que a morena fez, Rafaella continuou - Por cuidar da Soso a tarde toda, a babá que tínhamos passou na faculdade e não poderá mais cuidar dela, agora não tenho ninguém para tomar conta dessa bolinha.

- Ah, não foi nada, eu adoro passar um tempo com ela. - disse acariciando a cabecinha da garotinha e então teve uma ideia - Sabe, eu não faço nada durante a tarde, na verdade durante o dia todo, adoraria cuidar dela para você, se você permitir é claro. - seus olhos estavam presos no da mulher a sua frente.

- Não me leve a mal Gizelly, mas ainda não te conheço direito para confiar minha filha a você - disse envergonhada.

- Mas você já fez isso duas vezes, e nada de mal aconteceu a ela - Gizelly tinha um ponto.

- Mas vocês estavam às minhas vistas, é diferente - tentou justificar.

- Podemos passar seu expediente lá com você então - Gizelly estava determinada a ter a aprovação de Rafaella para cuidar de sua cerejinha - Além do mais, ela vai estar mais segura comigo, vou ser quase uma segurança particular, sou treinada, lembra? - Tentou brincar.

Rafaella ficou pensando por alguns segundos até que por fim não tinha mais como negar.

- Tudo bem, Gi. - disse vencida - Mas vocês ficarão no café onde eu possa vigiar você.

- Como você quiser, Rafa. - Gizelly estava mais do que feliz.

- Até amanhã Gi, eu entro as 11h, não se atrase. Boa noite. - disse por fim já entrando em casa.

Gizelly não podia estar mais feliz, antes de ir para casa passou na farmácia que tinha no bairro e comprou o remédio que Jaqueline receitou, quando chegou em casa, apenas arrumou a caminha de Apolo na sala, colocou ração, água e foi dormir, esperava que o remédio a ajudasse ter uma boa noite de sono.

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