Eu cresci ouvindo uma história, nessa história havia os vilões e os heróis. Como qualquer história por aí. Durante anos, eu acreditei e jurei lealdade às pessoas que me contaram, e à aqueles que eu achava serem os heróis. Mas depois que fiquei mais...
- Saul? - Rosalind repetiu pensativa - O jeito que você diz o nome dele...é preocupante. Vamos te prender por precaução. Não podemos arriscar que você tente soltá-lo. E todos nos sabemos que seu grupinho faz tudo que você pedir. -
Verena sibilou de dor e surpresa quando algo fino e metálico se enrolou em seus pulsos. Quando o que pareciam agulhas grossas rasgaram sua pele, uma ardência se espalhou por seus braços. Agora solta, ela olhou seus pulsos vendo limitadores runicos.
- Te subestimamos uma vez.- disse Luna com um sorriso de canto - Não vamos cometer esse erro novamente -
Verena encarou a rainha com raiva. As duas sempre se odiaram. Verena odiava Luna por muitos motivos, o jeito que ela tratava Stella era um dos principais.
Luna odiava Verena por nunca ter tratado ela com respeito que ela merecia por ser a rainha. Para ela, Verena sempre teve muita liberdade. Estava na hora de impor limites.
- Vocês estão me subestimando agora - Verena quase rosnou, a fúria a consumindo. Seus amigos engoliram em seco. - Se acham que esses brinquedinhos vão me conter -
Em seu peito exposto, uma sombra preta se formou, espalhando na sua pele como tinta. Veias escuras subiram por seu pescoço até seu rosto. Seus olhos tomados pela escuridão, as íris brilhando em vermelho e dourado.
Erguendo as mãos, Verena mostrou os braceletes entrando mais fundo em sua carne. Cicatrizando por cima, a nova pele tinha os desenhos dos limitadores runicos, como uma tatuagem.
Rosalind, Luna, Viperine e os três guardas que a seguraram foram erguidos no ar.
- Sabe, eu absorvo qualquer energia ou magia - disse se levantando e indo até seus amigos - Elas se tornam minhas, parte de mim. - Com um simples aceno, as algemas de ferro e os braceletes se desfizeram em pó - Magias já não fazem muito efeito em mim. Principalmente depois que eu controlo a mente da pessoa para que ela nunca faça nada forte o bastante pra me machucar. Mas agora, vocês me deram o poder de impedir a magia de alguém de um jeito muito mais simples. Obrigada por isso - Sorrindo, ela se virou para os três homens que a olharam aterrorizados. Entrando em suas mentes, viu coisas que a deixaram com nojo - Cassie, Nocole, katelin. Reconhecem esses nomes? - eles arregalaram os olhos - Garotas que vocês assédiaram. Amber, Hazel, Cora, garotas que estupraram. Meu deus Luna, que tipo de pessoas você está contratando? -
Luna estava em choque pelo que Verena estava fazendo, e pelo que três de seus soldados faziam as escondidas.
- Se eu fosse você, checaria o resto do seu pessoal. - Verena sugeriu séria - Sorte que não eram fadas. Se não estariamos em grande problema - Quando se virou para os homens, eles eles abriram as bocas tentando respirar, o ar sendo tirado de seus pulmões. - Não vou ficar com tanto peso na conciência me livando de vocês -
Assim como as algemas e os Queimados, eles começaram a se desfazer em poeira e luz. Suas vidas sendo sugadas por Verena. Quanto mais ela absorvia, mais memórias se tornavam visíveis.
Ela continou, querendo saber mais. Continuou até não sobrar mais nada. Respirando fundo, se voltou para as fadas e a Medusa suspensas no ar, tentando igorar os olhares de pavor que todos lançavam a ela.
- Não estou mais me escondendo. Então não tem o porque de não devolver todas as lembras. Fique a vontade para olhar, Rosalind - As lembras de Verena perdendo o controle, matando os Queimados e os boatos de que ela se transformara com Bloom voltaram aos alunos.
Colocando-as no chão, Verena transferiu os sentimentos de Stella e Viperine na mente de Luna. Para que ela soubesse o que passaram. Também a fez reviver suas próprias lembranças ruis.
Se virou para Rosalind
- Têm sorte de Bloom e eu precisarmos de você - disse calma, a escuridão sumindo de sua pele e olhos, ficando apenas o brilho misturado de vermelho e dourado. Seu rosto perdeu o que a deixava assustadora. Agora, sua expressão estava serena e delicada, quase angelical. Muito diferente de poucos segundos atrás.
Se virou para Viperine.
- Eu realmente acreditei que você não iria tão longe. Me convenci que podia te dar mais uma chance. Eu aprendi minha lição agora. - disse desapontada - Me desculpe por isso Viperine. Mas eu preciso - Viperine franziu as sobrancelhas confusa. Verena deu um toque em sua testa, delicadamente. Nada aconteceu. Ainda - Tente não gritar tão alto essa noite. -
Se levantando, foi até seus amigos e se virou para o resto da escola. Seu olhar parou em Andreas.
- Quer saber algo interessante? - perguntou não esperando uma resposta - Saul teve que criar seu filho. E você, ajudou a criar o dele -
O rosto incrédulo de Andreas e Sky, foi a última coisa que Verena viu antes de desaparecer em um claram com seus amigos.
Deixando o ar de Alfea em caos.
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