Eu estava decidido a salvá-la. Uma: Jude queria ter o que era meu e isto estava longe de seu alcance. E outra: Vitória era minha, somente minha, eu queria ela aqui, de baixo de meus olhos por mais chata e irritante que ela fosse, eu a odiava, odiava pra caralho, mas dizem que amor e ódio andam junto e eu havia me tornado dependente dela. Isso não podia ter acontecido, esse não era eu, que porra mesmo.

Eu cantava pneu nas ruas em direção ao lado norte, os garotos vinham logo atrás em seus carros, eu podia sentir a raiva me consumir e meu sangue esquentando, eu estava com um desejo irresistível de matar aquele cuzão.

Já estávamos mais ou menos perto.

- Barcelonars, encontrem-me na rua 9, naquela praça onde fica a cancha dos Borussies. - Ordenei ao resto dos Umbrella em meu rádio comunicador. - Faremos uma leve invasão. - Falei com um sorriso de vingança nos lábios, aqui se faz, aqui se paga.

- Sim, senhor. - João Pedro, o responsável pela organização do resto dos Barcelonas falou. Era estranho tê-lo me chamando de senhor, ele era bem mais velho, mas mesmo assim, era satisfatório.

Dobrei a última rua, logo depois seguindo reto e indo ao encontro da rua 9, freei bruscamente, já havia dezenas de Barcelonars esperando com seus carros estacionados, a rua estava deserta, só havia nós. Desci do carro sempre mantendo a pose, perguntei à João Pedro como estavam os poucos Umbrella feridos que estavam no hospital, ele disse que não correm perigo de vida, em seguida, lamentamos pelos mortos.

Agora seria a revanche, na mesma noite, na mesma moeda, nós invadiríamos, faríamos o caralho a quatro e pegaríamos Vitória, até que foi uma boa Bellingham ter sequestrado ela, contribuiu para a minha doce vingança.

- Preciso que uns quinze ou vinte fiquem aqui fazendo a guarda, caso Jude queira dar uma de espertinho novamente. - Dei minha ordem.- Os garotos e o resto, me sigam. Ah e claro, surpreendam-se.

Fui indo na frente, enquanto havia uns quarenta homens me seguindo, Ansu e Ferran estavam um em cada lado meu e um pouco atrás vinha Pedri com sua cara de cu e mais atrás vinham os outros.

Passamos por aquela cancha, logo indo para um beco escuro, que parecia não ter fim, abrimos uma pequena grade que havia ali e passamos para outro beco caminhando pra caralho novamente, logo avistei o que eu queria... Aquele monte de mato. Já não estávamos mais em chão concreto e sim seguindo aquela trilha pisando em gramas, grilos, formigas, etc. Avistei a grande casa deles, que não era nada comparado ao nosso local. Em seguida parei encarando aquela casa e os garotos fizeram o mesmo, vizualizando tudo.

- Bem vindo ao território inimigo. - Falei e sorri.

- Então é aqui... - Ansu disse coçando o queixo.

- O nosso é bem melhor. - Ferran disse o que eu queria ouvir.

- Vamos de uma vez. - Pedri disse irritado e passou na frente.

- Ei, ei, ei. - Gritei. - Quem manda nessa porra sou eu. - Falei passando na frente de Pedri, chegamos na porta, perfeito, eles eram tão burros que não tinha câmeras, ou pobres mesmo. - Arrombem essa porta e entrem atirando, com silenciador. - Falei, se tivesse alguém lá em cima eu não queria que soubesse o que estava acontecendo no andar de baixo, queria que fossem surpreendidos.

Eu e os garotos demos espaço para os caras passarem e logo eles arrombaram atirando em tudo, pude ver o puta susto de alguns poucos Borussies que se encontravam na sala, com certeza tinha mais no andar de cima.

Coloquei meus óculos e eu e os garotos entramos logo atrás como se estivéssemos chegando em uma festa. E nós estávamos. Os poucos Borussies que tinham na sala já estavam todos atirados no chão, sorri.

POSSESSIVE - PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora