capítulo 01 | dia exaustivo

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Quando criança, pensamos que nossa vida será como  um conto de fada igual aqueles que nossa mãe nos contava, começando a vida com um belo, “Era uma vez uma linda princesa num belo castelo em tão tão distante ”, mas entendemos que isso nunca vai ac...

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Quando criança, pensamos que nossa vida será como  um conto de fada igual aqueles que nossa mãe nos contava, começando a vida com um belo, “Era uma vez uma linda princesa num belo castelo em tão tão distante ”, mas entendemos que isso nunca vai acontecer.

Podemos não encontrar um príncipe encantado como a Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida, etc. Mas a maior decepção é quando vemos que nossa vida é cheia de amargas mentiras e enormes decepções.

Obviamente, as histórias que ouvimos quando criança são mentiras, e não existe nenhum mundo encantado perfeito, muito menos uma família maravilhosa, diante de nós.

Quando você cresce em uma família completamente fanática por religião, você vê que o verdadeiro inferno começa em casa, mas isso não significa que eu não seja uma verdadeira leal ao meu senhor, estou completamente entregue de corpo e alma a ele e devo obedeçer apenas o que ele manda.

Minha mãe diz que sua adolescência foi cheia de pecados ao seu redor, ela cometeu luxúria, inveja, ira, e ela também disse que perdeu a virtude com um cara em uma boate e lamenta amargamente de ter cedido antes de se casar, quando encontrou meu pai, ele fez com que ela lavasse seus pecados com água benta e assim ela fez.

Meu pai diz que sempre foi fiel ao seu senhor e nunca foi fraco pelo prazer da carne, continuou crendo naquilo que acreditava, que não caiu em tentação sua paz eterna é uma prioridade, bom, acho que todos nós pecamos mesmo sem querer, somos pecadores sem nem perceber, meu pai é um exemplo perfeito disso, ele só pensa na própria salvação e é negligencia com quem não é como ele.

Meu pai diz que tem gente que se deixa levar pelos prazeres e não se arrepende de nada, acredito que essas pessoas só pensam na prazer da carne e em curtir o quanto pode, porque há um ditado até que popular " só se vive uma vez".

Meus pais sempre dizem que querem o melhor para mim e que estou crescendo corretamente, bom, nunca fui contra, mas por que me criaram sem nenhum amor em uma casa solitária? Sou filha único e moramos muito longe da minha família, não vejo lógica nisso.

Quando aprontei pela primeira vez na vida, meus pais ligaram para um padre para contar o que eu tinha feito. O padre ordenou que eu recebesse 10 chicotadas e não visse o mundo por 2 meses. Quando eu tinha 5 anos não entendia nada, mas acho que foi para o meu bem.

Quando fiz 17 anos fui mandada para um mosteiro para morar em enclausurada , e é assim que ainda me vejo, em breve farei 18 anos e há muito tempo não vejo meus pais. Me sinto sozinha não porque estou longe dos meus pais, mas porque não tenho com quem conversar, nenhuma das minhas irmãs vem até mim

Admito que este mosteiro é complexo, às vezes sinto que estou sendo observada, eu acredito que tudo pode estar na minha cabeça e não vejo motivo para ter medo, Deus me quis aqui e assim será.

Depois de um tempo vou trabalhar com um padre, bom, vou ajudá-lo em tudo que ele precisar, e na igreja também.

Eu só queria saber como é o mundo atrás das grades que cobrem minha janela, o quarto em que estou é escuro e sem vida, não vejo o sol há meses e acredito que ele continuará assim até eu completar 30, pois com 30 anos nos tornamos freiras ou nos casamos.

- Irmã Aisha? - ouço uma voz doce do lado de fora da porta.

Levanto-me e vou até a porta para saber quem é.

- Sim - digo, abrindo a porta e dando de cara com a irmã Ana.

- A superior está esperando por você com seu novo tutor - diz ela com um sorriso amigável.

Eu retribuo o sorriso e seguindo-a por um grande corredor escuro, mas não é tão escuro devido às velas que estão dando a claridade há este lugar obscuro.

Ouço a Irmã Ana bater na porta e em seguida a Madre permitindo nossa entrada.

Irmã Ana abre a porta e me da espaço. Entro e vejo um homem com uma bata, alto e cabelos grisalhos.

- Aisha, este será seu mentor por um longo período, padre Norman, este será sua aprendiz - Madre nos apresentou formalmente.

Vejo o Padre balançando a cabeça quando me vê.

- Oh, uma irmã tão jovem e cheia de graça - ele diz de uma forma engraçada - Começaremos amanhã de manhã - diz ele, sorrindo.

- Claro, padre Norman - digo inexpressivamente.

Não vejo necessidade de ser informal ou virar um palhaço sorridente, só preciso obedecer e mostrar o devido respeito.

- Você pode ir, irmã - Madre diz num tom alto, voltando nosso olhar para ela.

- Claro, com sua permissão - eu digo, saindo.

Andando pelo mesmo corredor, cansada daquele dia, hoje foi extremamente cansativo e tive que fazer um monte de coisas insignificantes para uma noviça.

- Que cansaço senhor - falo baixo por conta do horário.

Andando calmamente pelo corredor ouço alguns sussurros pela fresta de luz vindo de um quarto - estranho, esse é o único quarto aberto depois do toque de recolher - digo mentalmente.

Minha curiosidade toma conta do meu corpo e quando me dou conta estou andando em direção a porta.

Ao me aproximar, ouço claramente o sussurro de antes, algo como um apelo, o medo me agarra como uma fera pelo medo do que está diante dos meus olhos.

Chego um pouco mais perto da porta e vejo duas irmãs se beijando, olho com uma espécie de nojo, não há uma feição esclarecedor no meu rosto.

Com o impulso indo para trás, esbarro em algo que faz uma barulho não tão alto, e quando percebo a besteira que fiz, corro para meu quarto sem olhar para trás, parece que quanto mais corro, mais longe meu quarto fica cada vez mais longe, quando finalmente chego ao meu quarto, fecho rapidamente a porta.

Sinto que meus pulmões estão pegando fogo depois da pequena maratona que corri - não sou muito boa nos esportes, na verdade - sento no chão em busca de ar

- Deus, o que foi isso? - me pergunto, indignada com a situação, tentando entender por que essas duas pessoas sem alma foram parar na casa de Deus, como isso

Afasto esses pensamentos impuros e a curiosidade imensa de saber, levanto-me para tomar um banho para clarear a mente e vou para o banheiro, pronto para esquecer esse dia totalmente perturbador.

Tiro a roupa e o hábito da cabeça e me sinto aliviada porque meu cabelo está solto. Vestir o hábito todos os dias é cansativo, e agora que vou trabalhar com padre será duplamente exaustivo meu Deus.

Faço um coque em meu longo cabelo e ligo o chuveiro, sentindo a tensão escorrer pelo meu corpo junto com a água, e relaxo, era exatamente disso que eu precisava.

Termino meu banho e vou em direção ao armário para poder pegar uma toalha, quando fecho o armário vejo meu reflexo, estou tão cansada, desço meu olhar para meu par de seios.

- Se vocês fossem maiores ficaram mais perfeito, mas se Deus fez assim é maravilhoso - digo, olhando para eles.

Meus seios não são grandes, são até medianos, gosto deles, dou um sorriso pequeno pelos pensamentos bobos que tenho. Me enrolo rapidamente pelo frio de matar.

Chegando no guarda-roupa pego um pijama longo e confortável para me manter aquecida, peguei uma toca para botar o meu cabelo e fui direto para a cama. Vou para a cama, tão cansada deste dia incrivelmente cansativo que sinto meus olhos se fechando lentamente.























Espero que vocês gostem!

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⏰ Last updated: Oct 23, 2023 ⏰

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