Observei que isso também estava ocorrendo com Harry, Os professores desconfiavam de que Sirius viria atrás de algum de nós, eu não tenho opiniões formadas sobre isso.
O tempo foi piorando dia a dia, à medida que a primeira partida de quadribol se aproximava, eu acompanhava os treinos da equipe da Grifinória de perto, de uns tempos pra cá eu venho me interessado bastante pelo quadribol, a equipe treinava com muito vigor.
- Não vamos jogar com a Sonserina!- disse Oliver para os seus companheirios de equipe, parecendo muito zangado.- Flint acabou de me procurar. Vamos jogar contra a Lufa-lufa.
- Pense pelo lado positivo, Oli.- eu digo e ele me encara com a sobrancelha arqueada.- Você vai poder passar mais tempo com o Diggory.
- Haha, engraçadinha.- disse voltando aos seus companheiros de equipe.- A desculpa de Flint é que o braço do apanhador do time ainda está machucado.- Disse Oliver, rilhando furiosamente os dentes.- Mas é óbvio por que estão fazendo isto. Não querem jogar com o tempo ruim. Acham que vai reduzir as chances deles...
Tinha ventado forte e chovido pesado o dia inteiro e mesmo enquanto Oliver falava ouvia-se o ronco distante do trovão.
- Não há nada errado com o braço do Malfoy! - disse Harry, furioso.- É tudo fingimento.
- Eu sei disso, mas não temos como provar - argumentou Oliver amargurado.- E temos treinado todos esses lances na suposição de que íamos jogar com a Sonserina, e, em vez disso, será com a Lufa-Lufa, que tem um estilo muito diferente. Agora eles estão com um capitão novo que também é o apanhador, Cedric Diggory...
Eu, acompanhada de Angelina, Alícia e Katie tivemos um repentino acesso de risadinhas.
- Quê?! - exclamou Oliver, fechando a cara para o nosso comportamento alegre.
- É aquele alto e bonito, não é?- perguntou Angelina.
- Forte e caladão - concluiu Katie, nós quatro começamos a rir.
- Ele só é caladão porque é burro demais para juntar duas palavras.- disse Fred.
- Eu discordo disso.- digo rindo.
- Mary, você discorda de quase tudo.- Disse ele.
...
Um dia antes da partida, o vento começou a uivar e a chuva a cair com mais força que nunca. Estava tão escuro nos corredores e salas de aula que foi preciso acender mais archotes e lanternas.
Eu caminhava em direção aos aposentos do meu pai, a lua cheia estava próxima, e o meu lobinho não estava em seus melhores dias.
- Moony, eu estou entrando.- Digo me caminhando até sua cama, onde ele se encontrava deitado, meu pai estava pálido, em seus lábios não havia cor nenhuma. Eu com toda certeza odiava ver ele assim.
- May! Você deveria estar em aula, na minha aula por sinal.- disse com a voz rouca e fraca.
- Pode até ser aula de D.C.A.T porém é o Snape quem está dando aula.- digo revirando os olhos e ele solta um sorisso fraco.- E devo te lembrar do nosso pequeno acordo para mim vir parar nesse inferno particular.
- Eu me lembro, May.- ele disse suspirando.- Mas não precisa se preocupar com o seu velho, eu vou ficar bem, minha querida.
- Está se cuidando direitinho.- pergunto colocando a mão na testa dele, tentando medir a temperatura.
- Mary! Eu estou bem, é só mais um período de lua cheia.- diz.
- Posso pegar um livro?- indico a estante de livros que o mesmo tinha.
- Não.- diz sorrindo e eu o encaro.- Desde quando eu nego te emprestar livros, Mary Elizabeth.
- Eu não sei, as vezes eu penso se você já está caducando.- olhando com cuidado a estante procurando algo para ler.- Está ficando velho, Papai.
- Você não precisa ficar me lembrando disso.- diz rindo.- Eu ainda tenho muitos anos para ficar ao seu lado.
- Não tenho dúvidas.- digo dando um sorriso para ele e pegando um livro de capa azul marinho e colocando na escrivaninha.- Eu vou fazer um chá para mim, o senhor quer?
Ele afirma com a cabeça e eu vou em direção ao armário, pegando um saquinho de chá de morango normal e outro sem açúcar.
...
Quando eu saí da sala do meu pai dei de cara com Harry e Hermione conversando, tinham acabado de sair da aula de D.C.A.T.
- Snape nunca foi assim com nenhum dos outros professores de D.C.A.T, mesmo que quisesse o cargo deles - comentou Harry com Hermione, pelo visto, o cretino do Snape não perdeu a oportunidade de atingir o meu pai por meio da aula.- Por que está perseguindo o Lupin? Você acha que é por causa dos bichos-papões?
- Se querem saber...- digo me aproximando deles, que me encaram.- Snape implica com o meu pai por conta de uma rixa antiga da época de escola.
- Onde você estava?- Harry pergunta, me encarando.
- Com o meu pai, ele está doente.- digo e Hermione me observa de cima a baixo.
Ron nos alcançou com uma raiva descomunal.
- Vocês sabem o que aquele filho da puta vai me obrigar a fazer? Tenho que levar as comadres da ala hospitalar. Sem usar magia! - O garoto respirava fundo, os punhos cerrados.- Por que o Black não podia ter-se escondido na sala do Snape, hein? Podia ter acabado com ele para nós!
- Acho que Sirius adoraria fazer isso.- digo rindo baixinho.
...
Na manhã seguinte, já estava trovejando muito, hoje seria o jogo, portanto fui até o salão principal tomar o café da manhã.
- Como vocês estão com essa partida?- Eu pergunto ao time que estavam praticamente todos sentados juntos.
- Vai ser uma partida dura.- comentou Oli, que se recusava a comer qualquer coisa, enquanto eu praticamente acabava com as torradinhas existentes na nossa mesa.
- Pare de preocupar, Oliver - disse Alícia para tranquilizá-lo -, não vamos derreter com uma chuvinha à toa.
...
Era muitíssimo mais do que uma chuvinha. Mas tal era a popularidade do Quadribol que a escola inteira apareceu para assistir à partida.
Os jogadores da lufa-lufa se aproximavam pelo lado oposto do campo, usando vestes amarelo-canário. Os capitães foram ao encontro um do outro e se apertaram as mãos; Diggory sorriu para Oli, puta que pariu nesse sorriso dele. Pude ver a boca Madame Hooch formar as palavras "Montem em suas vassouras". Ela levou o apito à boca e soprou, um som agudo e distante. A partida começou.
A grifinória estava 50 pontos à frente, Oliver pediu tempo e foi conversar com os parceiros de equipe, quando eu descido observar melhor o campo de quadribol, consigo ver o mesmo cão do lago, ele estava observando Harry. Espera aí...
Desço da arquibancada correndo e vou em direção ao cão, assim que ele percebe a minha presença se levanta e começa a correr, que cara vagabundo.
- Ei! volte aqui! - digo correndo atrás dele.
O cão começa a se aproximar do salgueiro lutador, que está imobilizado, meu pai já tinha me contado sobre a casa dos gritos. Quando me aproximo também, vejo ele entrar por uma passagem.
Entro pela mesma passagem, quando abro os meus olhos percebo estar em uma casa com a aparência bem velha. Realmente estou na casa dos gritos
Caminho pela casa até chegar em um quarto inteiramente empoeirado, e lá estava ele...
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Mary lupin
FanfictionMary Lupin depois de passar a sua vida toda estudando em casa, vai para a escola de magia e bruxaria de Hogwats, com Sírius Black foragido, como a garota irá lidar com isso?
Só pode ser sacanagem (04)
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