Como uma salvadora | choi seon (choi san)

01 | único

Seon caminhava para a quadra da faculdade, sem algum ânimo. A aula de educação física da sua turma iria começar a sua vontade de estar ali era nula sobretudo com o desporto que iriam jogar. Não é que ele odiasse o desporto, mas sim odiava com quem jogava além que não era só aqui que jogava, já que estava num clube fora da faculdade desde pequeno e tem o sonho de se tornar um jogador de basket profissional, mas a pressão por ter um irmão gémeo idol não o deixa em paz. Sente que tem que tem que ser igual a ele para orgulhar a família e os amigos, mas não é isso que ele quer.

As chantagens também são sempre presentes, chantagens que iriam faltar aos treinos para ele ser titular e em troca ele dava ingressos para o show do irmão. Isso já estava fora do controle e ele não aguentava mais jogar porque os outros estavam faltando aos treinos e com isso o Choi foi convocado e saiu finalmente do banco de suplentes. Já fartava. Ele queria jogar por merecer, não com chantagens dos jogadores que, infelizmente, eram também colegas de faculdade.

— Se fosse o menino Choi demorava mais. — O professor disse, impaciente. Seon apenas deu de ombros, chegando onde o professor se encontrava e se colocando atrás da sua melhor amiga e apoiando seus braços nela. Beatriz Wong, o nome dela, é uma sino-portuguesa cujo o irmão decidiu seguir seus sonhos igualmente como o irmão do Choi, então ela entende melhor do que ninguém como é estar no papel de Seon e o quanto desgastante é não poder seguir o que realmente queria, levando sempre palavras ruins por não querer seguir o que o familiar seguiu, chegando mesmo a dizer que eles não seriam ninguém na vida por escolherem o que queriam e não terem arriscado na indústria da música. Não era mentira que os dois amavam música, nunca seria, mas não era esse o sonho deles e estavam explícito ali.

Seon só não desistiu daquela área da faculdade — ou mesmo da faculdade em si — por ter conhecido a garota e em apenas dois anos de amizade ela ter-se tornado tudo para si e a única pessoa que o compreende verdadeiramente, ao ponto de a considerar algo que nem sabe se ela o considera de volta.

O professor não falou grande coisa, reclamou com quem chegou atrasado, obviamente, e então começou a aula de basket, essa que Seon não queria nem ter vindo. Odiava jogar basket na escola pois já bastava ter que aturar os colegas de equipa quanto mais os outros que não sabem sequer uma regra e querem andar a falar por aí e qualquer coisinha era "não pode fazer isso". Ah, pelo amor de Deus, quem que sabe mais? Quem joga desde seus nove anos, no caso de Choi Seon e praticamente todos os que estão ali e jogam consigo, ou um frangolino qualquer que pensa que é o chefão? As garotas até que se entende reclamarem, mas nossa, até as próprias garotas que praticam desportos reclamam quando veem reclamar, pois, mais uma vez, quem sabia mais?

— Comecem. — A partida curta então começou e Seon já começou estressado, uma das garotas falou que ele não podia fazer o que ele estava fazendo, que se resumia em empurrar os colegas de turma, sendo que era mais comum no basket do que ela pensava. Como eles estavam jogando em equipas mistas, acabava que as garotas podiam ser jogadas no chão sem querer ou mesmo por querer, já que muitas nem se importavam porque sabiam a dinâmica no basket, mas novamente quem reclamou do Choi estava falando que ele não podia mandar a bola de mais longe para o cesto, o chamando de individualista. Detalhe, ela era da equipa dele.

— Mas é você que joga basket por acaso? Você de exercício só abre as pernas. — Não foi ele que soltou, mas sim seu amigo, esse que o Choi não gostou nem um pouco do comentário, só a primeira pergunta estava boa pois o próprio Seon ia falar isso.

— Cala a boca, HongSeok! Você não joga nada e quer falar.

— Ah, vai à merda, pelo menos eu sou titular. — Ele mandou aquela especificamente para Seon, que respirou fundo e continuou jogando, logo sendo trocadas as equipas e aquele imbecil sair porque era da equipa contrária, já que perderam.