58_ MONTGOMERY, FIM DA HISTÓRIA!

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ㅡ Foi mal... ㅡ Ele riu do meu desespero. ㅡ É que eu acho isso uma decisão muito importante para eu te influenciar. É claro que eu quero que more aqui, sempre vou querer te ter por perto, mas só se isso for fazer bem para você. Eu só quero você bem e feliz, independente de onde esteja.

Sorri com sua resposta e o abracei. É claro que seria uma decisão importante e que eu precisaria conversar com o meu pai, encontrar um emprego, um apartamento e tudo mais. Mas... Eu estava disposta a arriscar. Estava disposta a viver sem medo e finalmente ter a vida dos meus sonhos.

Novamente a felicidade voltou a pulsar nas minhas veias e eu sorri feito criança.

ㅡ Olha só quem está aqui... ㅡ Olhei para trás encontrando Amelka e Leonard.

ㅡ Eu que o diga... ㅡ Sorri maroto para os dois e Amelka começou a corar.

ㅡ Como estão os pombinhos na noite de Natal? Vão com a gente no Rizzo's mais tarde, né? ㅡ Leonard perguntou.

ㅡ Vamos. ㅡ Mason sorriu. ㅡ Você foi muito bem na peça de hoje.

ㅡ Você achou? Ai, que alívio! Todos estavam me zoando falando que eu iria apanhar do Mason Ogden por ter beijado a namorada dele. ㅡ Nós quatro rimos.

ㅡ Ah, estavam mesmo. O Leo foi motivo de chacota hoje no teatro. ㅡ Amelka disse rindo. ㅡ Sobre o que estão falando?

ㅡ Sobre a minha ideia de ficar em Nova Iorque definitivamente. ㅡ Amelka sorriu no mesmo instante.

ㅡ Fala sério?? Ai, que máximo, Ari! Vai morar com o Mason? ㅡ Ela deu uns pulinhos.

ㅡ Não, vou tentar encontrar um apartamento para alugar e um emprego também. Mas, não é nada certo ainda! Só estava... Pensando. ㅡ Expliquei.

ㅡ Por que não divide apartamento comigo? O meu apê é bem grande e eu sou bem limpa, juro. E meus gatos são uns amores. Ah, Ari... ㅡ Ela agarrou o meu braço. ㅡ Eu ia amar ter você como colega de apartamento! E você ficaria perto do seu lutador. ㅡ Ela piscou os olhos várias vezes.

ㅡ Você está falando sério? Me deixaria morar com você?

ㅡ É claro! ㅡ Ela deu um grito que assustou Leonard.

ㅡ Ai... Eu te ajudaria com as contas e a manter tudo limpo. ㅡ Ela assentiu animada.

ㅡ Acho que pode dar certo. ㅡ Concordei com a cabeça.

ㅡ Ai, que máximo! ㅡ Ela me abraçou. ㅡ Eu vou adorar ter você lá. ㅡ Ela olhou para Leonard e logo depois para mim. ㅡ Nós temos que ir, vamos encontrar uns amigos do Leo. Nos vemos no Rizzo's! ㅡ Os dois acenaram e saíram andando.

Olhei para Mason e o vi com um sorriso encarando as árvores de Natal. Era um sorriso bem feliz, para falar a verdade.

ㅡ O que foi? Por que está sorrindo tanto? ㅡ O encarei com um sorriso desconfiado e ele me olhou.

ㅡ Han? Nada. ㅡ Balançou a cabeça parecendo envergonhado.

ㅡ Ah, fala! Fala! Fala! ㅡ Balancei o seu braço.

ㅡ Ta bom! ㅡ Ele riu. ㅡ Eu estou feliz com a possibilidade de você ficar tão perto de mim. ㅡ Seu sorriso fez meu peito se aquecer, então o abracei novamente.

ㅡ Não vou conseguir mais ficar longe de você. ㅡ Lhe dei um beijo. Um beijo no meio de um parque repleto de árvores de natal e neve. Não tinha como não me sentir num filme natalino da Netflix.

[...]

ㅡ Ah, nada a ver! A culpa não é minha se você tem essa cara de bobo. ㅡ Zoei Mason enquanto ele destrancava o apartamento para entrarmos.

ㅡ Como é que é? ㅡ Ele riu tentando me agarrar, mas entrei no apartamento antes que ele pudesse me segurar. Ascendi a luz do apartamento e parei de rir no instante que vi um homem sentado na poltrona da sala, ao lado da árvore de Natal.

Percebi que Mason o viu quando puxou o meu pulso para trás de si.

ㅡ Quem é você?? ㅡ Mason questionou o homem.

O senhor abriu um sorriso e se levantou da poltrona. Senti um arrepio percorrer a minha espinha quando o reconheci. Não tinha como não me lembrar.

ㅡ Achou que escaparia de mim, Arizona? Você me pertence. ㅡ Ele disse com uma voz de fumante. Ele era o homem que vimos ser preso na reportagem, que meu pai confirmou ser o homem que me perseguia: Ernesto Mejanos.

Ernesto... ㅡ Mason disse em voz baixa. Sua mão agarrada ao meu pulso me fazia ficar atrás dele.

ㅡ Eu sabia que entregar o meu irmão gêmeo para ser preso faria vocês voltarem. Como são burros... ㅡ O homem deu uma gargalhada.

ㅡ Como entrou aqui? ㅡ Mason perguntou.

ㅡ A coisa mais fácil do mundo é abrir uma porta. Quando se tem os meus recursos, é claro. Agora, me dê a garota.

ㅡ Você não vai encostar um dedo nela. ㅡ Acho que nunca vi Mason com tanto ódio na voz.

ㅡ Você vai querer fazer do jeito difícil, não é? ㅡ O homem bufou e estalou os dedos. ㅡ Peguem-na.

De repente, cerca de oito homens apareceram, tanto do corredor dos quartos, quanto da porta da frente. Dois agarraram os meus braços e os outros começaram a bater em Mason, enquanto ele tentava revisar. Mason conseguiu derrubar dois, mas não era forte o suficiente para todos juntos.

ㅡ NÃO! POR FAVOR! PARA! ㅡ Gritei em desespero. Eu já não estava enxergando nada, pois meus olhos já estavam chorando. Tentei me debater, mas os homens que me seguravam eram bem mais fortes que eu. ㅡ DEIXA ELE EM PAZ!!! ㅡ Gritei quando jogaram Mason contra a parede. Vê-lo jogado, com sangue pelo rosto todo fez o meu peito doer. Minha garganta se fechou e eu pensei que fosse passar mal.

ㅡ CALA A BOCA! ㅡ O homem apontou uma arma para mim. ㅡ A não ser que queira que ele morra, cala a porr* da sua boca, vadi*! ㅡ Ele cuspiu as palavras.

Senti as minhas pernas falharem e caí de joelhos, ainda com os pulsos sendo segurados pelos homens.

ㅡ Você vai ser minha agora, e não adianta tentar dar uma de esperta. ㅡ Ele passou a arma gelada pelo meu rosto, meu rosto completamente molhado de lágrimas que não paravam de descer. ㅡ Se tentar fugir, eu mato o seu paipaizinho.

ㅡ Não, por favor... ㅡ Minha voz saiu completamente rouca.

Na hora em que o homem iria se abaixar, Mason se jogou por cima dele lhe dando um soco no rosto. Os capangas do homem logo interviram puxando Mason para trás. Um deles lhe deu um soco do estômago, o fazendo cuspir sangue no chão da sala.

ㅡ NÃO ENCOSTA NELA! ㅡ Mason gritou parecendo sem ter mais forças em seu corpo.

ㅡ Filho da... ㅡ O homem apontou a arma para o rosto de Mason.

Comecei a me sentir tonta. Meu estômago embrulhou e por um momento, me lembrei de algo:

~~

Outra coisa. Você pode ficar nesse romance até quando quiser, até para sempre, obviamente. Mas, se desejar sair e acabar com tudo isso aqui, é só dizer: Montgomery, fim da história. ㅡ Disse tudo com muito cuidado.

ㅡ E aí, eu simplesmente saio do livro e volto para Atlanta?

ㅡ Sim, e ninguém daqui se lembrará mais de você. Para eles, será como se você nunca tivesse existido. ㅡ Engoli em seco só de ouvi-la falar.

~~

Será como se eu nunca tivesse existido...

ㅡ Te vejo no inferno... ㅡ Antes que o dedo do homem pudesse puxar o gatilho, reuni forças em mim e encarei Mason por um último segundo.

ㅡ Eu te amo... ㅡ Sussurrei. ㅡ MONTGOMERY, FIM DA HISTÓRIA!

•••
Continua...

Sobrevivendo ao meu Clichê IOnde histórias criam vida. Descubra agora