A azulada nem ao menos tenta recuar, depois de tudo que havia acontecido com o quase ex marido naquele dia, aquilo apenas seria um peido para quem já estava cagado.

- Sabe o que isso me lembra, amor? - fala nostálgico.

Ela permanece em silêncio.

- Nossa adolescência. - diz bem humorado. - Sempre fiquei doente com facilidade, mas minha mãe estava em coma e meu pai... - engole em seco - não tinha tempo para mim.

A Cheng segura uma das mãos do francês num aperto forte deixando o coração do homem aquecido.

- A Natalie tentava fazer eu me sentir melhor, mas não adiantava... ela era fria demais. - suspira. - Eu só me sentia amado de verdade quando você cuidava de mim.

- Você me deixava muito preocupada. - ela ri se recordando.

O maior a acompanha rindo.

- Quantas injeções você já me aplicou sem saber manusear uma seringa? - diz rindo.

- Com o tempo eu peguei o jeito, seu mal agradecido. - finge estar zangada.

- Natalie sempre surtava. Ela achava melhor uma enfermeira qualificada.

- Mais qualificada que eu naquela época? - debocha. - Impossível!

- Lembra quando você quebrou a agulha da seringa dentro do meu braço? - volta a rir freneticamente.

- Como eu me esqueceria? - acompanha as risadas do loiro. - Acompanhei você no hospital a noite toda.

- Quase fomos expulsos quando nos viram dormindo juntos na cama de hospital. - lágrimas de riso caíam dos olhos verdes e ele tentava limpá-las com o indicador.

- Em minha defesa, a culpa foi toda sua, Adrien! Você não parava de se movimentar na hora que eu estava tentando aplicar o remédio. - bufa.

- Eu não podia perder aquela oportunidade, my lady. Eram muitas piadas oportunas para aquele momento. - continua rindo.

- Mas depois daquela, pelo menos você nunca mais se mexeu nas outras vezes.

O casal ria tanto pelas lembranças que estavam vermelhos pela falta de ar.

- Parecia uma estátua quando eu chegava com a agulha. - respira tentando acalmar a respiração.

- Mas também, com uma enfermeira como você, só estátua mesmo.

Ela ergue as sombrancelhas com sarcasmo.

- Não sei se o senhor sabe, mas você sempre foi rico o suficiente para pagar alguém que fizesse aquilo e mesmo assim confiava em mim para fazer isso. - cruza os braços.

- Sempre confiarei em você, princesa. - beija atrás da orelha dela.

Sem querer ela acaba sorrindo.

- E agora, preciso que você confie em mim.

A azulada se encaixa mais uma vez no corpo do homem fechando os olhos.

- Então não me decepcione novamente, gatinho. - sussurra.

- Prometo que não irei.

[...]

Uma semana semana depois...

Félix estava sentado em uma das cadeiras num restaurante de luxo aguardando alguém.

Por dentro, estava inquieto, mas por fora com a postura de homem bem resolvido como sempre.

- Senhor Graham Vanilly. - chama a atenção do loiro que estava focado no menu.

A mulher de madeixas castanhas estava com um vestido azul marinho elegante e óculos de sol.

Pregnancy (Adrinette )Onde histórias criam vida. Descubra agora