- Anna - Escuto a voz da minha mãe Sadie distante, e eu vejo ela se aproximando de forma embaçada - Você está bem, meu amor? Está pálida.
- Eu...
Estava ficando com falta de ar, não dava para respirar, minha visão turva, parecia que eu iria morrer, eu não sei... eu... eu iria morrer!
- Mãe...
- Calma - A escuto dizer, enquanto escorrego na parede até o chão - Respira comigo, tá, vai ficar tudo bem, respira, calma.
Não sei quando foi, nem quanto tempo isso durou, mas aos poucos a sensação ruim foi passando, meu rosto parou com a sensação dormente, minhas mãos pararam de tremer, e eu fui voltando a respiração normal.
Minha cabeça estava deitada no colo da Millie, que alisava os meus cabelos, enquanto Sadie segurava as minhas mãos, acho que foi assim que eu dormir.
Quando eu acordei no dia seguinte, elas duas tentaram conversar comigo sobre o que elas chamaram de "ataque de pânico", eu nunca tinha tido um desses antes, foi novidade, e eu nem sei qual foi o motivo disso, tinha tantos pensamentos na minha cabeça.
Eu me sentia bem hoje, melhor, estava evitando pensar em tudo que aconteceu ontem que me fez ficar mal, não conversei muito sobre o assunto porque não queria passar mal novamente, estava distraída em meu celular, conversando por mensagem com meus amigos preferidos, apenas coisas bobos, os momentos sérios irei contar quando estiver em casa.
- Olha se não é a menina perdida na praia ontem - Me assusto com a voz que surgiu do meu lado, se sentando na espreguiçadeira vazia do meu lado esquerdo, era a Chiara, a menina do grupinho que eu juro que não foi com a minha cara.
- Que susto! - Digo me recuperando - O que você quer?
- Nada - Responde indiferente - Eu só vim me desculpar pelo que o Ramón falou ontem sobre sua família, ele foi um babaca.
Tiro meus olhos do celular para a encarar, Chiara permanecia com o olhar para frente, para praia, não me encarava. Achei estranho ver ela aqui, realmente não esperava.
- Foi mesmo.
- Ele é sempre assim - Continua a dizer - É culpa dos pais, eles tem uma cultura diferente.
- Eu não me importo - Falo voltando a olhar meu celular - Não é problema meu, nunca mais vamos nos ver mesmo, então que diferença faz?
- Não sei, foi algo bem chato - Sinto ela me encarando, então faço o mesmo.
- E você se importa por...
- Eu não me importo - Diz dando de ombros - Mas ficou chato, e você é uma pessoa legal, então não merecia.
- Me acha legal? - Pergunto surpresa - Tive a impressão que não gostou de mim.
Ela da de ombros mais uma vez, não se importando com o meu comentário, e é nessas horas que eu me sinto antissocial, quando o assunto acaba e ninguém diz mais nada, eu só quero enfiar a minha cara em um buraco e não sair nunca mais, é muito estranho isso, não gosto de conversar desta forma, o silencio me incomoda e eu não a conheço muito bem para tagarelar sem fim.
- Quando você vai embora? - Me pergunta Chiara.
- Acho que amanhã, eu não tenho certeza para ser sincera, por quê?
- Só perguntando mesmo, já que eu vou fazer o que o Ramón não deu conta.
Antes que eu pudesse perguntar ou entender o que isso significava, a garota se levanta e se aproxima de mim, segurando meu rosto com as duas mãos e me beijando.
Simplesmente do nada ela me beija? O que?
Minha cabeça estava um turbilhão de pensamentos, demoro um pouco para relaxar e decidir contribuir ao beijo, afinal, ela já estava aqui mesmo, que mal ai fazer?
Nunca pensei em beijar garotas, mas também não era uma ideia que eu descartaria assim, nunca se sabe quando pode surgir o interesse, eu só não pensei que seria desta forma, mesmo ainda estando valendo.
Quando nos separamos meu coração estava acelerado, eu não sei se pelo beijo ou pelo susto de um ato tão repentino.
- Te vejo por ai, Anna - Chiara fala isso e sai andando.
Que menina mais estranha!
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Oii, tudo bem com vocês??
Mais um capítulo para fechar a nossa semana maravilhosa, espero que tenham gostado!!!
Fiquem espertos que vou tentar atualizar a minha outra fanfic Sillie esquecida nesse final de semana (não é promessa mas vale a tentativa).
Beijinhos <3<3<3
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Unicórnios e Amor - Sillie
FanfictionMillie amava seu emprego, tinha o chefe dos sonhos, até ter a surpresa de chegar um dia no trabalho e encontrar outra pessoa lhe dando ordens, uma mulher sexy e fria, que não tinha nem um pouco de compaixão, um ser humano desprezível na opinião de M...